Capítulo 2

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Arabella

“SLYTHERIN”

O chapéu seletor anunciou a minha casa e várias conversas iniciaram-se no Salão. A casa para onde fui selecionada levantou-se e aplaudiu. Olhando em volta, reparei nas outras casas. Preocupados, com medo, desgosto eram alguns dos olhares das outras casas.

“Menina Roseberry, pode juntar-se aos seus companheiros Slytherin”, Dumbledore apontou para a mesa mais longe à direita.

“Obrigada, professor Dumbledore”

Lentamente, fiz o meu caminho até à mesa dos Slytherin e fui recebida por uma menina que me ofereceu o lugar à sua frente.

“Senta-te aqui Roseberry, não precisas de te sentar com o primeiro ano, a não ser que queiras”

Os estudantes ao seu lado riram-se da sua piada pobre. Eu dei uma falsa gargalhada e sentei-me à sua frente. Examinei o seu rosto, ela era bonita, com feições sombrias e um rosto pálido.

“Sou a Pansy, Pansy Parkinson”, ela estendeu a sua mão para que eu pudesse apertar.

“Prazer em conhecer-te.”

Os outros estudantes ao seu lado apresentaram-se. Crabbe, Goyle, Blaise and Astoria. Falavam entre eles o quão má era a escola e como eles odiavam os meio-sangue. Comecei a perceber em que casa é que fui colocada.

Desapontada, Pansy tirou-me dos meus pensamentos.

“Anda Roseberry, vou mostrar-me a sala comum” e, com isso, seguia e ao seu grupo.

Caminhámos durante algum tempo, passámos por corredores, múltiplas escadas, parecia que íamos cada vez mais para baixo do solo. Ela parou em frente a uma porta e sussurrou “Sangue-puro”

Quase trocei, mas preferi guardar para mim. Ela virou-se para mim, “Esta é a palavra-passe para a sala comum e para os dormitórios”, ela sorriu.

Eu assenti e entrei na sala. Havia sofás verde-esmeralda no meio da sala, uma grande lareira com chamas verdes, fotos e mais fotos de vários feiticeiros. Havia, também, escadas em espiral que iam para cima e para baixo.

Pansy explicou-me que as raparigas* e os rapazes tinham dormitórios separados, mas fez-me saber que essas regras não eram seguidas. O quarto era escuro, com velas que iluminavam o lugar em tons verdes.

“Podes sentar-te”, Pansy sorriu.

“Então, porquê que estás aqui?”, perguntou Astoria. Senti-me como se estivesse a ser interrogada pelo Ministério.

“Fui expulsa de Beauxbatons”, eles olharam-me de forma questionável. “Lutas”.

Espantada, mas não demais, eles continuaram com as suas perguntas até que a porta da sala se abriu e todos se calaram.

“Não se preocupem comigo, continuem a vossa conversa.”, uma voz grave falou, atravessando a minha alma.

Merda, eu virei a minha cabeça um pouco para ver de onde vinha a voz.

“Malfoy, temos outra sangue-puro entre nós”, Goyle informou-o.

Ele caminhou pela sala comum e sentou-se à minha frente, com um leve sorriso no rosto. Enquanto os outros Slytherin lhe davam informações sobre mim, eu aproveitei para o olhar.

Ele não estava vestido como os outros. Usava um fato preto, uma camisa branca e uma gravata verde. Alguns dos seus dedos tinham anéis que gritavam riqueza. Ele era magro. Não musculado, mas o suficiente.

Ele era alto, bem, mais alto que os meus 1.65 metros. Então olhei para o seu rosto. As suas maçãs do rosto eram altas, quase como se tivessem sido desenhadas. Os seus olhos o que se destacava mais, brilhantes, azuis ou talvez cinza e parecia que falavam mil coisas.

Malfoy gritava dominância, era visível que ele era o líder e o resto do grupo eram os seus seguidores.

“Então és uma má menina huh?”

O seu grupo gargalhou enquanto eu engoli em seco. Merda, o que é que eu devo dizer, não quero parecer uma puta, mas não quero parecer estranha.

“Depende da situação”.

Ele encostou as costas na sua cadeira, enquanto tocava com os dedos no seu joelho.

“Interessante”, disse.

Pansy tossiu e, então, falou, “Bem, amanhã todos temos aulas, então devíamos ir para os dormitórios”.

Eu assenti e todos do grupo se separaram exceto Malfoy que parecia estudar-me.

“Boa noite, Malfoy.”, eu disse, caminhando atrás de Pansy e Astoria.

Enquanto fazia o meu caminho até ao dormitório, uma mão fria agarrou o meu pulso. Virei-me e vi Malfoy que me sorria.
Astoria virou-se e franziu a testa, perguntando-se o porquê da minha demorada. Sorriu e continuou a subir as escadas.

“Não me apresentei.”, ele disse, enquanto agarrava o meu pulso. “Draco, Draco Malfoy.”

O seu hálito a menta rapidamente entrou pelas minhas narinas, ao ponto do cheiro ser demasiado.

“Prazer em te conhecer.”, eu afastei a sua mão. “Da próxima, deixa as tuas mãos quietas.”

Apressei-me a chegar ao dormitório. Pansy e Astoria já lá estavam. Coloquei os meus sapatos ao lado da minha cama e Pansy saiu da casa de banho.

“Porquê que demoraste tanto, Roseberry, já te perdeste?”

“Oh, não. Draco estava a apresentar-se.”

A sua cara sorridente desapareceu, “É Malfoy para ti.”

Fiquei surpresa com a sua atitude, ela nunca me tinha dito nada sobre ele.

“Não sabia que vocês namoravam”.

“E não namoramos, mas de vez em quando encontramo-nos.”, ela sentou-se no fundo da minha cama. “Sabes, as nossas famílias são amigas e somos sangue-puro então, basicamente, estamos destinados um ao outro”.

Astoria gargalhou com a fala de Pansy, “Pansy és tão delirante, o Malfoy nem te dá atenção a não ser que precise de algum favor.”, ela olhou para mim e piscou o olho.

Pansy lançou um olhar mortal a Astoria e caminhou até à sua cama. “Bem, vamos ver quem está certo no fim.”

E, com isso, vesti o meu pijama e fui para a cama. Finalmente comecei a sentir-me confortável e deixei que o meu corpo se rendesse ao cansaço, antecipando o que o dia de amanhã traria.

Bare - Draco Malfoy (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora