- Será? - Maria me olhou confusa. - Ta certo que ela super te acolheu e cuida de você até hoje, mas sua avó? Seria muita coincidência.
- Eu sei. - Olhei pra frente.
- Eu não to descartando totalmente a possibilidade. Mas... ela não disse que nunca teve filhos?
- Sim. Isso é o estranho.
Maria permaneceu com sua expressão pensativa e eu me lembrei, de repente, daquela caixa que encontrei embaixo da cama da dona Clara.
Roseta, quem seria?
- Passa no apartamento dela hoje. - Maria perguntou me fazendo olha-la. - E me dê notícias, se aquela guria estiver doente, eu acho que adoeço junto.
Ri da mesma. Maria sempre gostou muito da dona Clara.
- Mas... e você e o bonitinho ai? - Perguntei catucando o braço dela e a mesma sorriu sem jeito.
- Não tem nada rolando. A gente só... ele só se sentou aqui. Eu nem convidei. - Ela deu de ombros.
- Aham... você pensa que me engana. - Respondi rindo.
O ônibus logo apareceu no ponto e nós fomos rumo a faculdade. Payton ao meu lado e Davi ao lado da Maria.
[...]
- Promete que vai mesmo? - Payton perguntou assim que paramos em frente ao meu apartamento.
Nós já havíamos voltado da faculdade e Payton estava me segurando na portaria do meu prédio. Ele queria que eu prometesse que eu iria para o seu apartamento depois.
- Prometo. - Sorri. - Escuta, você não tinha um jogo ontem?
- Tinha. - Payton olhou pro chão. - Eles adiaram por causa de um problema com o outro time. Nem sei quando vai ser agora.
- Ah sim. - Assenti. - Bem, eu vou subir. Vou dar uma limpa no meu apartamento e vou passar na casa da dona Clara para ver se ela está bem.
- Ta bom. Mas não demora, ta bom? E qual quer coisa me chama. - Payton me deu um beijo e logo foi para seu apartamento.
Eu entrei no meu prédio e caminhei direto para meu apartamento. Como eu havia planejado, depois de trocar de roupa, eu arrumei o meu apartamento deixando tudo arrumadinho e também almocei.
Eu até liguei a televisão para ver alguma coisa, mas eu estava preocupada demais com a dona Clara para assistit algum filme.
Eu desliguei a televisão e sai do meu apartamento. Porém, assim que saí do mesmo, me surpreendi ao ver um homem de terno cinza e uma maleta saindo do apartamento da dona Clara.
Eu me aproximei rapidamente antes que ele descesse as escadas e o parei.
- Oi? Tudo bem? - Ele parou e olhou para mim com um sorriso simpático. - O senhor estava saindo do apartamento da dona Clara, ela está bem? Aconteceu alguma coisa.
O senhor parou de sorrir e me olhou com um olhar nada agradável.
- Você é parente dela? - Ele perguntou tirando seus óculos do rosto e o colocando no bolso de sua roupa.
- Não. - Neguei. - Mas sou uma amiga. E eu não tenho a visto, fiquei preocupada. Meu nome é S/n.
- É um prazer senhorita S/n. Eu sou o doutor Josef, médico da dona Clara.
- Médico? - Minha voz falhou por um momento.
- Isso. - Ele assentiu. - Como amiga da dona Clara é bom que fique ciente do atual estado dela. - A cada palavra que aquele médico proferia, o meu coração apertava mais. - A senhora Clara Dias está em um estado grave de bronquite crônica.
- O que? - Minha mão foi parar na minha boca e os meus olhos marejaram.
- É muito comum na idade dela, ainda mais na mesma que já teve alguns problemas pulmonares.
- Mas ela... ela vai ficar bem?
- Há grandes possiblidades, mas com a idade da mesma, e como médico, eu não aconselharia a ter tantas esperanças. As veias pulmonares dela estão fracas, ela precisa de muito repouso. O que é difícil de se conseguir com pessoas da idade dela, você entende né?
- Sim, entendo.
- Pois então, se você puder, eu pediria que cuidasse para que ela não fizesse muito esforço. Nada de ficar saindo cedo quando ainda está frio para ficar regando plantas e nada de ficar fazendo faxinas.
- Tudo bem. Eu vou tomar conta dela. - Assenti.
- Eu agradeço. Voltarei amanhã para mais um exame de rotina. - Ele colocou seus óculos novamente.
- Ok Dr Josef, obrigada. - Ele sorriu simpaticamente e saiu dali descendo as escadas.
Eu estava triste com aquilo. A dona Clara foi a coisa mais próxima que eu tive de uma mãe e agora ela estava de cama com dificuldades para respirar.
Eu fui em direção a porta do aparelho dela e respirei fundo antes de entrar.
A porta não estava trancada, eu não quis nater porque era a cara dela sair da cama para ir abrir pra mim, eu não queria que ela nem colocasse os pés no chão.
- Dona Clara? - Perguntei me aproximando da porta do quarto dela.
- S/n? É você S/n? - Ouvi sua voz doce e sorri com aquilo.
- Sou eu sim. - Eu entrei no quarto dela a vendo deitada em sua cama.
Ela estava nitidamente abatida. Seus olhos antes cheios de vida estavam distantes, seu sorriso antes contagiante agora estava fraco e a mesma estava mais branca do que o normal.
- Como a senhora está? - Me aproximei da mesma.
- Eu estou ótima! O Josef é muito exagerado. Garanto que tenho forças o suficiente para regar minhas plantas. Elas devem estar tristes. - A mesma tentou se levantar da cama mas eu impedi.
- Ei ei, nada disso! - A fiz se deitar de novo. - Pode deixar que mais tarde eu rego elas. Agora, apenas fique ai e descanse.
- Mas eu já descansei o suficiente, S/n. - Ela teimou comigo e eu cruzei os meus braços a olhando com um sorriso.
- Não seja teimosa, eu vim aqui para cuidar da senhora e garantir que não fará esforço nenhum. - Assenti. - Precisa de alguma coisa?
- Preciso tirar aquela teia de aranha dali. - Ela apontou para o teto e tentou se levantar de novo.
- Qual parte de não sair da cama a senhora não entendeu? - Perguntei rindo e ela cruzou os braços. - Fica ai, deixa que eu tiro.
Eu sai de seu quarto rindo e fui até onde estava a vassoura. Antes que eu a pegasse, o meu celular vibrou.
Payton- Meu amor? Ta tudo bem? Já visitou a dona Clara?
S/n- Oi amor, já sim. Na verdade, eu to no apartamento dela agora.
Payton- E então ela ta bem?
S/n- Não... o médico dela me disse que ela está com bronquite crônica. Ela ta tão fraca, amor.
Payton- Nossa, eu sinto muito. Você vai ficar ai com ela?
S/n- Tem problema se eu ir pro seu apartamento mais tarde? Quero ajuda-la com o que ela precisar.
Payton- Não tem problema não, linda. Tome conta dela. Eu entendo e vou morrer de saudades ♡
Espero que tenham gostado
Me desculpem qualquer erro
Deixe sua estrelinha e comentem✨
Até a próxima
bjus,
Vah💕
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O Garoto Das Mensagens/Adaptação
FanficS/n tem 19 anos, se formou recentemente na escola e atualmente mora sozinha em um apartamento no centro de sua cidade. A garota é apaixonada por romance de todos os tipos, comediantes, dramáticos e é claro, os tão sonhados clichês. S/n é só mais uma...