3 dias depois
- Pokémon é melhor que Naruto, mas você não está pronto para essa conversa. - Davi falou enquanto saíamos da sala de aula. Sua frase me fez gargalhar alto.
- Pelo amor de Deus, só as histórias de cada personagem de Naturo colocam o enredo inteiro de Pokémon no chinelo. - Respondi rindo.
- Ta vendo, falei que não estava pronto. - Ele sorriu convencido.
- Tu é que não tem argumentos. - Respondi rindo mais uma vez e parei assim que chegamos perto da quadra onde eu ia jogar bola.
O que me fez parar foi ver S/n sentada ao lado de Maria. Do seu outro lado estava Vitor.
O meu sorriso sumiu ao vê-lo ali e eu comecei a sentir uma coisa horrível no peito. O que foi estranho pra mim, pois eu nunca senti isso com a Sara, nem quando a vi com outro cara.
Maria estava rindo de algo, Vitor estava falando alguma coisa olhando para S/n, e S/n estava meio encolhida apenas o ouvindo. Quando o mesmo terminou de falar, ela riu.
Davi parou ao meu lado quando notou que eu havia parado de andar e olhou na direção deles também.
- Não acredito. - Davi riu. - Ele tava falando sério? Eu não achei que ele fosse levar a sério isso de ficar com a S/n.
- Nem eu. - Respondi os encarando.
- Perai. - Davi olhou pra eles, olhou pra mim, olhou pra eles de novo e olhou pra mim de novo. - Tu ta afim dela?
- Oi? - O encarei.
- Tu ta afim da S/n?- Ele riu.
- Que? Não. - Neguei com a cabeça.
- Ahh tu ta afim da S/n! - Ele riu me dando um soco no ombro.
- Você é surdo? Acabei de dizer que não. - Cruzei meus braços.
- Aham... ta bom. Vamo lá! - Ele começou a andar na direção deles.
- Pra que?
- Chamar o Vitor pra jogar ué. Euem. Ta lerdo por que? - Davi riu da minha cara, coisa que me fez rir também.
O mesmo foi em direção as arquibancadas e subiu até onde eles estavam. Sem escolha eu subi também.
Assim que paramos na frente deles, Maria e Vitor nos olharam, mas S/n estava lendo um livro. A mesma só olhou para cima quando Maria me olhou e a catucou.
Assim que os olhos de S/n encontraram os meus, eu senti a mesma sensação que havia sentido quando a vi pegando o urso em sua porta.
Desde aquele dia eu não tive mais "contato" com ela. Segui o que Maria me pediu e a deixei em paz. Mas eu continuei lendo as mensagens. E a cada mensagem, eu sentia que estava a conhecendo. E quanto mais a conhecia, mas eu ficava encatado por ela.
S/n não sorriu, apenas ficou me encarando como se procurasse algo dentro dos meus olhos. E eu me senti intimidado com aquilo. Parecia que a mesma tinha um certo poder sobre mim.
Senti que faria qualquer coisa que ela mandasse naquele momento.
- Bora? O outro time já ali. - Davi falou me fazendo voltar a mim. O mesmo tirou a mochila das costas e colocou ao lado de Maria. - Vigiam pra mim?
- Claro. - Maria assentiu sem sorrir.
- Bora, deixa a mochila aí. - Ele falou me dando um tapa de leve no braço.
Eu tirei minha mochila das costas e coloquei ao lado da dele.
- Aí vê se pensa sobre a festa que eu te falei. Não vai ter muita gente. E a Maria vai ta la pra te fazer companhia. - Vitor falou com um sorriso olhando para S/n.
- Ta bom. - A voz doce de S/n soou quase arrancando um sorriso meu. A única coisa que me impediu de sorrir foi Vitor estar ao lado dela.
- Bora? - Vitor se levantou.
Assenti sem dizer nada e saímos dali descendo as arquibancadas.
- Não achei que estava falando sério quando disse que iria investir na S/n. - Falei enquanto caminhávamos no meio da quadra.
- Por que? Ela é uma gata. - Ele deu de ombros.
- Não faz o seu tipo de garota. A S/n é mais fofa e delicada. - O olhei.
- As vezes é bom dar uma variada. - Ele sorriu. - Por que o interrogatório? Se quiser pegar a amiga dela, Maria, eu te ajudo. Ela também é uma gata.
- Não, obrigado. - Respondi apertando o passo.
- Ce que sabe. - Vitor deu de ombros.
Nós começamos a jogar contra o outro time e eu tentei me concentrar ao máximo. Seria difícil com a S/n logo ali, mas ao mesmo tempo que eu não queria me distrair, eu também queria impressiona-la.
Mesmo sabendo que ela não ligava para futebol, ela mesmo disse isso em uma das mensagens.
Durante o jogo eu segui de boas. Tentei esquecer que S/n estava ali e joguei normalmente como fazia todos os dias. O que foi bom porque não fui ruim como da outra vez.
Estávamos quase no fim de jogo. Estava empatado 2x2. Por mim poderia terminar daquele jeito, mas Vitor fez questão de ter os pênaltis.
Eu me agachei no chão sentindo o suor escorrer por minha testa e foi automatico quando meus olhos se encontraram com os de S/n.
A mesma estava olhando pra mim sem expressar reação, o que me deu um tempo para analisar o seu rosto que era angelical.
Quando eu estava prestes a ir fazer o pênalti porque me chamaram, minha atenção foi totalmente roubada por S/n que de repente abriu um sorriso tímido pra mim.
Seu sorriso causou algo em mim que eu não soube explicar.
Eu só entendi do que se tratava quando eu sorri automaticamente pra ela.
A mesma pareceu ficar surpresa com meu sorriso, o que fez suas bochechas ficarem levemente avermelhadas. A mesma se encolheu de forma tímida e voltou a ler o seu livro ainda sorrindo.
Aquilo me desconcentrou tanto que eu quase tropecei no vento.
- Bora Payton! - Vitor me chamou me fazendo olha-lo.
Eu parei de olhar para S/n e caminhei até a bola com um sorriso estupidamente bobo no rosto.
Eu me preparei, chutei a bola e fiz o gol. Eu estava sorrindo quando isso aconteceu, mas não era por causa do Gol, era por causa da S/n.
Naquele momento eu entendi o que era toda aquela sensação estranha. S/n não saía da minha cabeça durante os últimos dias, sempre que eu podia eu estava lendo as mensagens como se estivesse conversando com ela. Tudo que eu via ou ouvia me lembrava ela.
Eu sabia que não era pena. Aquilo que eu sentia ia além disso.
Sem contar que eu senti ciúmes dela com o Vitor, não era só porque ele estava apostando.
Eu estava negando para mim mesmo, mas no fundo eu sabia: eu estava apaixonado.
Espero que tenham gostado
Me desculpem qualquer erro
Deixe sua estrelinha e comentem✨
Até a próxima
bjus,
Vah💕
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Garoto Das Mensagens/Adaptação
FanficS/n tem 19 anos, se formou recentemente na escola e atualmente mora sozinha em um apartamento no centro de sua cidade. A garota é apaixonada por romance de todos os tipos, comediantes, dramáticos e é claro, os tão sonhados clichês. S/n é só mais uma...