Capítulo 13

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Draco

"Para o meu querido filho, Draco,

Como está a escola, querido? Espero que te estejas a divertir e a concentrar nas aulas!

Tenho a certeza de que estás confuso do porquê de te estar a escrever tão perto do Natal, no entanto, devo contar-te algumas notícias importantes. Por favor, lê com calma, meu doce rapaz.

O teu pai foi encarregue de fazer uma tarefa para o Lorde, que é muito importante e perigosa. Ele está de volta, tal como a tua tia, que vai ficar connosco.

A mansão pode não estar como te recordavas quando chegares, mas o amor vai continuar aqui.

Por favor, cuida-te, mal posso esperar para te ver.

Adoro-te para sempre, mãe"

Tinha-se passado uma semana desde que tinha recebido a carta e lia-a todos os dias, uma e outra vez ao ponto de a ter memorizado. Não queria ir para casa, ver a minha mãe, a minha tia, o meu pai, todos eram seguidores do Lorde das Trevas. Eu sabia o meu destino e o que veria.

Eu tinha medo do Lorde, e das numerosas histórias sobre as suas maneiras horríveis. Iria encontrá-lo mais rápido do que pensava porque o meu pai tinha uma tarefa. Mas eu não podia ter medo, sou um Malfoy e tinha de mostrar o meu valor, não só para ele com também para o meu pai.

Senti-me aliviado ao ver a Arabella na minha porta, se fosse outra pessoa qualquer eu ia mandá-lo foder. Ela era tão elegante quando limpou a minha mão, a sua delicadeza deixou-me à vontade.

A sua voz era suave, tinha-a deixado ficar só pela companhia, mas, então, ela viu a carta, não podia deixá-la descobrir ou saber o que se passava na minha vida. Então, ela tinha de ir embora. Não a podia manter ao meu lado, especialmente com as escolhas das suas companhias, não era correto.

"Terra para Malfoy.", Blaise chamou-me, tirando-me dos meus pensamentos. Olhei para ele.

"Qual é a resposta da cinco."

Estávamos na biblioteca a fazer revisões para os exames, Astoria e a Arabella tinham-se juntado a nós.

"Não sei, ainda não cheguei aí.", admiti, verdade seja dita, não me conseguia concentrar desde a última carta.

"Mimblewimble", olhei para Arabella que me sorria depois de responder à pergunta.

"Obrigada, Arabella", Blaise escreveu a resposta.

"Merlin, isto é cansativo.", Astoria resmungou fechando o livro.

Concordei com ela e fechei o meu também.

"Vá lá pessoal, o Natal é na próxima semana, eu sei que nenhum de vocês vai estudar durante as férias."

Zombei, "Fala por ti."

"Draco, tu nem escreveste uma resposta.", atirou

"Qual é o teu ponto?"

"Que não te estás a concentrar agora, porquê que te vais concentrar quando não tiveres aulas?"

Ia responder ao seu comentário parvo.

"Ok pessoal, já chega.", Blaise interrompeu a conversa.

"Sim, vamos todos estudar durante as férias.", acrescentou Astoria.

"Quais são os teus planos para o Natal, Arabella, vais ficar cá?", Blaise perguntou

"Não, vou estar com a minha irmã mais nova."

"E tu, Malfoy?"

"Vou para a mansão, o mesmo de sempre."

"Malfoy, o que é que fazes naquela mansão, eu sei que os teus pais estão sempre ocupados, precisas de alguém para estar contigo.", Blaise riu-se, eu sabia o que ele estava a fazer. Arabella não podia entrar na mansão se os meus pais soubessem com quem ela andava.

"Não preciso de ninguém, estou bem sozinho.", olhei para a Arabella que revirou os olhos discretamente enquanto olhava para as suas anotações.

"Quando é que vais arranjar uma boa rapariga, Malfoy?", Astoria pigarreou.

Foda-se, a Astoria e o Blaise eram a pior combinação quando estavam juntos.

"Quando tiver tempo, porquê tantas perguntas.", comecei a ficar aborrecido.

"Não podes continuar a foder com todas Malfoy, vais ser velho e frágil quando estiveres pronto para ter alguém.", Astoria riu-se enquanto me olhava.

"Já chega, vocês não têm mais nada para falar!"

Levantei-me e juntei as minhas coisas.

"Malfoy, era uma piada.", disse Blaise com confusão no olhar.

"Vocês não sabem quando parar, podem ir os dois à merda.", resmunguei.

Olhei para a Arabella antes de sair. Ela olhava-me preocupada, mas eu não tinha tempo para isso. Sai da biblioteca e fui até à torre de astronomia.

Enquanto caminhava pelos corredores vazios, vi uma rapariga estranha dos Ravenclaw parada em frente a uma parede de tijolos. Ela estava a agir de maneira estranha, escondi-me atrás de um pilar. Perguntei-me se ela ia entrar na parede.

Esfreguei os meus olhos, ela tinha desaparecido, mas que merda? Onde é que ela foi? Isto não estava certo, eu ia até ao fundo disto.

Voltei para a mesma direção de onde tinha vindo, a Arabella passou por mim a correr, sem se aperceber de que eu estava ali, e correu na mesma direção que a rapariga estranha. Já estava muito longe para perceber para que lado é que ela tinha ido, mas qual era a pressa? Aprecei-me a ver para onde é que ela tinha ido, mas já tinha desaparecido.

Interessante.

"Senhor Malfoy, como pode ter a certeza de que ela desapareceu, talvez tenho virado para outro corredor.", a professora Umbridge falou enquanto colocava chá na sua chávena.

"Eu vi-a e ela entrou na parede! Estou a dizer-lhe.", soava a algo maluco, mas nada é maluco em Hogwarts.

"Certo, obrigada pela informação, senhor Malfoy.", ela sorriu e abanou a cabeça em direção à porta para que eu saísse. Voltei para a sala comum para o meu merecido descanso.

Bare - Draco Malfoy (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora