Prólogo

122 24 63
                                    

Escuto o toque do meu celular indicando uma chamada da minha mãe.

— Oi, filha. Como você está?

— Oi, mãe. Ah, estou bem... Só com saudades. - respondi, sem ter certeza de que estava sendo sincera.

— Também estamos com saudades, amor, mas ainda não há previsão de quando tudo vai se acalmar ou voltar ao normal. Por enquanto você vai ter que se virar sozinha.

— É, eu sei.

— Enfim, só liguei para saber se estava tudo bem. Se cuide, viu? Te amo.

— Também te amo, mãe.

Nada novo. E pelo visto vai continuar assim por um bom tempo.

Hoje é domingo e não tenho muito o que fazer. Ainda é manhã, preciso achar algum passatempo.

Tento achar algo para assistir na TV mas nada me chama a atenção. Procuro algum livro para ler, mas todos os livros com histórias interessantes já foram lidos por mim, o resto eram só livros relacionados ao trabalho do meu pai. Então, decidi tentar fazer uma receita.

"Receita de cookies fácil e rápido"

Digito na barra de pesquisa do navegador, que logo carregou vários sites que tinham o que eu procurava.

Abro um dos sites e separo os ingredientes. Para minha surpresa, eu tinha todos os requisitos. Comecei a misturar os ingredientes cautelosamente em uma vasilha qualquer, tentando seguir o que a receita mandava. Terminei a massa dos cookies e até agora, estava tudo certo.

Coloco a assadeira com os cookies no forno e tento achar algo para me distrair enquanto os esperava assarem.

Pego meus fones de ouvido e coloco minha playlist favorita para tocar. Deitada na cama, eu aproveitava cada música que tocava.

Ah, música.

Uma das poucas coisas que me ajudam a passar por tudo isso que está acontecendo sem enlouquecer.

Minha playlist estava no aleatório, então, consequentemente uma hora eu estava chorando com uma música sentimental ou romântica (músicas românticas sempre me fazem chorar), e poucos instantes depois eu estava dançando ao som de um ritmo bem agitado.

Nessas horas eu me desligo um pouco da realidade e crio a minha própria.

Fiquei um bom tempo aproveitando minha músicas favoritas, até que sinto um cheiro de queimado se espalhando pela casa.

Os cookies!

Vou correndo para a cozinha logo abrindo o forno, liberando um pouco de fumaça e um cheiro forte. Pego a assadeira e encaro meus cookies que agora pareciam pedaços de carvão. Além de tê-los esquecido por muito tempo, eu deixei o forno na temperatura máxima.

Bom, parece que cozinhar não é para mim.

No final, já era hora do almoço. Preparei um macarrão instantâneo, mesmo não sendo o adequado para aquela refeição.

Depois de um longo cochilo após o almoço, hora de encontrar outro passatempo para o resto do dia. Bom, cozinhar já está fora de questão.

Ligo meu simples (e um pouco velho) PC e percebo que eu poderia jogar online. Eu sou péssima em jogos, mas nada que um pouco de prática não resolva.

Procurei em meio a várias opções, e escolhi um jogo online - daqueles de tiro - e decido entrar em uma duo (uma dupla) com alguém aleatório.

A partida iniciou e a pessoa com quem eu jogava começa a falar no microfone:

— Não vamos nos separar, caso alguém seja abatido, podemos ajudar um ao outro.

— Ok. - Respondo minimamente, era uma voz masculina.

Aos poucos fomos eliminando vários jogadores, dando suporte para o outro para que continuássemos juntos até o final da partida.

— Boa mira, "minna199". - Ele se refere a mim usando meu usuário do jogo, que criei sem criatividade alguma.

— Obrigada - Agradeci ao jogador cujo usuário era "pkjm95"

×

— Atrás de você! Isso! Boa.

— Só mais dois jogadores e ganhamos a partida! - Exclama o desconhecido com quem eu jogava.

×

— Ganhamos! Bom jogo.

— Bom jogo!

— Você... Quer continuar na duo? - Ele me pergunta.

— Claro, por que não?

Jogamos mais duas, três, quatro partidas juntos, ganhando todas.

No meio do jogo, acabamos conversando e fomos nos conhecendo melhor. Ele parecia ser um cara legal, mas na internet é sempre bom desconfiar.

— Gostei muito de jogar com você.

— Também gostei de jogar com você.

— Bom, eu tenho que ir agora. Espero jogar mais vezes com você. - O rapaz fala saindo da dupla.

Alguns instantes depois, um aviso aparece na minha tela.

" pkjm95 te enviou uma solicitação de amizade "

Aceitar  Recusar

Eu sempre fui muito receosa quando o assunto é amizades virtuais, e com razão, desde quando eu era pequena minha mãe sempre me alertou sobre os perigos da internet, um dos motivos de eu sempre recusar os pedidos de amizade que chegavam para mim.

Mas dessa vez é diferente. É horrível passar todos os dias sem ter praticamente ninguém com quem conversar. Nesse período "infinito" de isolamento, tudo o que eu quero é ter alguém para interagir, mesmo que seja virtualmente.

Aceitar

"Agora você e pkjm95 são amigos!"

1 nova mensagem de chat

Abro o chat e vejo uma mensagem do jogador que acabei de adicionar.

— Que bom que aceitou minha solicitação! Até breve, minna199.

___________________  '' __________________

Olá, meus queridos leitores! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Aos que acompanharam minhas histórias anteriores, sentiram minha falta? Porque eu senti a de vocês.

Como já devem ter reparado, essa história mostra a visão de Marinna no meio de tantas mudanças, e aposto que muitos irão se identificar com ela.

Espero do fundo do meu coração que vocês gostem do desenvolvimento desta ficção. Não se esqueçam de deixar seu voto para dar um apoio, e comentem bastaante, pois amo ler os comentários e interagir com vocês.

Ah, e lembrem-se: A história só está começando.

Bom, por enquanto é só. Espero vê-los novamente nos capítulos que vêm por aí.

Até logo!

VIRTUAL - PARK JIMINOnde histórias criam vida. Descubra agora