ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴀʟғᴀ [ᴀʙᴏ]

Capítulo Vinte e Sete

Um bom tempo mais tarde...

- Dean? Onde vai ? - Sam pergunta ao ver seu irmão se aproximar da porta para sair.

- Eu vou ao hospital ver como Cass está, volto mais tarde - ele abre a porta e sai.

- Mas - Sam é interrompido pelo choro dos gêmeos logo atrás de si enquanto Gabriel se aproximava com ambos em seus braços.

Quando Sam retorna o olhar para seu irmão, o mesmo não está mais lá.

- Merda! - Sam bufa e passa as mãos por seus cabelos nervosamente.

- Ele foi embora de novo, não foi? - Gabriel pergunta chateado e com um tom de voz e estrutura corporal totalmente cansada.

Eles mal dormiam, pois os gêmeos não os deixavam dormir à noites, e também tinha Cassie. Três bebês recém nascidos, chorando ao mesmo tempo.

E quem tinha de fazê-los parar de chorar eram Sam e Gabriel.

Dean? Dean ultimamente não tem estado tão presente assim para fazer alguma coisa.

Sam respira fundo e solta o ar com certa frustração - Sim, mais uma vez.

- Nós temos que fazer alguma coisa, já faz 52 dias que isso vem acontecendo, não podemos deixar ficar pior! - o loiro diz enquanto coloca os gêmeos em um carrinho duplo.

- Fazer mais o que? Já estamos fazendo coisas demais só de cuidar de filhos que nem são nossos sendo que temos nossa filha para cuidar também. E eu ainda estou indo buscar o delinquente do meu irmão em bar ás 3AM por que ele tá enchendo a cara de cerveja e arrumando briga com os outros ao invés de estar aqui para os filhos dele - Sam começa a ficar com o rosto vermelho e seus olhos ficam super carregados.

- Hey... Meu pirulitão, sente aqui - Gabriel faz com que o maior se sente no sofá e massageia seus ombros pra aliviar a tensão que Sam estava sentindo - Uma hora ele vai se tocar que tá fazendo merda.

- Você disse essa mesma coisa há mais ou menos 1 mês e meio atrás, Gabe.

- Eu sei o que eu disse, o que quero dizer é que tenho esperança que as coisas vão se acertar em breve - levou as mãos para os cabelos de Sam e começou a massagear o couro cabeludo do outro.

- Espero que esteja certo. No início eu relevei porque sabia que ele estava passando por um momento difícil, com Castiel em coma, dois filhotes recém-nascidos e a morte de nosso pai... Tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo, nem a pessoa que se diz mais forte no mundo aguentaria isso. No início eu entendi, mas agora eu não entendo mais, Gabe - os olhos de Sam oscilavam entre vermelho e verde.

- Eu te entendo meu amor. Eu também estou bastante abalado com a situação do meu irmão no hospital, mas tô tentando ser forte, estou tentando por você e por Cassie. Na verdade também estou tentando por Jack e Claire, por que no momento eles só têm a nós dois - seu semblante caiu brevemente sentindo uma tristeza pelos gêmeos não ter nenhum dos pais ali no momento.

- Eu sei - Sam alisou as costas de Gabriel o confortando - Todo dia essa mesma rotina: Sai para o hospital, compra flores e fica algumas horas com Castiel. Depois sai do hospital, vai pro bar e fica até o bar fechar ou até alguém começar a o encher de porrada e Dean me ligar pra ir buscá-lo. Não aguento mais.

- O pior é que se você tentar impedir, você ainda ganha um soco.

- Exatamente - suspira e fecha os olhos por um momento.

- A única pessoa que Dean escutaria, está em coma - Gabriel pontua.

- Sim, mas também há outra pessoa que ele poderia ouvir, mas esta pessoa não está mais no mundo dos vivos - Sam deixa uma lágrima cair de seus olhos lentamente enquanto brinca com seus dedos na frente do corpo - Minha querida mãe, como eu queria que estivesse aqui agora... - funga.