Capítulo Treze

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Ainda na ceia, todos estavam até que "felizes" por assim dizer.

Charlie e Gabriel eram o humor da ceia, eles fazia todos na mesa rirem.

- Teve também um Natal em que nossos pais estavam preparando a ceia. A mãe estava com uma travessa de pudim nas mãos, e foi aí que o Cassie passou correndo por entre as pernas dela e fez a nossa mãe derrubar o pudim - Gabriel contava com nostalgia enquanto cortava um pedaço de frango no prato - Só Deus sabe o quanto eu chorei naquele dia, e o quanto Castiel sofreu comigo.

- É verdade. Ele ficou uma semana sem falar comigo. Só me perdoo porque eu ajudei mamãe a fazer outro pudim especialmente para ele - todos riram na mesa - Nós só tinhámos 8 e 10 anos na época, e Gabriel já tinha problemas sérios com a comida - Castiel riu olhando o irmão.

- Comida é vida! - o baixinho exclamou.

- Então Castiel, eu te entendo perfeitamente - Sam disse olhando diretamente para Dean.

- Ah cala a boca aí, ôh rapunzel  - Dean disse em diversão - Ah propósito, já escovou as madeixas hoje?

- Calado jerk - o maior revirou os olhos sorrindo de lado.

- Bitch - Dean falou.

Um silêncio confortável se estabeleceu na mesa. Só era ouvido o som dos talheres batendo nos pratos.

John deu um pequeno pigarreio e baixinho sussurrou:

- Dean...

Dean havia escutado, mas fingia-se de surdo e continuava a devorar o frango em seu prato.

- Dean - novamente foi ouvido só que um pouco mais alto.

Dean o ignorava.

O clima na mesa já estava tenso novamente.

John bufou.

- Dean, eu sei que está se fazendo de surdo. Eu não vou parar até você ouvir o que quero lhe perguntar - John disse entrando em sua pose de macho alfa, suas costas relaxaram na cadeira e ele encarava o filho mais velho.

Dean bufou e soltou os talheres com brutalidade no prato. Ele encarou seu pai com raiva e desdém em suas feições.

- Desembucha logo - ele disse se reencostando na cadeira e cruzando as mãos no colo.

John se ajeitou na cadeira e suas feições de maioral caiu por um momento, dando a entender que o que falaria a seguir fosse algo delicado para si.

- Mary. Sua mãe, como ela...? - ele perguntou olhando para o chão.

Dean levantou uma sobrancelha e riu nasalmente sem humor.

- Porque você se importa? - pergunta.

Castiel pousou a mão nas de Dean que estavam em seu colo, ele as apertou lhe passando paciência e calma.

- Fique calmo, tentem conversar. Eu sei o que ele te fez passar mas, tente conversar sem brigar, sim? - Castiel sussurrou e beijou duas têmporas.

Dean assentiu e respirou fundo, cruzando suas mãos com as de Castiel.

- Acidente de carro - disse direto e bebeu um gole do vinho.

- Disso eu sei, quero saber mais.

Dean ia responder algo sarcástico e raivoso, mas Castiel pareceu notar as futuras palavras do alfa e apertou suas mãos o repreendendo.

Dean coçou a garganta puxando mais paciência para si e continuou:

- Ela saiu para fazer comprar e nunca mais voltou. Eu recebi uma ligação de um senhor que a encontrou com o carro capotado e ainda com vida. Antes que ele chamasse o socorro o carro explodiu... - Dean disse aquilo com pressa, ele não gostava de falar sobre aquele assunto.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴀʟғᴀ [ᴀʙᴏ]Onde histórias criam vida. Descubra agora