Capítulo 12

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Pov's Elizabeth Müller, Seattle. [Quarta-feira, 10:23]

- E então, encontraram alguma coisa? - perguntei ao detetive responsável enquanto segurava minha mão machucada, ela começou a arder levemente por dentro do pano.

- Bom, ligamos alguns suspeitos ao caso. 3 para ser exato. - Pegou sua pasta e se sentou, em frente a mesa. - Eric Hernandéz - colocou uma foto do rapaz na delegacia - Envolvimento com drogas e amigo de Julian, a família diz que eram muito próximos. - pegou outro papel e colocou na mesa - Konny Steve, disseram que ela tinha inimizade e já chegou a comentar que mataria uma das professoras que foi encontrada morta. - outro papel - E por fim, Collin Beck. Histórico de violência na escola, drogas e foi um dos últimos a ser visto perto do corpo de Limns - respirou fundo encostando na cadeira - Fora esses principais, estamos procurando o casal que comentamos ser visto pelas câmeras de segurança. Como as imagens da câmera foram alteradas, não podemos ter certeza se eles demoraram ou não. -

- Além das suspeitas, alguma testemunha? - questionei.

- Apenas a senhora que afirma ter visto Collin perto da rua. Ah é, um homem afirma ter visto um sequestro no parque central. - pegou uma folha com o depoimento escrito do rapaz. - Ele afirma ter visto alguém chegar de carro e bater com algo na cabeça de um homem, depois o carro saindo e o cara havia desaparecido. -

- Ele diz que isso tudo aconteceu por volta das 2 da manhã? -

- Então... Ele tem um histórico com bebidas, falei com alguns amigos e descobri que ele é do tipo de bêbado que conta histórias que as vezes não aconteceram. - falou incerto - Minha equipe acha melhor descartar esse depoimento, não parece comum sequestrarem no meio de um parque e ele estava bêbado. -

Ouvi tudo encarando o detetive - Como assim?! - me levantei, apoiando minhas mãos na mesa e chegando perto do detetive - Você acha "comum" uma série de assassinatos em Seattle? -

- Não, não estou falando isso. É que para um cara tão difícil assim de encontrar, ele não parece ser do tipo que faz isso em público. -

- Mas tem a possibilidade, não podemos descartar. -

- Sinceramente, acredito que possa ser de outro caso. Mas vamos estudar mais sobre isso. -

- Certo, quanto aos suspeitos. Podem começar os interrogatórios, caso haja alguma novidade, em alertem. - Abaixei a cabeça rapidamente como um cumprimento e o vi fazer o mesmo, pegando sua maleta e saindo da sala.

Me sentei na minha cadeira e peguei as fichas com as fotos dos suspeitos. Peguei também o depoimento e comecei a ler.

"[...] Era umas 2 horas da manhã, vi um carro chegar com tudo. O tamanho? Era... médio.. Assim, normal. [...] Parecia um cara muito magro... ou poderia ser uma mulher. Não sei como ele carregou o cara, só o cara tipo andando aí do nada, pá! Bateram um negócio atrás da cabeça dele e ele caiu, tipo uma pedra, uma arma..[...] Se ele tava sozinho? A vítima sim, a pessoa não sei. Ah... Eu tava lá porque eu tinha brigado com a minha mulher, sabe? Bebi e aí eu saí pra caminhar [...] Claro que foi real! Eu não tava tão bêbado assim, eu acho. Mas aconteceu alguma coisa ali [...]"

Fechei a pasta, era válido mas parecia incerto. Faltou confiança nas palavras, precisamos investigar mais.

Ouvi alguém bater na porta - Senhorita Müller, aqui seu café... - Peter entrou com o copo na mão e o colocou em cima da minha mesa - Bom dia, aliás! - sorriu fofo. - Eu comprei um sanduíche também, quer um? - ofereceu esticando a comida. Sorri gentil e neguei com a cabeça.

- Obrigada. -

- Certo, qualquer coisa tô aqui na frente! - apontou e riu nervoso tímido.

Pelo resto da manhã e da tarde, me pus a estudar sobre os casos. Do início, um por vez. Chamei algumas pessoas da equipe de investigação para que pudessem me ajudar.

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