Capítulo 20 - Julho ♡

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*** Cap bem mais longo para vcs hoje meus anjos...aproveitem 🌶🔥🔥🔥 ***

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"Olha bem, mulher

Eu vou te ser sinceroEu tô com uma vontade danadaDe te entregar todos beijos que eu não te deiE eu tô com uma saudade apertada de ir dormir bem cansadoE de acordar do teu lado pra te dizerQue eu te amoQue eu te amo demais..."

Rubel - Quando bate aquela saudade 

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Julho Ribeiro

Uma semana, 7 dias, mas precisamente 10080 minutos e 604800 segundos, todo esse maldito tempo sem ver Juliano, sem olhar seus olhos pretos, ou ver aquele lindo rosto, sem escutar sua risada, ou até mesmo o pequeno sorriso de canto que ele costuma dar.

Parece que o homem está empenhado em se esconder de mim, não o vejo pelos corredores do prédio, não escuto mais música vindo do seu apartamento no horário que costumava treinar. Nada, até parece que nunca existiu. Sinto um nó em minha garganta, me sinto perdido, me sinto sozinho e com saudades, queria está com ele ao meu lado, as manhãs que passávamos juntos, eu quero de volta. Quero ele.

Meu Deus como dói, dói saber que nunca vou ter ele para mim, que ele nunca vai me perdoar por ser tão cego.

Passa da 1 da manhã quando chego do meu último compromisso, uma seção de fotos em uma balada, de uma despedida de solteiro, acho que o universo queria esfregar na minha cara o quanto fui burro, a noiva não parava de elogiar seu futuro marido, eu, de longe tirando fotos e escutando o quanto ela o amava, sinceramente, voltei carente, necessitando ter Juliano perto, mas ele apenas está fugindo de mim. Como faço para encontrar esse homem? Me questiono enquanto tenho minha cabeça encostada no banco do carro, estou na garagem ainda, sem nenhum pingo de vontade de entrar em meu apartamento vazio e solitário. Olho ao redor, encontrando a vaga do carro dele vazia, assim como na última semana. Sinto uma lágrima descer, cheio de saudades. Me curvo para frente, abaixando minha cabeça sobre minhas mãos agora apoiadas no volante, meu corpo treme, deixo que toda a saudade saia, fazendo as lágrimas caírem. Volta para mim, Juliano, por favor. Sinto meu nariz entupir, porra, como eu odeio chorar. Porque ele não me entende? Porque ele não me escutou quando pedi para falar com ele? Porque ele simplesmente sumiu e me deixou?

Um pouco mais calmo eu deixo o carro, sigo para o elevador e aperto meu andar, deixo minha cabeça descansar contra o metal frio, para segundos depois o elevador parar. Assim que saio, me deparo com a porta do meu apartamento, e do lado dela...mordo meus lábios, sentindo minhas pernas tremerem, ele está ali. Ele tem uma pequena mala em mãos e destranca sua porta, mas com o barulho do elevador descendo ele olha em minha direção, nossos olhos se encontrando, me fazendo ter certeza de que é ele mesmo ali. Levo minhas mãos ao meu rosto, cobrindo o mesmo, voltando a chorar, não posso impedir de soluçar e todo meu corpo tremer, me levando a me ajoelhar ali naquele corredor.

-Julho? - Sua voz soa assustada e preocupada, sinto ele se ajoelhar ao meu lado, e eu simplesmente me jogo em seus braços, afundando meu rosto em seu peito, sentindo seu cheiro forte. Ele arfa pela minha reação repentina. Mas não posso me impedir de querer ele o mais próximo possível.

-Me perdoa. Me perdoa. Por favor. - Minha voz sai aos soluços. - Me desculpe enxergar as coisas tarde demais, mas por favor não me deixe. Não me deixe.

-Julho. - Ele coloca suas mãos em meus ombros, tentando me afastar, mas apenas me agarro com mais força ao seu corpo. Ele suspira. - Vamos entrar. - Aceno com minha cabeça. - Levante. - Aceno de novo. - Você não está se mexendo Julho. - Balanço a cabeça em afirmativa. Ele suspira parecendo vencido, mas não vou lhe dar uma chance de fugir e fechar a porta na minha cara.

De Repente...VOCÊS! - Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora