Capítulo Vinte e Quatro

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A bala chegou ao seu destino.

Como ladrão, sem avisar, a morte chega. Sempre naquela hora em que menos esperamos. Morrer é algo que nem quem vai, nem quem fica estão preparados para compreender.

Uma hora estamos bem, estamos sorrindo, comemorando um aniversário, ou curtindo em ua balada qualquer, gritando abessa quando aquela sua música favorita começa a tocar. Outra hora, nossa alma não está mais entre os vivos, nosso sangue não corre mais pelas veias, o coração não já não bate mais, os olhos já não têm mais o mesmo brilho de antes.

Seu corpo fica imóvel, e o sorriso que todos amavam ver em seu rosto, de repente nunca mais será visto.

A vida realmente é um sopro, não avisa o seu fim, não nos prepara para o quê, ou quem vamos perder, e este é um dos motivos que precisamos amar e valorizar todos os dias, aqueles que nos rodeiam em presença, em atitudes, em palavras, e em amor. Nunca sabemos se o depois existirá.

John se jogou na frente de Castiel, pegando assim, a bala que fora direcionada ao ômega para si. A bala pegou em seu tórax, minimamente próximo ao coração.

Caiu no chão e ficou ali, jogado aos pés de Castiel. O moreno tinha os olhos arregalados, a respiração desconcertada, lágrimas umideciam seu rosto.

O choque atingia aos poucos seu psicológico, ao notar o que tinha acabado de ocorrer ali. John havia se jogado na frente da bala, por ele, para salvá-lo.

Joanna franziu a testa, seus lábios se entreabriram lentamente enquanto os olhos se arregalavam. A mão que segurava a arma tremia, o dedo roçava novamente no gatilho para provocar um segundo disparo, até que...

Um segundo tiro fora ouvido logo após.

Mas não da mesma arma.

A arma que estava nas mãos da loira, caiu de suas mãos antes que ela pudesse entender o que aconteceu. Sentiu um leve arder em seu peito e logo em seguida, caiu no chão, seu corpo já sem vida, pois o tiro fora certeiro no coração.

Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoísmo da paixão, nos fez ver que não te conhecíamos como
deveríamos e, por tua atitude, demonstrou que não conhecias o amor.
Descansem em paz.

Dean que até então tinha os olhos arregalados e carregados de lágrimas, forçou sua cabeça a olhar para trás, podendo ver Benny com uma pistola em sua mão e a faísca de fumaça saindo do cano da mesma.

Dean olhava para o amigo como se ele fosse um anjo, um sorriso pequeno se ergueu em seus lábios. Benny caminhou até parar ao seu lado, colocou uma mão no ombro do policial e disse com alívio:

- Chegou na hora certa, Benny. Obrigado.

- Sempre, irmão - sorriu pequeno enquanto travava sua pistola e a guardava no coldre de seu cinto - Eu chamei a ambulância, estão todos bem? - perguntou olhando ao redor.

- Nem todos, meu pai levou um tiro - Sam disse enquanto se aproximava do pai no chão, que ainda permanecia consciente.

Benny assentiu e correu até John, enquanto Dean caminhara rapidamente até Cass.

- Cass - chamou exasperado, pegando o rosto do moreno em mãos e o fazendo olhar para si - Cass, Cass! Hey hey!

O moreno parecia levemente inerte, seus olhos estavam focado no corpo de seu sogro caído aos seus pés.

- Cass meu amor... Por favor olha p-pra mim... - pediu em um tom de voz fraco e choroso.

Castiel levou suas retinas azuladas até as cor de esmeralda, finalmente prestando atenção em Dean.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴀʟғᴀ [ᴀʙᴏ]Onde histórias criam vida. Descubra agora