Por mil anos | Elijah Mikaelson

Capítulo XXXII

Diversas pessoas caídas no chão mortas com seus pescoços expelindo grande quantidade de sangue. Os corpos dos componentes da orquestra se encontravam decepados e suas cabeças rolavam pelo chão. As pessoas que restaram gritavam e Klaus só conseguiu proferir uma palavra:

— Mikael.

Zafira mantém-se estática no lugar onde está, sem saber exatamente o que fazer. Ao seu redor algumas pessoas começam a correr desesperadas em meio a cena de horror encontrada após as luzes serem acesas. Ela não tem muito tempo para pensar quando Elijah, em velocidade sobrenatural, a carrega até um local escuro da mansão.

— Elijah…— ela consegue sussurrar, recebendo o olhar intenso do original sobre si.

— Mikael… ele está aqui. — A voz do vampiro soa um pouco mais fria do que a jovem estava acostumada a escutar e sua postura ainda mais rígida.

A jovem não precisava ser uma expert para saber. Desde o início que todos eles falavam sobre o temido vampiro original Mikael, sentiu que todos eles sentiam um certo receio do patriarca da família, sobretudo Klaus, que foi aquele que mais sofreu nas mãos do vampiro. Não se surpreende por agora Elijah demonstrar certo medo por ter que enfrentar o pai.

— Ele caiu na armadilha que foi feita para ele, foi atraído até aqui, agora precisamos correr para fazer algo. — Faz menção de seguir em direção ao salão do baile onde tudo acontecia, porém ele a para no meio do percurso. — O que foi, Elijah? Vamos, precisamos ir logo, seus irmãos devem estar precisando da gente.

O vampiro inspira profundamente e declara:

— Você não vai, Zafira! — Declara, de maneira firme, sem papas na língua e a face da jovem se contorce em confusão, até ela sorrir.

— Está brincando, não é? — Ri — Vamos logo, Elijah, deixa de brincadeira. — Tenta continuar seu caminho, mas o aperto da mão do vampiro em seu antebraço torna-se mais forte. — O que é isso, Elijah?

— Eu já disse que você não vai, Zafira.

Percebendo a feição séria do vampiro, a garota nota que ele falava sério.

— O quê? Como assim? É óbvio que eu vou, eu me comprometi com sua família, não irei abandoná-los nesse momento caótico.

— Já temos muitos vampiros e lobos ao nosso lado para derrotarmos meu pai, o que eu não posso é deixar que se coloque em risco.

Ela nega com a cabeça.

— Bom, ainda bem que essa não é uma decisão que cabe a você, não é mesmo? — se vira novamente para ir embora, mas dessa vez Elijah se coloca atrás dela e sem que ela espere, coloca um pano com algum líquido desconhecido sobre seu nariz.

— Não, você não vai se colocar em perigo!

Zafira se contorce em seus braços, tentando a todo custo se livrar de seu aperto, mas era impossível, haja vista a força do vampiro. Aos poucos ela sente seu corpo leve e quando menos espera desmaia nos braços do original.

Culpado pelo que fez, Elijah deixa um beijo na testa dela.

— Me perdoe, meu amor, mas foi necessário, não irei sacrificar sua segurança.

O original a pega no colo estilo noiva e a leva para o local que já havia decidido onde a deixaria na mansão. Tinha poucos segundos até que ela acordasse.

Quando Zafira desperta poucos minutos depois, confusa, olha ao redor percebendo que encontrava-se em um local escuro e estranho.

— Que diabos… — comenta para si mesma, não entendendo nada.