Já era noite. Eu acabava de tomar a sopa que minha mãe carinhosamente me dava enquanto sorria e acariciava minha cabeça.
—Muito bem meu amor, comeu tudinho!
Ela falou ao se levantar e ir em direção a cozinha. Neste momento ouvimos um barulho muito forte seguido de uma ventania que apagou a chama das velas, se não fosse pela luz da lua, que naquela noite era cheia, não conseguiria ver quando meu pai se levantou para me pegar no colo, mas tudo se passou tão rápido e só pude perceber que a porta da casa havia sido aberta.
—John, eles estão aqui.
Minha mãe sussurrou.
—Sim querida, vamos logo!
Eu sentia muito medo, apesar de não ver, nem entender o que estava acontecendo.
—Mamãe!
Chamei-a meio ao choro.
—Shhhhh! Querida se acalme, não chore mamãe está aqui. Vamos brincar de esconde-esconde?
—Vá! Leve-a daqui eu alcanço vocês. Disse meu pai.
Então minha mãe me pegou no colo e saímos apressadamente pelos fundos.
—Papai! Gritei.
—Shhhh! Não filha, não faça barulho estamos brincando de esconde-esconde. Minha mãe tentava me acalmar.
—Olha elas ali, peguem a garota! Uma voz horripilante que surgia em meio a escuridão soou atrás de nós.
Minha mãe tentou correr, mas nos alcançaram. Gritei.
—Tire suas mãos dela! Meu pai gritou no momento em que um ser horrendo me pegou no colo. Ele usava uma túnica e seus olhos brilhavam iguais a vaga-lume.
Eu gritava e chorava desesperadamente.
Meu pai lutou e feriu um homem a nossa frente, enquanto o "homem vaga-lume" me segurava.
Minha mãe tentava me pegar de seus braços enquanto o "homem vaga-lume" com apenas uma mão lhe segurava pelo pescoço.
—Soltem-nas! Meu pai gritou e feriu o "homem vaga-lume".
Mas em seguida uma luz muito, muito forte se fez presente...
—Aaaaai... Gritei.
A luz do meu quarto se acendeu. Eu pudia sentir o calor do momento em que a luz de seus olhos nos atingiu, sentia minhas forças esgotada.
—Filha, você está bem? Oque houve?
Minha mãe apareceu e sentou na cama ao meu lado. Olhei tudo a minha volta.
— Nada mãe, tive um pesadelo. Falei enquanto tentava controlar minha respiração e me acalmar.
— Fazia tempo que você não tinha um pesadelo assim.
Ela observou.
— Na verdade estou revivendo meus pesadelos da infância.
Ela fez uma cara de surpresa.
Então continuei...
— Lembra quando eu era criança e sonhava que o papai ficou cego por causa de uma luz do "homem vaga-lume"? Então, voltei a sonhar com isso a umas três noites.
Falei justificando.
— Filha, já te levamos a psicóloga, lembra? Ela disse que você acha que o acidente do seu pai foi culpa sua e você acabou transformando isso em sonhos.
— É mãe, eu sei, mas é que me parece tão real.
Suspirei. Eu não me lembro do que aconteceu exatamente, era muito nova, mas meus pais dizem que estávamos viajando de carro quando deixei um brinquedo cair no chão, meu pai acabou desviando a atenção para pegá-lo e tudo aconteceu muito rápido.
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[CONCLUÍDA] Além do agora - Sonhos podem ser reais
Fantastik#LIVRO COMPLETO# 1° LIVRO DA SAGA: ENTRE DOIS MUNDOS PLÁGIO É CRIME 🚫 ISBN: 978-65-00-19113-4 Jess é uma jovem que sempre teve os pés no chão. Não possuí grandes sonhos ou ambições, vive sua vida um dia de cada vez, trabalha bastante e ajuda seus...