- O que você disse? - Vitor me encarou.
- Acho que você entendeu bem. - O olhei. Eu conhecia Vitor. Ele não estava gostando da S/n, só queria ter mais uma pra dizer que " pegou ". Eu não deixaria que ele fizesse isso com a S/n.
O mesmo não disse nada, apenas me ignorou e quando o ônibus chegou, ele caminhou até ele.
- Eu perdi alguma coisa? - Maria olhou para mim e para S/n.
- Payton me disse ontem que Vitor apenas se aproximou de mim porque apostou com os amigos dele. - S/n respondeu e Maria arregalou os olhos.
- Aquele.. - Ela mordeu a língua. - Filho da mãe! - Maria demonstrou ficar super irritada com aquilo. - Foi por isso que ele chegou do nada em cima da S/n essa semana.
- Esse é um dos motivos por eu ter dito a você que não queria ir na festa dele hoje. - S/n a olhou.
- Eu entendo. - Eu percebia o quanto Maria queria que S/n fosse a uma festa com ela. Ela sempre falava da S/n nas festas que ia e agora parecia extremamente chateada. - Eu contei pra todo mundo lá em casa que finalmente tinha te convencido a ir numa festa comigo.
- Não fica assim, Maria. - S/n segurou o braço dela com um sorriso.
- Ta, mas vou almoçar na sua casa hoje. - Maria sorriu também e as duas acabaram rindo.
O pessoal estava entrando no ônibus, então eu entrei também. Sentei em um dos bancos perto da janela e coloquei a mochila em meu colo.
Tirei meus fones de dentro dela e os coloquei. Estava escolhendo uma música quando S/n e Maria entraram no ônibus.
Minha atenção foi totalmente direcionada em S/n que parecia tirar algo de seu cabelo.
Quando elas passaram por mim, Maria empurrou S/n a fazendo cair sobre o banco ao meu lado.
A mesma acabou tropeçando, o que a fez parar com o rosto bem, bem, beeem perto do meu.
Na hora eu não soube o que fazer. Não sabia se ria pra amenizar a situação, se apenas sorria pra ela ou se a beijava. E acredite, a terceira opção era o que eu mais queria.
S/n estava tão perto que eu podia sentir o seu cheiro. O seu cheiro doce e inconfundível que eu havia sentido no dia em que te abracei no apartamento dela.
O seu rosto começou a corar quando meu olhar se dirigiu para sua boca. Aquilo me fez sorrir automaticamente, o que a fez tomar uma atitude e sair de cima de mim.
Ela se sentou direito na poltrona ao meu lado e olhou de cara feia para Maria que apenas sorriu debochada e seguiu para o fundo do ônibus.
- Isso foi... constrangedor. - S/n falou sorrindo sem jeito.
- Eu gostei. - Dei de ombros com um sorriso e a mesma corou mais. Eu amava quando ela corava, mas nem sabia porquê.
O ônibus deu partida e eu voltei a procurar a música no meu celular.
- Payton? - S/n me chamou me fazendo olhar pra ela. - Posso fazer uma pergunta?
- Claro. - Assenti.
- Como.. como soube que a Sara tinha... me iludido? - Ela perguntou parecendo não gostar muito de falar sobre aquilo, mas a mesma parecia muito querer saber.
Eu olhei pra frente pensando na melhor forma de dizer, e olhei pra ela que me encarava esperando uma resposta.
- A Sara me contou. - S/n olhou pra frente não parecendo acreditar muito.
- Ela, simplesmente, te contou? - S/n voltou a olhar pra mim.
- Sim. Sara pensou que eu ia achar graça no que ela fez. - Revirei meus olhos.
- E não achou?
- Não. - Neguei a encarando. - Eu jamais acharia graça em algo assim. Muito menos se tratando de você.
- Sério?
- Sério. - Sorri para a mesma. - Eu realmente sinto pelo que a Sara fez.
- Tudo bem... isso já passou. - Ela sorriu. - Eu só não queria ter caído no papo dela. Se eu não gostasse tanto de você, eu... - Ela começou a falar, mas parou quando percebeu que havia falado demais. - Desculpa.
- Desculpa pelo que?
- Eu sei que não sente o mesmo por mim, não quero parecer uma perseguidora. - Ouvir aquilo da mesma fez peito apertar.
Eu sentia o mesmo. Gostava dela. Era apaixonado por ela e sentia que faria qualquer coisa por ela. Mas por que diabos eu não conseguia contar pra ela?
Eu formulei toda a frase, eu queria dizer que ela estava errada e que eu era louco por ela, mas eu travei. Eu travei!
Eu nunca tive dificuldade de falar sobre meus sentimentos, mas com a S/n... eu simplesmente não consegui.
Eu fiquei o caminho inteiro me culpando e me sentindo um completo idiota por não ter contado pra ela o que eu sentia.
Ela teve coragem de me falar sobre seus sentimentos, mas eu não tive.
Quando chegamos na faculdade, S/n se levantou primeiro e saiu do ônibus junto de Maria.
Eu sai logo depois, mas não vi elas, provavelmente já tinham estrado. Como eu não tinha mais o que fazer, fui pra minha sala.
[...]
Agora eram mais ou menos 17h da tarde.
A faculdade hoje tinha sido um saco, apenas aulas de matérias e professores chatos. Eu fiquei o tempo inteiro louco para ir pra casa.
Como eu sai mais cedo, eu tive que vir de ônibus de linha, o que não me permitiu ver S/n de novo.
Eu estava sentado no chão do quarto com um dos livros da faculdade em mãos quando meu celular apitou e sua tela se acendeu.
Eu o peguei esperando que fosse um dos garotos perguntando se eu ia na festa, mas era S/n. O que foi bem melhor do que eu esperava.
S/n- Oi Payton. Maria almoçou aqui em casa e me encheu tanto o saco que eu decidi ir a tal festa.
Payton- Oi S/n. Ah, legal! Mas tem certeza que quer ir?
S/n- Tenho sim. Maria já fez tanto por mim, não custa nada ir nessa festa por ela. E eu prometi que não ficaria mais que 1 hora kkk.
Payton- Ah entendo kkk tudo bem então. Ainda vai comigo?
S/n- Sim. Me sinto mais a vontade com você do que com o Vitor.
Não vou mentir, eu realmente sorri feito um convencido quando li o que ela disse.
Payton- Ainda bem. Eu também não curto muito ver você com ele.
S/n demorou um pouco pra responder, o que me fez perguntar a mim mesmo se eu havia exagerado.
Payton- Te pego as 20h?
S/n- Pode ser.
Eu não estava muito certo daquilo. Não sei se vai ser uma boa ideia S/n ir nessa festa do Vitor, mas eu não a impediria. E se o Vitor tentasse algo com ela, eu estaria do lado dela para impedir.
Festa...
Espero que tenham gostadoMe desculpem qualquer erro
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Até a próxima
bjus,
Vah💕
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O Garoto Das Mensagens/Adaptação
FanficS/n tem 19 anos, se formou recentemente na escola e atualmente mora sozinha em um apartamento no centro de sua cidade. A garota é apaixonada por romance de todos os tipos, comediantes, dramáticos e é claro, os tão sonhados clichês. S/n é só mais uma...