Capítulo XI

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Capítulo XI

No alojamento dos cavaleiros de prata, os três cavaleiros farristas se preparavam para dormir depois de uma breve confusão pela vez de tomar banho. Banhados, imediatamente jogaram-se em suas camas. Estavam quase dormindo quando Aldebaran entrou no quarto rindo e cantarolando.

– Ué? Oito e meia da noite e vocês já estão dormindo? – estranhou o gigante brasileiro.

– Se você deixar, a gente pretende dormir – Camus respondeu e cobriu o rosto com o travesseiro.

– Isso não é hora de dormir, gente!

– Cala a boca, Debão – Milo falou. – Passamos um dia inteiro batendo perna no shopping, depois passamos a noite na farra, bebendo ouzo e transando. Aí batemos o carro do Santuba quando voltávamos pra cá.

– Você bateu – Shura corrigiu.

– Que seja. Daí tomamos bronca do Dohko e fomos castigados, não pudemos descansar, passamos o resto da tarde carregando sacos de areia escadaria a cima e ele ainda fez a gente sair pra procurar o Emanuele. E sabe onde o encontramos? Fazendo sexo selvagem com a enfermeira mais rodada do planeta com uma camisinha verde neon que ele nem fez questão de esconder. Então, sim, oito horas é hora de dormir porque estamos exaustos e ainda vimos o pau verde do Máscara.

– Tá, já entendi. Sonhem com os anjos – disse Aldebaran antes de apagar a luz e sair de fininho.

O cavaleiro brasileiro tinha planejado uma reuniãozinha, comprou carne para fazer um churrasco e cerveja para confraternizar com os companheiros com os quais estava temporariamente dividindo a casa, mas se eles não queriam, azar o deles. Aldebaran foi para a porta da casa assim mesmo, colocou a churrasqueira lá e acendeu o fogo. Ia ter churrasquinho com amigos ou sem.

Em outra casa do alojamento, Mu e Dohko conversavam enquanto saboreavam um chá.

– Posso saber o porquê dessa cara de quem viu assombração? – perguntou o ariano.

– Quem dera fosse isso... – suspirou o chinês. – Foi o Máscara da Morte.

– O que ele fez dessa vez?

– Bom, já soube que os quatro baladeiros bateram o carro?

– Já. Kiki veio me contar.

– Pois é.. Não foi nada demais, mas eu fiz os quatro voltarem a trabalhar nas obras só pra perturbar mesmo. Acontece que o Máscara da Morte se rebelou.

Mu deu um sorrisinho.

– Estranho seria se ele não se rebelasse...

– É, eu já esperava, mas não foi isso que me perturbou. Quando encontramos o MDM ele estava com aquela enfermeira, sem cerimônias, ali mesmo no sofá da enfermaria e ver os dois fazendo sexo me jogou na cara o fato de a vida estar recomeçando para mim inclusive nesse aspecto. Meu corpo tem dezoito anos de novo, você me entende.

– Entendo perfeitamente.

– Acho que vou entrar na fila dessa enfermeira – Dohko declarou com um longo suspirou e recebeu de Mu um olhar de censura. – Estou brincando. Eu sou um rapaz sério. Geralmente.

– E quanto ao Máscara, vai castigá-lo?

– Vou, mas só porque gosto de vê-lo irritado. E será de um jeito que vai mudar toda a vida dele. Pode apostar.

– Mal posso esperar pra ver.

Dohko assentiu com um sorriso travesso. De repente, um cheiro delicioso de comida invadiu a pequena casa no alojamento.

Sorrisos, Segredos e EnganosOnde histórias criam vida. Descubra agora