Acordo com o barulho de carro e deduzo que seja ele. Me levanto e sinto o enjôo e a vontade de vomitar voltando, mas, isso não me impediu de conversar com Rapha. Fico sentada na cama, tomo um pouco de água para aliviar o estresse e ouço o barulho da porta abrindo. Ajeito minha postura e sim, era o meu jogador que havia chegado em casa.
Tivemos uma troca de olhares e logo ele se senta na cama, para me explicar o que havia acontecido.
— Carol... — ele chama minha atenção e olho fixamente para os olhos dele. — eu não saí à toa, ok ? Eu fui conversar com a Bruna, minha ex. Desde que eu te assumi, ela vem fazendo um inferno na minha vida, você não tem noção ! Eu só queria que ela parasse, sabe ?
— E tinha que sair sem me avisar ?
— Se eu te avisasse que eu ia sair para conversar com ela, você não ia deixar eu ir, tenho certeza !
— Não mesmo. — me levanto da cama — mas eu ainda acho que você tinha que me avisar sobre isso, sério ! Foi muita falta de consideração sua...
— Desculpa minha vida... — ele também se levanta, ficando à minha frente. — prometo que da próxima vez eu te aviso.
— Tá bem. — me rendo, encerrando a discussão. Me retiro do quarto e sinto ele vindo atrás de mim, vou para a sala e me deito no sofá.
— Tá brava ainda ? — pergunta se sentando na ponta do sofá.
— Sim. — falo sem olhar nos olhos do jogador.
— Isso seria ciúmes ? — diz em um tom provocativo.
— Mas é óbvio ! — respondo e ele solta uma risada nasal. Rapha se deita com a cabeça na minha barriga e aproveito para fazer cafuné em seu cabelo. Eu amo esses momentinhos...
— Quando vamos fazer a consulta do quarto mês ? — ele pergunta " acariciando " meu bebê.
— Hoje, 15:30. Vamos descobrir o sexo do nosso baby... — falo bobinha. Eu estou extremamente ansiosa para a chegada do meu bebê !
— Ah ! E que horas são ?
— Duas horas da tarde. — disse e o pai do meu bebê concorda com a cabeça. Ele se levanta para se arrumar e eu faço o mesmo.
Tomo um banho rápido, coloco uma calça jeans clara, um cropedd branco, arrumo meus cabelos e passo uma maquiagem leve.
Me olho no espelho e vejo que minha barriguinha já estava crescendo, minha criança ainda não era visível, mas, estava crescendo aos pouquinhos.
Saímos de casa às 14:20, já que a princesa, vulgo, meu namorado, demorou horas para se arrumar.
[...]
Ouvir o coraçãozinho do meu herdeiro bater era a melhor coisa que eu já ouvi na vida. Eu estava tão sensível que comecei a chorar, eu não conseguia nem prestar atenção no que a doutora falava.
— Calma ai... — fala ela após ver outra coisa no meu útero. — parece que são gêmeos... Uma menina e um menino ! — e isso foi o suficiente para eu chorar mais ainda. Não era só um bebê, eram dois ! Ema e Samu serão as crianças mais mimadas por mim e pelo papai... E falando no papai, a emoção foi tão grande que ele também estava em lágrimas ! Só de pensar nas nossas famílias juntas em um almoço de domingo enquanto nossos filhos correm pelo quintal de casa, me causava uma alegria tão grande !
[...]
Voltamos para casa e meus olhos não saíam da " foto " dos meus bebês no útero. Eu tenho certeza que estou totalmente completa; com meu relacionamento e com duas crianças à caminho.
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