Capítulo VIII

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Ainda no cinema, Máscara da Morte continuava instigando Saga a entregar qualquer informação que pudesse ser usada contra Milo, Shura e Camus. Depois de bastante insistência, o geminiano cedeu.

– Bom, o que eu sei sobre o Shura é que ele é sonâmbulo.

– Quem diria, hein? Milo saindo com travesti e Shura sonâmbulo! Como é que você descobriu isso?

– Certa noite um dos soldados viu o espanhol de cuecas, andando pra lá e pra cá, na frente da casa de Capricórnio, falando um monte de besteiras. Quando o cara se aproximou, percebeu que ele estava dormindo. Lógico que o cara chamou outros soldados e todos ficaram rindo do Shura. Mas o Capricórnio ficou sabendo, ameaçou todo mundo com a Excalibur e assim a história foi abafada.

Máscara da Morte quase dava pulinhos na cadeira de tanta excitação.

– Agora mais um apelido – Saga ordenou.

Máscara pensou um pouco.

– Bom, tem GM, Grande Maluco...

– GM? Grande Maluco? – indignou-se Saga.

– É... porque você era o Grande Mestre, agora é o Grande Maluco...

– Isso é coisa sua, não é?

– É... – Máscara admitiu com uma careta. – Mas não se estresse, somos aliados.

– Tá, vou fingir que não foi você, seu caranguejo safado.

– E o Camus? Conta um podre daquele francês.

Saga parou, vasculhou na mente, mas não conseguiu lembrar nada que comprometesse o cavaleiro de Aquário.

– Eu não sei!

– Como não sabe? Tem que saber! Tem que haver alguma coisa!

– Acho que ele é tão chato que não tem nenhum podre.

Máscara da Morte não se convenceu.

– Ah, qual é? Em algum momento da vida ele tem que ter dado alguma mancada.

– Se deu, foi bem escondido e eu não fiquei sabendo.

– Então temos que investigar!

– Temos?

– Tá, eu tenho. Vou descobrir alguma coisa e aqueles três vão ver só...

– Você é burro, né? – Saga bufou, pois já estava ficando impaciente com essa conversa. – Você não tem que descobrir, só tem que inventar algo, imbecil! Uma mentira boa o suficiente para parecer verdade e pronto.

– Hum... você tem razão! – exclamou o cavaleiro com a mente a mil por hora. Bastava uma boa ideia para esculachar o francês e ele ia encontrá-la.

Enquanto isso, na sala onde era exibido "Cinema Paradiso", os créditos subiam na tela. Dohko cutucou Shaka para acordá-lo.

– Finalmente acabou a tortura – suspirou o indiano bocejando.

– Não seja assim, meu amigo. O filme foi ótimo.

– Não me leve a mal, Mestre, mas não sou muito de cinema.

– Espero que mude de ideia algum dia. Tem muito filme bom, inclusive na sua terra.

Shaka abriu os olhos e encarou o Mestre com ar de surpresa.

– Filmes de Bollywood, Mestre? Não acredito que o senhor os assiste!

– Claro que sim! Adoro as dancinhas!

Sorrisos, Segredos e EnganosOnde histórias criam vida. Descubra agora