Capítulo 26

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ALERTA DOURADO

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ALERTA DOURADO

— Onde vocês estavam? Estou procurando a horas e já liguei para Luís e Alana — esbraveja minha mãe, na varanda de casa com Matt logo ao lado e a voz estridente e segurando o plib próximo ao peito.

— No Vale das Maravilhas — respondo, como se fosse óbvio.

Acabamos de chegar e mal descemos do carro quando ela corre em nossa direção, uma ruga formada entre as sobrancelhas.

— Seu tio ligou, disse que era uma grande emergência e também convocou Alana e Luís — fala apressada e sem deixar que Ágata tire o cinto de segurança, parando as mãos dela.

— O que é tão importante? Ele nos demitiu, pode se virar se a gente. — Ágata cruza os braços e balança a cabeça em negação, mamãe continua nos encarando e, atrás dela, uma ave grande e branca com dourado pousa no telhado da casa, em cima de um dos sensores.

É uma coruja, com a a cabeça em formato de maçã e um par de olhos negros. Ela não pia ou canta, apenas nos observa curiosa.

— O que ele disse, mãe? — questiono em voz baixa, com o intuito de fazê-la se acalmar.

— Ele ligou há uma hora, estava nervoso e… disse que era um Alerta Dourado.

Ágata e eu nos entreolhamos, lendo nos olhos do outro o significado desse termo. Meus pelos se eriçam e volto a ligar o carro, usando a entrada de carros de casa para virar em direção à cidade.

— Ligue para ele e avise que estamos indo! — peço, dirigindo pela extensão da BR em direção à agência, do outro lado da cidade.

                         ◾◾◾◾◾

Estaciono de qualquer jeito e ignoro a vozinha irritante em minha cabeça que diz mais uma vez aqui e sigo Ágata para dentro. Entramos no elevador e, no segundo andar para cima, vemos o caos se formando na central. Plibs tocam no volume máximo, computadores piscam em vermelho e agentes correm de um lado para o outro. Jorge nos vê e acena.

Vamos até ele, no centro da sala, onde uma mesa improvisada foi montada e há mapas em papel da cidade e arquivos científicos de onde o nome Zeus parece saltar. Alana, Luís, Caio e outros três agentes estão aqui, ao redor dos papéis espalhados, bem como Tobias, Angela e Yuri. Entre os agentes há gêmeas de uns… 15 anos, julgo pelo tamanho. Elas usam o mesmo vestido, mudando apenas a cor. A de cabelos cacheados usa rosa, a outra, com um rabo de cavalo, usa verde.

— Como? — Ágata dispara, pegando um dos papéis, um relatório amassado e antigo.

— Uma pane no sistema de resfriamento — explica Yuri, aparentemente calmo apesar de tudo.

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