Capítulo X

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Quando a noite caiu no Santuário, Camus, Milo e Shura finalmente terminaram o castigo imposto pelo Mestre. Exaustos, doloridos e esfomeados, os três desciam as escadarias rumo ao refeitório coletivo.

– Eu estou quebrado... – Milo resmungou levando uma das mãos à coluna que doía. – Noitada de farra, acidente de carro e para completar esse maldito castigo do Mestre...

– Só quero jantar e dormir – Shura também resmungou e passou as mãos na cabeça que latejava de dor.

– Eu também – Camus anuiu. – Mas e o Máscara, hein? Deu no pé e largou a gente nessa fria.

– Aquele caranguejo me paga! – Milo prometeu irritado. – Se Dohko não pegar ele, eu pego.

– Por falar em Dohko... – Shura apontou na direção onde avistou o Mestre vir pisando duro e com cara de poucos amigos.

– Onde está o Emanuele? – Dohko perguntou sem rodeios.

– Fugiu – Milo entregou apesar do olhar de censura dos companheiros. – O que foi? Fugiu mesmo. Se é pra ser sacana, vamos ser. Ele se mandou. Caiu fora.

– Pois ele vai ter que aparecer. Mais uma tarefa pra vocês: vão me ajudar a procurar o Máscara!

– O quê? – Milo questionou decepcionado. – Mas Mestre, eu preciso muito jantar. Estou quase desmaiando de fome!

– Lamento. Só vão jantar quando acharmos o italiano fujão.

– O problema é achar o Máscara? – Shura indagou impaciente. – Então toca pra enfermaria que eu tenho certeza que ele está lá se agarrando com a enfermeira.

Os três seguiram o Mestre até a enfermaria, que encontraram trancada. Dohko ergueu o punho para bater à porta, mas Milo impediu.

– Assim não, Mestre. Se batermos, vamos dar tempo para o miserável fugir. O lance é arrombar a porta com carinho e pegar o safado em flagrante.

Milo olhou para Camus que logo entendeu o que ele queria. O aquariano tocou a fechadura, congelando-a até o metal se despedaçar. Quando eles abriram a porta nem precisaram procurar Máscara da Morte pois deram de cara com ele e Fatma transando ali mesmo no sofazinho da recepção.

– Máscara! – Dohko gritou, o rosto vermelho de vergonha – Você fugiu do castigo para fornicar?

O cavaleiro de Câncer deu um pulo e se pôs de pé, sem pudor nenhum de exibir a genitália com um preservativo verde neon. Fatma também não fez a menor questão de se esconder e sentou-se no sofá, cruzando as pernas de modo provocante e acenando para o grupo.

– O que foi agora? – questionou o italiano irritado com a interrupção.

–Você fugiu do castigo.

– E daí?

– E daí que eu não vou admitir isso – Dohko respondeu tremendamente envergonhado. Mais acostumados com a total falta de pudor e noção do companheiro, os outros três apenas riam. – Máscara da Morte, podemos conversar lá fora?

– Por quê? – O cavaleiro ainda provocou mexendo o quadril para frente e para trás. – Você tem medo de gente pelada?

– Claro que não.

– Sei... Tô sacando... – ironizou.

– Se quiser pode entrar na nossa brincadeira – Fatma provocou.

– É, vem, traz seu pauzinho pra competir comigo!

– EMANUELE, me aguarde! – Dohko falou e saiu irritado e humilhado.

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