Bare - Draco Malfoy (TRADUÇÃO)

Capítulo 8

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E espero que estejam a gostar tanto como gostei

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Draco

Tinham-se passado três dias. Três dias desde que a Arabella me agraciou com a sua doce boca. Três dias desde que tive controlo sobre ela. Três dias desde que ela tinha falado comigo.

Eu acho que ela me anda a evitar, não faz contacto visual comigo e não responde a nenhum dos meus comentários como fazia antes. Pensei que ela estivesse envergonhada por ter feito o que fez naquela noite. Mas ela age como se estivesse tudo normal, como se nada tivesse acontecido, como se eu não existisse.

Eu não podia aguentar mais, desde que senti o que ela tinha a oferecer, eu queria e precisava de mais.

"Malfoy, estás bem?", Pansy tocou no meu ombro enquanto me olhava preocupada.

Estávamos a ter Adivinhação, não fazia a mínima do que estávamos a falar, a minha mente estava noutro lugar.

"Estou bem, Parkinson", removi a sua mão do meu ombro.

Ouvi uma gargalhada a vir da frente da turma. Os meus olhos seguiram o barulho e ali estava ela, a rir com o Longbottom.

Não tinha reparado que a minha mão se tinha fechado num punho, só percebi quando a pena começou a afundar na minha pele. Ela só podia estar a fazer isto de propósito, ela sabe como brincar comigo, melhor do que ninguém.

Rasguei um papel do meu caderno e escrevi, "Encontra-te comigo na torre de astronomia, depois do jantar."

Dobrei o papel enquanto sentia os olhos de Pansy sobre mim, ignorei-a. Gentilmente, atirei-lhe o papel e vi-o aterrar na sua mesa. Ela abriu o papel, estudou-o, não percebi porquê que ela demorou tanto tempo a ler, a instrução era simples.

Será que ela não conseguia ler? Talvez devia ter-lhe escrito um recado mais pequeno. Ela não me olhou, simplesmente dobrou o papel e arrumou-o na sua capa.

As minhas aulas pareciam mais longas a cada dia. O Natal estava a chegar e eu temia voltar para casa. Talvez estava contente pelos dias demorarem mais tempo a passar.

"Então Malfoy, o que é que tu e a Arabella estavam a fazer na outra noite?", Blaise sorriu.

"Estávamos a falar.", respondi enquanto brincava com a minha comida do almoço.

"Pareceu-me que estavam a fazer mais alguma coisa", Blaise provocou, "Os joelhos dela estavam um pouco vermelhos, talvez por causa do teu chão."

Crabbe e Goyle acompanharam-no no riso, mas eu ignorei-os.

"Diz-me Malfoy, a boca dela é melhor que as de Hogwarts?"

"Sim, Malfoy, diz-nos. Nós também queremos um bocado dela.", Goyle gargalhou.

Eu vi tudo vermelho, a imagem deles a tocar-lhe deixou-me furioso. Agarrei Goyle pela gola da sua camisa.

"Cala a merda da boca.", berrei próximo à sua cara.

Blaise tirou as minhas mãos da gola de Goyle e afagou as minhas costas. "Ok Malfoy, era só uma piada."

"Sim, desculpa Malfoy", Goyle resmungou.

Levantei-me da mesa e caminhei pelo Grande Salão, onde se ouviam sussurros sobre o que tinham acabado de testemunhar na minha mesa.

Precisava de ar. Fiz o meu caminho até ao pátio e inalei o ar de inverno. Mexi no meu cabelo e ouvi-a a rir-se atrás de mim. Virei-me, eu precisava de falar com ela agora, não podia esperar até depois do jantar.

As minhas sobrancelhas juntaram-se em confusão enquanto via com quem ela estava. Potter e Weaslebee? Ela só podia estar a brincar, como se o meu dia não pudesse piorar, eles abraçaram-se antes de se separarem. Ela viu-me e focou os seus olhos noutro lugar enquanto caminhava na minha direção.

"Mas que merda é que pensas que estás a fazer, Arabella!", disse, um pouco alto demais.

"Draco, larga-me, estás a magoar-me!"

Ela tinha olhos furiosos. Não tinha reparado que lhe tinha agarrado o braço. Larguei-a e puxei-a para um lugar mais calmo.

"É por isso que me andas a evitar?", cuspi, "Tu preferes o meio-sangue sujo?"

"Não sei do que é que estás a falar, Draco."

Ela afastou o seu braço de mim e olhou-me com raiva e confusão.

"Não sejas estúpida, Roseberry, tu chupaste-me na outra noite e agora estás a fazer-te ao Potter!"

"Que merda é essa, Draco"

Ela olhou em volta e reparou na audiência.

"Nunca imaginei que gostasses de meios-sangues.", disse-lhe.

Eu estava chateado, com raiva por ela me ter deixado no quarto a desejar por mais. Com raiva porque ela me tem evitado este tempo todo. Com raiva porque ela estava com ele em vez de estar comigo.

"Parece-me que só queres provar todos."

"Vai-te foder, Draco", ela gritou e começou a afastar-se com os olhos molhados.

Olhei em volta e vi alguns estudantes a observar-nos e a sussurrar.

"Que merda é que estão a olhar?"

Saí dali, foda-se o resto das aulas, disse enquanto caminhava para o meu quarto.

"Eu sabia!", ouvi atrás de mim, este dia é uma piada, certo? Virando-me, vi uma Pansy zangada parar na minha frente. Ela ia bater-me, mas eu apanhei a sua mão antes.

"Tu escolheste-a em vez de mim!", gritou

"Se alguma vez me tentares bater de novo Parkinson, podes considerar-te morta.", resmunguei largando o seu pulso.

Os seus olhos começaram a ficar molhados, pela barba de Merlin, porquê que isto está a acontecer.

"Porquê ela, Draco?", ela colocou as suas mãos no meu rosto – ela estava a chorar. "Não te lembras do quão bem eu te fazia sentir, como tu imploravas por mais."

Senti-me um pouco mal, mas já tinha deixado claro múltiplas vezes, "Nunca haverá um nós, Pansy. Desculpa, mas não posso ser quem tu queres que eu seja."

Removi as suas mãos do meu rosto.

"Draco."

"Não me chames isso."

Ela fechou a sua boca e fiz o meu caminho pelas escadas em espiral até ao meu quarto.

"Tu vais voltar! Voltas sempre!", Pansy berrou do fundo das escadas.

Desapertei a minha gravata, conseguia ouvir a rapariga a chorar na casa-de-banho. Senti angústia no meu peito, eu sabia o que era. Verdade seja dita, eu arrependia-me da maneira que tinha falado com ela. Mas o meu orgulho era maior, ignorei o choro e caminhei para o meu quarto, ignorando o que se tinha passado.