Capítulo 4

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Jensen ficou desesperado e chamou pela Danneel que veio correndo, ela já tinha se vestido. — O que foi amor? — Ele mal conseguia falar, gaguejava e enrolava as palavras. — Calma, senta aqui, vou pegar uma água pra você. — Caminhou até a cozinha e logo trouxe um copo pra ele. — Bebe um pouco e me fala. — Tomou a água toda e colocou o copo sobre a mesa a sua frente.

Jensen não sabia como reagir diante do que ele ouviu, ele queria correr até o local, mesmo não fazendo ideia de onde fosse. — O Misha...aconteceu alguma coisa. — Danneel apertava os olhos sem compreender. — Eu tava falando com ele no celular e um barulho de carro batendo foi a única coisa que eu ouvi antes da ligação cair.

A expressão da mulher ruiva mudou completamente pra aflita, nem ela sabia o que dizer. — Vou ligar pra Victoria do meu celular. — Disse após alguns segundos em silêncio.  Levantou, foi até o quarto e quando voltou pra sala, Jensen não estava mais ali. Correu pra janela e viu o Jensen arrancando com o carro dele.

Danneel gritou por ele, mas foi em vão. — Droga! — Ela pegou as chaves do seu carro e foi atrás dele, naquele estado que ele estava, poderia acontecer outro desastre. No caminho ligou pra Genevieve sua melhor amiga e explicou o acontecido.

Jensen estava em total desespero, não sabia onde tinha sido o acidente, mas ficou procurando e procurando sem desistir. Depois de uns trinta minutos viu toda uma multidão olhando algo, parou o veículo e desceu do mesmo se aproximando das pessoas que estavam ali. Deram espaço pra ele passar e quando ele viu, era claramente o Misha ali.

— Vão logo, chamem a ambulância. — As lágrimas desciam sem parar por seu rosto. — Já está a caminho. Você o conhece? — Umas das pessoas perguntou. — Sim. — A vontade que ele tinha era entrar naqueles destroços e tirá-lo o levando até o hospital no colo, mas não podia tocar em nada, até mesmo pra não piorar a situação.

— Suponho que ele seja muito importante pra você.
— Sim, ele é.

A ambulância chegou, tirou ele de dentro das ferragens e o colocou na maca. Jensen insistiu para entrar e ir com ele. Ele adentrou o carro e seguiram caminho até o hospital. Jensen segurou na mão do Misha o caminho todo. Após alguns minutos chegaram e foram correndo para levar ele pra sala de cirurgia, ele havia perdido muito sangue. Também havia um ferro atravessando sua barriga.

Jensen ligou pra Danneel avisando onde estava e pediu pra ela avisar aos outros. Ficou ali na sala de espera andando de um lado pro outro e logo eles chegaram. — Cadê meu marido? — Victoria disse aos prantos. — É tudo culpa minha, se eu não tivesse ligado pra ele naquele momento, isso não teria acontecido. — Danneel então o abraçou.

— Não é sua culpa amor, não se culpe. — Danneel disse tentando acalma-lo. Victoria ficou gritando querendo saber notícias, mas ninguém falava nada. — Eu quero meu marido! — Exclamava a mesma. — Eu também quero...quer dizer meu amigo. — Aquilo soaria engraçado se não fosse tão trágico.

Algumas horas havia se passado e nada de saberem de nada. Então o doutor apareceu. Todo mundo aflito e o doutor não ajudava, deixava mais mistério no ar. — Ele tá bem? O que aconteceu? Fala! — Jensen disse segurando a camisa do homem de branco. — Se você me soltar, eu digo. Jensen tirou as mãos do homem e deixou ele falar.

— Ele está fora de perigo. — Todos ali respiraram aliviados. Mas a cara do doutor não era muito boa. — Se ele está bem porque essa cara? — Respirou fundo, não era fácil falar aquilo. — Ele está em coma. — A alegria nos rostos deles foram desaparecendo em questão de segundos. — Não sabemos quando ele irá acordar. Pode ser hoje, pode ser amanhã, ou nunca mais. Eu sinto muito.

Jensen mal conseguia encontrar o ar em seus pulmões. Ele ficou sem rumo, perdido. — Aí meu Deus! — Victoria disse colocando a mão sobre a boca. — Podemos vê-lo? — Danneel se aproximou do Jensen o tirando daquele transe.  — Amor? — Genevieve e o Jared logo chegaram. — Ele está bem? — Jared perguntou pra Danneel que tentava falar com o Jensen.

— Oi, eu tou aqui. — O loiro disse, mas parecia até um robô falando, como se só o corpo estivesse presente. Eles estavam desesperados, afinal gostavam muito do Misha, todo mundo gostava, ele era muito querido. O doutor permitiu a visita de cada um deles. Depois todos foram pra casa, ou quase todos, sua esposa ficou.

Todo dia eles alternava quem ficava pra passar a noite lá. Isso aconteceu durante longos dias, Jensen não passava um dia sequer sem vê-lo. Ele passava tardes lá, até mesmo quando não era o seu turno. Já havia se passado uma semana e nada do Misha acordar.

A tarde mais uma vez chegou, era uma quinta feira. Jensen entrou no quarto, sentou ao lado de Misha e pegou sua mão mais uma vez. A última vez que ele tinha feito isso foi dentro da ambulância. — Eu espero que você possa me ouvir. Não me deixa. Eu preciso de você! Já se passou uma semana e eu não aguento mais, sinto tanto a sua falta. Os dias não são o mesmo sem você. — Mordeu os lábios com a cabeça abaixada.

Os fãs durante esses sete dias, mandaram flores, orações e tudo que eles podiam fazer. Estava sendo difícil pra todo mundo, mas parecia que pro Jensen a dor era maior, parecia até uma parte dele, ele sentia que seu coração tinha sido arrancado, ele nem sabia se estava vivo ainda.

— Eu não posso fazer isso sozinho. — Começou a rir. — Tou falando que nem o Dean e o Sam agora. Mas você não pode deixar sua esposa, seus filhos, seus amigos e principalmente a mim. — Sua boca estava tremendo juntamente com as lágrimas que caiam. — Volta pra gente...volta pra mim! — Abaixou a cabeça novamente.

Assim que terminou de dizer, sentiu uma força em sua mão, e sim, era a mão do Misha que apertava a sua. — Mish?

Espero mesmo que estejam gostando. Não esqueçam de favoritar o capítulo se gostarem pra me ajudar, obrigada! 😘

Cockles - Mais que amigos Onde histórias criam vida. Descubra agora