ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴀʟғᴀ [ᴀʙᴏ]

Capítulo Vinte e Cinco

Na sala de espera, o clima não estava nada agradável.

Dean estava sentado em uma das cadeiras do local, seus cotovelos apoiandos em seus joelhos, e o rosto choroso apoiado na palma das mãos.

Seu joelho subia e descia frequentemente, em sinal de ansiedade.

Sam estava ao lado de seu irmão, passando as mãos nas costas do mesmo para tentar acalmá-lo.

- Hey, olhe para mim - ele pediu - Dean, olhe para mim - pediu uma segunda vez, fazendo o mais velho o encarar - Eles vão ficar bem! Vamos pensar positivo, vai dar tudo certo.

Ele tentava de qualquer forma amenizar a preocupação de Dean, por mais que soubesse que aquilo era impossível.

Se voltarmos um tempinho atrás, quando eles pisaram naquele hospital para conhecer Cassie, a filha de Sam e Gabriel, podemos lembrar do cenário que o Winchester presenciou quando foi apenas buscar um café na cantina do local.

Havia uma mulher feliz, gritando de felicidade com seu marido por descobrir que estava grávida.

E do outro lado, havia uma mulher de joelhos no chão, chorando horrores em frente ao doutor, enquanto segurava um casaco de criança em suas mãos.

Hoje, Dean se sentia como essa mulher, só não pior, pois ainda haviam esperanças em seu coração de que o moreno sairia dali vivo, juntamente com seus filhotes.

- Tomara que sim, Sam - respondeu desanimado e baixo.

Sam notou, tamanha era o medo e a preocupação do irmão que ele nem o chamou do apelido irritante que ele tanto odiava que era "Sammy".

O mais alto iria dizer algo, mas foi interrompido pela chegada do doutor na sala de espera.

- Responsável alfa de Castiel Novak? - o homem chamou olhando uma ficha médica em suas mãos.

Dean se levantou rapidamente junto com Sam. O Winchester mais velho se apriximou do doutor, o abordando histericamente.

- Como ele está, doutor?

O médico o reveza o olhar entre Dean e a ficha de Castiel em suas mãos, meio hesitante.

- Bom, o paciente está estável - Dean suspirou aliviado - Depois de alguns remédios e o fechamento de alguns ferimentos, ele está mais calmo e relaxado, está apto para o parto, os filhotes não podem esperar mais, então, se o senhor puder me acompanhar - o doutor sorri.

O sorriso de Dean se alargou, ficando muito mais aliviado, a felicidade o preenchendo.

- Muito obrigado doutor. Obrigado mesmo por ter o salvo - o sorriso aumenta enquanto ele aperta a mão do médico.

Dean se vira para encarar Sam, e o maior o dá um sorriso que dizia "Vá lá conhecer sua nova família", e o loiro foi, praticamente tropeçando nos próprios pés em nervosismo e ansiedade.

Sacou seu telefone e discou o número de Gabriel no visor, ligou para seu ômega, e assim que ele atendeu, não demorou a falar.

- Gabe, antes de tudo eu preciso que você não fique nervoso.

- Só de dizer isso você já me faz ter o efeito contrário. Diga logo Samuel! O que aconteceu? - a voz de Gabriel já estava trêmula.

O maior engoliu em seco, começando a dizer - Bom, é o seguinte...

Enquanto Sam falava com Gabriel sobre os ocorridos, Dean estava recebendo instruções de uma enfermeira que o dizia para colocar a roupa do hospital, para higiene e para a segurança de seu ômega e filhotes.