Capítulo III

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Encarregados de abastecerem as despensas das casas do alojamento, onde viverão até o fim das reformas no Santuário, Shura e Camus percorriam a feira da vila de Rodório à procura das melhores frutas e verduras.

– Eu não sei fazer feira – resmungou Shura. – Quem fazia isso era o meu criado. Aliás, por falar em criados, onde eles estão? Não vi nenhum desde que voltamos além do criado do Aiolia .

– Não tenho ideia do que fizeram com eles depois que nós 'morremos' – respondeu Camus. – E pode deixar que eu escolho as coisas. Sei fazer isso.

– Ótimo. Quem será que pode nos dar essa informação sobre os criados?

– Alguém que tenha sobrevivido à Batalha das Doze Casas, eu acho. Mu, Milo, Aiolia... Se bem que também não vi o criado de Milo por aí...

– Vou perguntar mais – disse o capricorniano. – Olha, aquela não é a irmã perdida do Seiya com a protegida de Aiolia?

Camus voltou o olhar na direção que Shura indicava.

– Acho que sim. O que tem as duas?

– Elas são bem bonitinhas.

– Deixa o Aiolia ficar sabendo que você anda direcionando olhares para a protegida dele.

– Olhar não arranca pedaço. Eu não vou encostar nelas, especialmente na Lithos, que é muito novinha. Só estou admirando.

As garotas passam pelos dois dourados e dando risadinhas.

– Hum... esses cavaleiros de ouro são tão bonitos, fortões... – Seika comentou. – Me dá até um calor...

– Eles são bonitos, sim – concordou Lithos. – Mas são todos uns chatos. Menos o Olia, claro. Bom, às vezes até ele também é chato...

– Chatos ou não, são lindos! Eu não costumava vê-los aqui pela vila.

– É que os criados vinham mais aqui – Lithos disse, parecendo incomodada com a conversa. – E vamos logo com isso, Seika. Garan mandou levar as frutas e os ingredientes do bolo!

– Ai, espera... – Seika pede. Ainda está encarando os cavaleiros de ouro, então Lithos começa a puxá-la.

– Para de olhar para eles! – exclama a menina.

– Eu vou voltar para o Japão hoje, talvez nunca mais os veja!

Lithos ignora o pedido e continuar a puxar Seika sem prestar atenção no caminho, até que esbarra em alguém.

– Desculpa! – ela pediu.

– Está tudo bem – disse o rapaz em quem ela esbarrou. – Seu nome é Lithos, não é? Acho que te vi no alojamento.

– Sim, sim – ela respondeu, fitando o belo moço, que logo reconheceu. – Você é o senhor Orfeu.

– Sou. Querem ajuda com as compras, moças?

– Bom... acho que sim – Lithos disse. – As sacolas já estão ficando pesadas.

– Então deixem comigo – ele falou, pegando gentilmente as sacolas e Lithos corou quando a mão dele casualmente encostou na dela.

A garota agradeceu a gentileza timidamente e seguiu até a próxima banca de frutas com Seika.

-S-A-I-N-T-S-

Enquanto isso, no Santuário, Máscara da Morte esgueirava-se pelos cantos em direção à enfermaria.

– Se Dohko pensa que vai me fazer de peão de obra – ele murmurou consigo –está muito enganado! Qual é? Fazer cimento! Era só o que me faltava!

Sorrisos, Segredos e EnganosOnde histórias criam vida. Descubra agora