Capítulo XIV

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Trouxe um capítulo bem grande para compensar a demora. Espero que gostem :)

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Capítulo XIV: A droga do ciúmes

— Me solta, não fiz nada para você, posso não ser forte o suficiente para entrar em um duelo com você, mas não me ameace. Se estou aqui foi porque Elijah insistiu que eu viesse para que pudesse me ajudar, não pedi para vir. Agradeceria se mantivesse ao menos um certo respeito por mim assim como manterei por você, já que iremos dividir o mesmo teto por algum tempo. — Zafira é corajosa o suficiente para dizer isso ao híbrido. Sabia muito bem que ele poderia quebrar seu pescoço em segundos se assim desejasse, mas agora já era tarde demais para voltar atrás em sua fala.

Klaus se aproxima dela o suficiente para tentar intimidá-la, mas ao contrário do que pensa, ela, ao invés de se deixar abater, o encara olho no olho. O medo dela em relação ao híbrido ainda existia, é claro que existia, mas ela sabia muito bem que se abaixasse a cabeça uma vez, ele viveria a intimidando e faria de sua vida um inferno naquela casa. Precisava se impor para que isso não acontecesse.

Klaus sorri de lado com seu costumeiro deboche e estava pronto para dizer algo, porém uma terceira voz no recinto o interrompe:

— O que está acontecendo aqui? — Elijah indaga, ao chegar no batente da porta e vê-los próximos o suficiente para se beijarem ou se atacarem. Como sabia que o irmão era completamente apaixonado pela esposa isso o levava a segunda opção, o que o preocupava, pois não queria que alguém de sua família criasse intrigas com a jovem, afinal não sabia do que ela era capaz e que tipo de ameaça poderia representar. Irritá-la não era uma ideia inteligente a se fazer no momento, mas sabia o que esperar de Klaus quando ele cismava com alguém.

— Nada demais, irmãozinho, apenas estava conversando com nossa hóspede e mostrando a ela que não é uma boa ideia medir forças com quem é maior do que ela. — Klaus responde após alguns segundos de um silêncio incômodo.

Elijah se desencosta do batente e caminha até os dois, com sua feição séria.

— E eu estava apenas dizendo ao seu irmão que mostre um pouco de respeito a quem ele nem ao menos conhece. Tirar conclusões sobre alguém de forma precipitada não é algo inteligente a se fazer. — Zafira expõe seu lado, desviando o olhar do híbrido e o colocando sobre o vampiro. — Bom, eu vou me retirar, sei muito bem como agir em lugares onde minha presença não é bem vinda.

Dizendo isto ela apenas se afasta e deixa o cômodo sob os olhares dos irmãos.

— Niklaus, o que foi que te pedi? Eu pedi apenas uma coisa, uma coisa simples, que era fazer com que ela se sentisse confortável aqui. E agora você a está assustando? — Demonstra indignação em sua fala.

— Não sou obrigado a ser gentil com quem não quero e já deveria saber como ajo para concluir que não o farei, mesmo que implore. — É direto em sua fala e Elijah franze o cenho.

— Ela não fez absolutamente nada, por que esta implicância toda com alguém que mal chegou?

— Eu não sei, apenas não fui com a cara dela, não sei…. senti uma energia ruim vinda dela. Não confio nela, Elijah.

— Apenas dê uma chance para ela, tenho certeza que pode mudar de opinião.

Klaus nada responde. Por hora se preocuparia em manter os olhos e ouvidos bem abertos a todas as ações da forasteira dentro e fora da mansão. Ninguém ali sabia exatamente nada sobre ela e ela se encontrava debaixo do mesmo teto que eles. Klaus jamais iria dar o braço a torcer tão facilmente. Confiança não era algo que o híbrido oferecia a qualquer um de bandeja, na verdade ele não oferecia a ninguém. Se até mesmo pessoas da sua família o traíram, imagina alguém que ele mal conhece.

Por mil anos | Elijah Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora