Aquele foi como o momento mais esperado da minha vida, de uma forma... era.
Eu sonhava em conhecer minha família, saber quem eu era, da onde eu vim, o que havia acontecido... e agora... eu sabia. E eu estava prestes a dar um abraço na minha família.
Eu corri até dona Clara com lágrimas nos olhos e abracei como se fosse a primeira vez. Como se eu nunca a tivesse visto na vida.
- Oh querida, não chore. - Ela falou enquanto me abraçava forte. - Eu não quero vê-la chorar.
O doutor Josef se afastou de nós e saiu da sala em silêncio para que ficássemos sozinhas.
Depois de cobri-la de abraços, eu me sentei na cadeira ao lado da cama dela e a olhei com um sorriso tão grande que fiquei com medo que ela se assustasse.
Segurei sua mão e ela se sentou na cama.
- Eu... eu nem consigo acreditar. A senhora não faz ideia do quanto eu sonhava em conhecer minha mãe, minha avó, meus familiares. Saber da onde eu vim, o que aconteceu.
- Eu sinto muito que por minha culpa você tenha crescido sozinha e sofrido tanto minha querida. Eu sinto muito mesmo.
- Ei, não foi sua culpa vó. - Eu vi o brilho nos olhos dela quando me escutou dizer.
- Pode falar de novo? - Uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
- Quantas vezes quiser, vovó. - Sorri pra ela que sorriu mais.
Eu abracei mais uma vez a mesma me deu um beijo na cabeça.
- Ah S/n, como pude não te reconhecer? Você é a cara da minha Roseta. Até no jeito de falar e andar, é igualzinha. - Ela falou com um sorriso.
- Me fala mais dela? - Sorri me inclinando pra frente.
Eu passei um bom tempo ali com ela apenas ouvindo do quanto minha mãe era uma mulher incrível.
O tempo inteiro minha vó falava do quanto eu me parecia com ela.
- Amor? - Payton apareceu na porta do quarto com dois copos fechados de café e arregalou os olhos quando viu dona Clara acordada e eu com um sorriso do tamanho do mundo. - A senhora acordou...
Payton se aproximou de nós com um sorriso.
- Oh Payton, eu tenho muito que te agradecer.
- Pelo que?
- Você cuidou da minha S/n. Eu posso ver nela o quanto ela está feliz com você. - Ela falou sorrindo pra ele e ele olhou pra mim. - Serei eternamente grata.
- Não tem porque agradecer. A um tempinho atrás eu fiz uma promessa para mim mesmo que meu objetivo seria fazê-la feliz. - Olhei pra ele. - E se estou conseguindo... eu estou mais que feliz também.
Meu sorriso foi ainda maior quando ouvi aquilo dele. - Eu te amo. - Falei, porém nenhum som saiu da minha boca. Mas vi que ele entendeu e sorri com aquilo.
- Também te amo. - Ele falou da mesma forma. - Bem... acho que vocês duas tem muito o que conversar, né? - Payton falou deixando os cafés numa mesinha que tinha ali.
- Fica, amor. - Ele olhou pra mim. - Você faz parte de mim e merece saber de tudo sobre mim. Fica aqui comigo.
Payton abriu um sorriso e puxou a outra cadeira se sentando ao meu lado.
Minha avó continuou falando sobre minha mãe e eu estava amando ouvir, porém havia uma pergunta que eu não conseguia tirar da cabeça.
- O que aconteceu com meu pai? - Eu perguntei de repente e os dois olharam pra mim. Minha avó parou de sorrir e olhou pra baixo. - Eu sei que não deve ter acontecido algo muito legal, mas eu preciso saber!
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O Garoto Das Mensagens/Adaptação
FanficS/n tem 19 anos, se formou recentemente na escola e atualmente mora sozinha em um apartamento no centro de sua cidade. A garota é apaixonada por romance de todos os tipos, comediantes, dramáticos e é claro, os tão sonhados clichês. S/n é só mais uma...