Capítulo 8

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Elizabeth Müller, Segunda-Feira [Seattle, 7:00h]

- Como isso é possível? - perguntei preocupada com os resultados do exame e com as análises feitas no local do crime. - Nós ficamos quase 84 horas naquele lugar e você me diz que não encontramos nada? -

- Desculpe, mas é apenas a informação que me deram - o mensageiro dizia ao outro lado. Ele tem razão, não posso questioná-lo.

- Argh, certo. Obrigada pela mensagem - desliguei o telefone e me levantei com pressa, pegando minhas chaves do carro.

- Vai sair, Senhorita Elizabeth? - Peter perguntou quando passei rapidamente por ele. - Ok então! - não consegui respondê-lo pois já estava longe e com pressa.

Dirigi meu carro rapidamente até o campus de análise e estacionei, logo desci do carro e adentrei o enorme prédio espelhado. 

Fui em direção ao elevador e escolhi determinado piso, chegando rapidamente. - Como assim você me diz que não encontrou nada?! - 

- O-olha senhorita Müller, eu é... eu- só - o garoto em minha frente gaguejava ajeitando seus óculos que estavam no rosto, nervoso. O olhei séria e com raiva, vi o rapaz engolir em seco e virar de costas para mim, começando a andar em direção a área de análise. - Nós..é...Nós fizemos as análises - ele disse e eu assenti.

- E onde chegaram? - perguntei nervosa.

- Apenas t-temos a informação que o assassino de Julian tem o gene do Serial Killer - ele disse simples segurando alguns papéis e me entregando. Eram apenas informações sobre o tal gene do Serial Killer.

- Tá, mas disso eu já sabia. - eu disse simples, pegando os papéis e checando algumas informações sobre.

- Então, é isso...Bom, esses genes estavam ativos a muito tempo e isso é só uma minúscula pista- disse simples, gesticulando com as mãos.

- Como assim? - perguntei confusa procurando entender. - No que isso mudaria? - 

- Como eu posso explicar... - ele andou de um lado para o outro - Digamos que esse gene estava desativado nos seus primeiros anos de vida, ele precisou de um gatilho para ser ativo. - parou em minha frente - Ou seja, de duas uma, ou ele teve uma puta infância tóxica ou ele...só sente raiva e precisa descontar - 

Parei por alguns segundos absorvendo a informação, teríamos que ir atrás da família. Mas como? Precisamos de mais. - Encontrou mais alguma coisa? - perguntei.

- Não na área de análises, mas com o sistema de segurança. - falou provavelmente nervoso. Fiquei em silêncio esperando o mesmo continuar - Bom, o sistema contratou alguns detetives que estariam dispostos a cuidar desse caso e...analisando o sistema de segurança, encontramos sombras - 

- Como se alguém invadisse nosso sistema? - falei incrédula sentindo uma raiva consumir meu corpo. Espalmei minhas mãos na bancada de experimento, apenas apoiando meu corpo sem forçar - Como esse filho da puta desgraçado ousa invadir o meu sistema e ameaçar a segurança?! - pensei com raiva.

- Isso...Mas ainda não é possível rastreá-lo, apenas com alguma falha do sistema dele... - disse simples - As visitas são invisíveis, mas tentaremos pegá-lo. - 

- Certo, coloque pessoas para cuidar disso. - falei sentindo meu corpo queimar de raiva - Quero vigilância 24 horas, todos os dias até encerrarmos esse caso -

- Certo, Delegada Müller - falou e andou rápido saindo daquela sala.

- Argh! - bati minhas mãos na bancada novamente e ajeitei minha roupa em seguida, me pondo a sair daquele prédio.

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