Capítulo VI

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Quando o grupo de cavaleiros chegou ao destino, surpreendeu-se ao ver o local, um luxuoso prédio de três andares com a fachada em vidro espelhado, com uma pequena placa que indicava se tratar de um escritório de advocacia. Um dos profissionais os recebeu cordialmente e fez com que entrassem e se acomodassem na grande sala de reuniões onde havia uma enorme mesa de madeira clara e cadeiras brancas acolchoadas.

Dohko e o advogado ficaram na ponta da mesa, onde havia uma pilha de papéis ao lado de outra de envelopes brancos com o timbre da Fundação GRAAD.

– Aqui estão os contratos de trabalho dos senhores – o advogado começou a explicar indicando as pilhas de papéis – bem como o primeiro salário em dinheiro. Os próximos serão depositados mensalmente nas contas bancárias que abriremos.

– Quando terminarmos – Dohko acrescentou –, vocês estão livres. Não precisa nem fugir com o carro, Milo. Pode sair e se exibir com ele por aí. Só o devolva inteiro.

– Como é que ele sabe que eu pretendia fazer isso? – o escorpiano sussurrou para Máscara da Morte.

– É porque você é muito previsível. E vamos logo com isso porque eu tenho mais o que fazer.

– Está irritado porque vamos descobrir seu nome, né? – Shura provocou.

– Ah, vai pro inferno. E se prepare, pois hoje também vamos descobrir o seu nome.

– Eu não ligo. Meu nome é muito bonito.

– Pois é – Dohko falou rindo –, logo descobriremos o segredo mais bem guardado do Santuário: o verdadeiro nome do Máscara da Morte.

Com cara de poucos amigos, o cavaleiro italiano aproximou-se do Mestre.

– Será que posso ser o último? – perguntou.

– Até pode, mas eu não acho que vai adiantar. Eles não vão desistir de rir da sua cara. São todos uns imaturos.

– Pelo menos a gozação fica pro final.

Dohko deu um tapinha nas costas do italiano, mas não cedeu.

– Melhor encarar os problemas de frente – disse. – Vá se sentar, Máscara.

Sem alternativa, o italiano obedeceu e respirou fundo, preparando-se para a hora que teria seu nome revelado.

Com a ajuda de Dohko, o advogado começou a chamar os cavaleiros para assinarem seus contratos com a Fundação, na ordem das casas zodiacais.

– Senhor Mu Niyma.

– O que foi? – Mu perguntou, diante dos olhares surpresos que alguns colegas lhe dirigiram.

– Achávamos que Mu fosse apelido – Milo explicou.

Mu sorriu, deu de ombros e foi assinar seu documento.

Dohko chamou o próximo:

– Senhor Aldebaran Baniwa dos Anjos.

Aldebaran aproximou-se do advogado e o cumprimentou com um aperto de mão animado.

– E aí, doutor? Eu sou brasileiro, sabe? Minha mãe era descendente de índios da tribo Baniwa e o meu pai era português.

– Ô Debão, é só para assinar o contrato e pegar a grana – Milo provocou –, não é para dar sua biografia.

Constrangido, o gigante fez o que tinha de fazer e voltou ao seu lugar.

– Senhores Kanon e Saga Livieratos – Dohko prosseguiu.

Sorrisos, Segredos e EnganosOnde histórias criam vida. Descubra agora