Ser o suficiente

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Eu nunca me senti o suficiente, nem para os meus pais, para mim ou para alguém que pudesse tentar me amar, afinal se eu não sou boa o suficiente nem mesmo para mim, qual seria o motivo de outra pessoa me achar suficiente. Christian ele segura minha mão com tanta força, eu sinto seu medo,ele tem medo de perder o filho que acabou de ganhar eu não o julgo, Roy tem esse jeito privado, mal educado, mas ele é apenas um menino que criou sua própria proteção com a ignorância . A ambulância parou, os socorristas são os primeiros a sair, eles puxam a maca, eu fico em silêncio observando, eu consigo ver os machucados no rosto do Roy, eu vejo a gravidade dos ferimentos . O corredor do hospital parece ser mais longo que aparenta, merda, a porta se fecha e lá estava Christian batendo na porta, implorando para entrar, eu seguro sua mão, agora foi a minha vez, eu segurei com força o suficiente fazendo ele me encarar. Minhas mãos sobem até os lados do rosto desenhado dele

- Christian,Temos que esperar, aqui .

Ele encarou a porta por segundos, ele pensava em tentar passar, porém, inútil eu sei disso e ele também. Se passou horas, a única notícia que tínhamos era que o Roy estava em cirurgia, eu saio até a cantina, café, Christian precisa de alguma coisa forte. Eu vejo Christian de longe , cabeça baixa, olhos tristes e mão nervosa que debate contra o joelho da maneira mais inquieta possível.

- Você precisa descansar.

- Preciso saber dele .

Respiro fundo, minha mão se estende entregando o copo cheio de café. Eu entendo seu nervosismo, mas agora nesse momento eu estou preocupada não apenas com Roy, mas também com Christian.

- A última vez que eu estive em um hospital foi quando Caroline, morreu, não é irônico.

- Não,não é. Roy não vai morrer. A sua vida toda você foi esse homem, pessimista?

- Eu costumava a não ter razão para não ser pessimista.

- Ótimo , agora você tem.

- Tenho?

- Você tem o Roy e tem a mim e tenho certeza que vale a pena você pensar que tudo vai se resolver.

- Violet ,as coisas não são fáceis.

- Christin, você faz as coisas se tornarem difíceis e fáceis ,me escuta ,quem diz como vai ser é você.

- Então se eu falar que o Roy não vai morrer e que amanhã você não vai voltar a ser minha secretária, grossa vai acontecer?

- Bom, o Roy ele vão viver ele é teimoso e acho que nem a morte pode com ele, talvez ele tenha puxado o pai, mas a secretária, grossa bom talvez em outra vida

Eu consigo tirar uma risada dos lábios do Christian. Seus lábios são tão lindos, sua felicidade me trás uma paz, ele nem imagina. O médico se aproximou, eu me ergo junto a Christian. As palavras do médico são claras" Foi um duro acidente, temos que esperar para saber afundo se haverá sequelas ou não, mas o Roy é forte é jovem, eu tenho botas espectativas em relação a ele" Meu sorriso se abriu, Christian ele respirou aliviado e foi esse momento que ele me abraçou com força e seus lábios tocam o meu em uma emoção e surpresa . - Ele vai ficar bem - Christian diz, eu acabo sorrindo, senhor agora minha vergonha parece tomar conta do meu corpo. Uma enfermeira vem e avisa que daqui a cinco minutos podemos entrar no quarto. Christian ele anda de um lado para outro, aflição e nervoso me corroem por dentro, eu posso dizer que exatamente cinco minutos eu abro a porta ,mas para nossa surpresa alguém já estava com nosso bad boy. " - Você vai ficar bem de novo, não é vai voltar a me chamar de loirinha e me fazer desejar todos os erros ao seu lado, não é meu vagabundo" Sim . Feyre. Era ela, ela segurava a mão do Roy,ele está desacordado, porém , eu desejo que de alguma forma ele consiga ouvir. Meu olhar se virou a Christian, mas para minha surpresa ele já me encarava.

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