Por mil anos | Elijah Mikaelson

Capítulo XXX

— Quero que deixem tudo preparado para a minha chegada e da minha noiva, em apenas alguns dias estarei retornando para a Romênia com Alina junto a mim e já mandei prepararem tudo que iremos precisar para sairmos dos Estados Unidos, nada pode dar errado. — Ao telefone, Vladimir dispara ordens e mais ordens ao seu subordinado, que estava incubido de não deixar que nada desse errado no processo.

— Está certo, senhor!

Sem dizer mais nada o romeno desliga o telefone e despeja mais um pouco do conhaque em seu copo, observando a vista oferecida pela janela. Ainda naquela noite iria sair com sua amada novamente e aos poucos estava conseguindo fazê-la confiar nele. Ela o tinha convidado para acompanhá-la em um baile que iria acontecer em alguns dias e ele prontamente aceitou o convite, visualizando isso como uma oportunidade de colocar todos os seus planos em prática.

Se tudo desse certo em poucos dias estaria longe de Nova Orleans e com a fonte do seu desejo mais obscuro e de sua obsessão ao seu lado e ele faria de tudo para que seu plano desse certo.

…

— Em que mundo eles estariam seguros sem nós, Nik? Quem poderia protegê-los como nós? — Quando Cassandra fez essa pergunta ao marido noites atrás, preocupada com a segurança dos filhos, Klaus não teve dúvidas de quem recorrer.

— Há uma pessoa. — A voz do híbrido original soou em tom confiante.

A decisão de mandar Hope e Henrik para longe não era o melhor dos cenários para Klaus, tampouco para Cassandra que não se via longe das crianças, no entanto ambos sabiam que era um mal necessário, era tudo para protegê-los da fúria implacável de Mikael, que eles tinham certeza que tentaria usá-los como isca.

Mikael sempre odiou Klaus e foi Cassandra quem o matou, eles sabiam que o patriarca da família Mikaelson buscaria vingança e que não iria parar até que conseguisse seu intento, mas eles não ficariam de braços cruzados esperando por isso, eles iriam lutar.

Cassandra pôs nos filhos um feitiço de disfarce, para que ninguém pudesse encontrá-los e quando o dia que eles deveriam partir chegou, o casal não teve dúvidas. Eles precisam ir, pelo próprio bem, eles deveriam ir.

— Tão certo quanto meu sangue corre nas veias de vocês, vocês irão retornar para nós. — O híbrido declara, observando os filhos, que dormiam de forma calma em seus respectivos bebê conforto. O casal os observou por um bom tempo, os admirando, sabendo que a pessoa a quem eles designaram a tarefa de cuidar deles o faria com todas as suas forças, como se fossem seus próprios filhos.

Enquanto Cassandra deposita um beijo na testa dos dois, deixando com eles dois brinquedos que Klaus fez, o híbrido se virou para a mulher à sua frente, a encarando com absoluta certeza do que fazia.

— Irmã, apesar de nossas diferenças e nossas brigas, não há outra pessoa nesse mundo a quem eu confiaria a vida dos meus filhos, além da mãe deles, se não você. —  O híbrido diz sem pestanejar, enquanto encara Rebekah.

— Eu vou cuidar deles e protegê-los com minha vida, Nik, esteja certo disso, ninguém irá fazer mal a eles, eu prometo. — A loira afirma.

— Obrigada, Rebekah. — Cassandra agradece, segurando nas mãos da cunhada. — Obrigada por cuidar deles. Logo iremos acabar com Mikael e eles poderão retornar ao lar.

— Não tem que agradecer, Cassy, faço com gosto, mas agora precisamos ir, não podemos mais ficar em Nova Orleans, por enquanto é perigoso.

A Bennett assente em compreensão.

E enquanto observa o carro da vampira original se distanciando da mansão Mikaelson, Cassandra caí em um choro profundo nos braços de Klaus. Sabia que era o necessário a fazer, não iria colocá-los em perigo, no entanto desde que eles haviam nascido eles não ficaram distantes dela e agora vê-los sendo separados dela, mesmo que por uma razão necessária, a Bennett não conseguia suportar.