Cap 15 (Fim)

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(Um tempo depois...)

Stella folheou os jornais para ver qual deles continha a foto de Julie e Josh no dia do casamento. Não era todos os dias que uma das garotas de ”As Garotas e a noite” se casavam.

- Ei! - gritou o irritado vendedor. - Isto aqui não é uma biblioteca, ou você
compra os jornais ou os deixa aí.

Stella suspirou e mais uma vez começou a recolher todos os jornais da
prateleira. Precisou fazer duas viagens até o balcão devido ao peso dos jornais e o sujeito sequer pensou em ajudá-la. Não que ela quisesse a ajuda dele de
qualquer maneira. Mais uma vez uma fila se formou atrás da caixa.

Stella sorriu e não se apressou. Era culpa dele mesmo; se ele simplesmente a deixasse folhear os jornais, não precisaria atrasá-lo. Encaminhou-se ao começo da fila com os últimos jornais e começou a acrescentar barras de chocolate e pacotes de balas à
pilha.

-Oh, e também quero uma sacola, por favor. - Ela piscou e sorriu
docemente.

O velho olhou para ela por cima do aro dos óculos, como se ela fosse uma
colegial desobediente.

- Mark! - gritou ele, zangado.

O adolescente sardento surgiu de um dos corredores da loja mais uma vez,
com uma marcadora de preços nas mãos.

-Abra a outra caixa, filho - ordenou o velho e Mark arrastou-se até a caixa.

Metade da fila atrás de Stela moveu-se para o outro lado.

- Obrigada. - Stella sorriu e encaminhou-se à saída. Quando estava prestes a puxar a porta, ela foi empurrada pelo outro lado, fazendo com que as compras mais uma vez se esparramassem todas no chão.

- Sinto muito — disse uma voz conhecida, inclinando-se para ajudá-la.

- Oh, está tudo bem - respondeu Stella educadamente, não querendo virar-
se para ver o olhar convencido do velho, que lhe queimava as costas.

- Ah, é você! - disse a voz e Stella ergueu os olhos surpresa.

- Nós nos encontramos novamente.- Disse Dallas.

Dallas tinha ido passar um tempo na casa de sua família em Londres, faziam exatamente três meses. Stella estava tão ocupada, que não sabia que ela tinha voltado.

- Bem, tenho certeza que em breve vou encontra com você de novo. — Dallas
sorriu e dirigiu-se à fila.

Stella ficou olhando para ela, Por fim, aproximou-se.

- Dallas, há alguma chance de que você quisesse tomar aquela xícara de café
hoje? Se não puder, está tudo bem... - Ela mordeu o lábio.

- Bem, neste caso, eu adoraria.

Elas atravessaram a estrada e encaminharam-se ao Café.

- Por falar nisto, sinto muito por ter fugido de você da última vez -
desculpou-se ela, olhando-a nos olhos.

- Não se preocupe; eu normalmente escapo pela janela do banheiro depois
do primeiro drinque — brincou Stella.

Ela riu.

Stella sorriu enquanto se sentava à mesa, esperando que ela voltasse com
as bebidas. Ela relaxou sobre o encosto da cadeira e contemplou pela janela o dia frio, que fazia as árvores dançarem loucamente ao vento. Pensou no que havia aprendido, na pessoa que havia se tornado.

Era uma mulher que havia recebido conselho da Garota que amava, que a havia seguido e tentado com todas as forças curar a si mesma. Agora, possuía um emprego que adorava e sentia-se confiante para buscar o que desejava.

Era uma mulher que cometia erros, que por vezes chorava nas manhãs de
segunda-feira ou à noite sozinha na cama. Era uma mulher que freqüentemente ficava entediada com a própria vida e achava difícil levantar-se para o trabalho pela manhã. Era uma mulher que na maioria das vezes tinha dias ruins, que olhava no espelho e se perguntava por que não podia apenas se arrastar para a academia mais vezes, era uma mulher que de vez em quando detestava seu trabalho e se perguntava qual a razão para ter que viver neste planeta.

Era uma mulher que simplesmente às vezes fazia tudo errado. Por outro lado, era uma mulher com um milhão de lembranças felizes, que sabia o que era o verdadeiro amor e que estava pronta para experimentar mais a vida, mais amor e construir novas lembranças.

Se acontecesse em dez meses ou
dez anos, Stella obedeceria a última mensagem de Kate. O que quer que a
esperasse dali para a frente, sabia que abriria seu coração e seguiria para onde a vida a conduzisse. Nesse meio tempo, simplesmente viveria.





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- Porque está aqui?- Kate disse assim que viu Stella sentada na beira da cama.

Kate percebeu que a mesma estava chorando.

- isso é muito difícil...

- Stella, quero que saiba...-kate disse enquanto se abaixava para conseguir ver o rosto de Stella.

- Seja o que for, onde quer que isso nos leve, estou com você. Em todos os passos, em todos os momentos, estarei com você.

- Eu te amo.- Stella diz olhando Kate.

- Eu também te amo, muito.

Eu vou te dar o amor que nunca muda. Sempre, onde é tanto quanto quiser. Me desculpe Stella, eu prometir está com você para sempre. Eu prometir proteger você, mas não posso cumprir essa promessa. Mas porque te conheci, porque passei tempo com você, fiquei muito feliz. Cada minuto, cada segundo com você, foi um tesouro, e onde você estivesse, era um paraíso.
Stella, Não se lamente por muito tempo depois que eu me for. Não chore muito, ou fique doente. Se passar muito tempo, e suas lembranças de mim forem desaparecendo. Não se culpe, ou fique triste com isso. Cada lembrança afetuosa e especial de nós, eu posso lembra para sempre. Isso é tudo que posso fazer, por você. Obrigado por me assistir, confiar em mim, e ser paciente. Eu fui muito feliz. Eu te amo.

Adeus Stella.

Até Nosso Último Momento Onde histórias criam vida. Descubra agora