CAPÍTULO 6

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RP NARRANDO:
Quando vi ela descendo, senti uma vontade fora do normal de beijar ela, e ter ela comigo, ela desceu.
Acho que eu tô ficando louco!
Eu me levantei, me aproximando dela, colei nossos corpos, e coloquei minha mão sobre a sua cintura, apertando ela, e fui passando minha outra mão pelas suas costas levando até a sua nuca, e pude sentir ela se arrepiar com meu toque.
Fui aproximando minha boca da dela, até que ela vai pra trás, esbarrando num vaso qualquer que tinha ali.

FERNANDA NARRANDO:
Quando vi ele se aproximando da minha boca, sai da minha órbita, ele deve tá achando que sou fácil, né?
Mas, só estou fazendo o jogo dele mesmo.
FERNANDA: A Larrisa ainda está aqui, RP?
RP: Que? Tu conhece a Larrisa?
FERNANDA: Sim, conheço.
RP: Entendi, deve estar, mas não sei se vai ao baile, e vou já te dando um aviso, não te mete em confusão, não tô afim de me incomodar hoje! Fica ligada, não quero ver tu de papinho com ninguém e muito menos beijando ninguém.
Fiquei ouvindo ele falar, e cruzei os braços.
RP: Ouviu, FERNANDA?
FERNANDA: Ouvi, não sou surda.

Saímos de casa, ele trancou ela, e fomos em direção do carro, do meu carro, ele só pode estar de sacanagem comigo, né?
FERNANDA: Não vou pro baile com o meu carro.
RP: Vais sim, Fernanda, entra de uma vez e não abusa da minha paciência que está bem curta hoje!
Entrei no carro bufando.
Fomos em direção do baile, ele estacionou num lugar qualquer lá, e fomos caminhando até a porta, todos me olhavam com ele, cochichavam.
Muita coisa aqui mudou, as pessoas, tudo gente estranha.
Não acredito que tô vindo aqui de novo, voltei a estaca zero novamente.
RP: Tais pensando no que?
FERNANDA: Além de me sequestrar, quer mandar também nos meus pensamentos?
Senti os dentes dele cravar, e ele me puxou pelo braço, subindo para um local lá, acho que era o camarote dos traficantes.
Tinha uma galera, uns fumando, outros bebendo, alguns copos coloridos, pessoas de todos os jeitos no morro, desde o mais rico.
FERNANDA: Quanta nojeira num lugar só. - Falei no ouvido dele.
RP: Nojeira é a tua profissão - Falou no meu ouvido, deferindo um beijo no meu pescoço e puxando meu cabelo devagar.
Empurrei ele.
Ele pode ser tudo, mas uma coisa que eu não posso tirar dele, é a beleza dele. Cara gato da porra, pena ser um traficante.

Chegou uma loira perto dele, enchendo o saco dele, e eu fiquei observando, deve ser alguma das gurias que ele deve transar e mandar embora, sei bem o tipo de cara que ele é.
Cheguei perto deles.
FERNANDA: Quero beber, RP.
RP: Vai lá embaixo e coloca na minha conta.
FERNANDA: Ok, obrigado.
Desci as escadas e fui até o bar, pedi uma dose de whisky com gelo, sentei em uma das cadeiras do bar, e fiquei observando o RP lá de cima. Ele estava aos amassos com aquela garota. Daqui a pouco leva ela para um canto e come por ali mesmo.
Sei bem como é isso.
Sinto alguém se aproximar de mim.
XXxxX: Oi gata.
Olhei pra ele, e só pude pensar: Que cara gato!
FERNANDA: Oi, - falei envergonhada.
XXxxX: Qual o teu nome?
Antes mesmo que eu pudesse responder, o RP veio até mim, me tirando dali.
RP: Tu só pode estar de sacanagem né porra!
FERNANDA: O que eu fiz seu louco? Surtado!
RP: Falei que não era para falar com ninguém, não ouviu não? Tá surda porra?
Olhei pra ele e dei um tapa na cara dele.
FERNANDA: NÃO ÉS MEU DONO, PORRA! - Falei berrando, fazendo com que todos olhassem pra gente.
Ele levou a mão até o rosto dele, não acreditando.

RP NARRANDO:
Stephanie veio encher a porra do meu saco, como sempre, não me dá uma hora de paz.
A Fernanda ficou observando, pediu para comprar uma bira lá, falei pra ela anotar.
Fiquei observando ela descer. Dei um amasso qualquer na Stephanie, do morro.
Estava agora conversando com a Stephanie de olhos abertos, fixados, olhando para a Fernanda lá debaixo, e vi um verme se aproximando dela, e ela trocando ideia, ela tá testando a minha paciência.
RP: Sai fora Stephanie.
Desci as escadas e cheguei neles:
RP: Vaza, pô! - falei pro cara.
Nisso a Fernanda me deu um tapa na cara, eu peguei ela pelos cabelos arrastando para fora do baile.
FERNANDA: Tu é completamente sem noção!
RP: Te dei o papo e tu abusou, porra.
Fui levando ela pelo braço até o carro.
Fomos o caminho todo em silêncio até em casa.

FERNANDA NARRANDO:
Não estou mais aguentando conviver com esse merda, não aguento mais olhar pra cara dele, não aguento mais ele me ameaçando, não aguento mais ele me apertando.
Entrei dentro do carro bufando de raiva e vamos em direção de casa, silêncio total dentro do carro.
Chegando em casa, eu parti pra cima dele, dando varios tapas no peito dele, apertando ele.
FERNANDA: Eu não te aguento mais! Eu vou te matar. Tu é um covarde, teu pai deveria ter te dado uma coça quando tu era menor, seu otário.
Ele me deu um tapa na cara, fui com a mão até o rosto. E dei outro tapa no rosto dele.
RP: TU NÃO FALA MAIS DO MEU PAI! - falou berrando.
Era notório que aquilo machucava ele.
Ele me pegou pelo braço me levando até o meu quarto, e me trancou lá.

Dono do morro!Onde histórias criam vida. Descubra agora