New memories of a dream

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"Eu não posso ser seu..."
Eu ouvia aquela voz novamente, enquanto olhava para as costas da pessoa que me falava isso.
"Nós precisamos da sua ajuda N..."
E então do nada eu está a frente à frente com o garoto loiro.
"Eu sou mais inteligente."
Então tudo fica em chamas eu sinto essa dor.

- Porra.

Me acordo em um pulo, suando frio, e minha cabeça começava a doer, droga aquele mesmo sonho de novo. Saio da cama indo em direção ao banheiro me olho no espero e vejo uma estranha vermelhidão em meu pescoço, merda eu estou ficando maluco.

Jogo um pouco de água no rosto e quando volto a olhar no espelho, não há nada lá, minha pele continua branca do mesmo jeito, abro a porta do armário, pegando dois analgésicos e os tomando. Vou até a sala de estar e vejo o relógio marcar 04:36 da manhã, jogo a cabeça para trás tentando relaxar, e na aqueles dois segundos eu tive certeza que ouvi aquela voz falando.

"Precisamos das cartas"

Eu não sei por que aquilo veio na minha cabeça, mas me veio uma vontade tão grande de chorar, então vou até a geladeira e pego uma garrafa de bebida que havia ali, dando dois goles bem generosos, minha cabeça estava tão cheia de pensamentos por causa dos sonhos que eu havia esquecido dos analgésicos quer havia ingerido.

Não demorou muito para eu sentir o baque do meu corpo contra o chão.

"... se você nos ajudar a pegar as cartas, você pode matar o ... e ficar com o controle da praia e ainda se livrar dele..."

Não conseguia ouvir muito bem o que aquela voz feminina falava, mas isso era novo, eu precisava anotar isso, eu não podia me esquecer, então lá estava eu novamente na parte do sonho onde eu ardia em chamas e acordava.

No momento em que eu acordei estava me sentindo horrível, olhei para o chão e lá havia uma espécie de espuma no chão, eu provavelmente tive uma convulsão. Mas a pergunta é como eu estou vivo ainda?

Droga era nojento, fui tomar um banho, acabei por esquecer minha roupa então fiquei só de cueca, eu moro sozinho vamos lá, de uma trégua, eu preciso aproveitar o sol da manhã para tentar pegar um pouco de melanina. Mas antes vou limpar aquela coisa nojenta no chão da cozinha.

Coloquei o café para coar, enquanto limpava aquela bagunça, logo escuto algumas batidas na porta, quem estaria na minha porta as sete e meia da manhã de um sábado? Provavelmente o porteiro.

Vou até a porta e fico apoiado entre a porta e a parede.

- bom dia vizinho.

A única coisa que eu consigo fazer nesse momento e pensar em como eu era idiota por esquecer que agora alguém morava no apartamento da frente, e que ele poderia vir no meu apartamento.

- Me desculpe pela forma que eu atendi a porta, eu acabei de sair do banho... mas no que eu posso ser útil?

Vejo o mesmo dar um sorrisinho de canto, e logo sinto minha cabeça doer muito ao ponto de eu não conseguir disfarçar, muito menos manter a postura.

- você está bem? Você precisa se sentar, vamos eu te ajudo.

No momento que o mesmo tocou em mim, na intenção de me ajudar outra dor de cabeça aconteceu, fechei os olhos com força.

Tudo que eu via era apenas um borrão, mas aquele toque era família

Droga, apenas o empurro para longe o fazendo cambalear um pouco, mas eu caio no chão, um zumbido forte veio no meu ouvido, eu conseguia apenas ouvir alguma coisa ao longe, não conseguia entender nem sequer uma palavra.

"Você vai me matar? Eu sou o chefe, e você vai me matar para manter aquela vadia aqui"
Então desferi uma facada no homem.

Porra isso tá ficando cada vez mais assustador, eu preciso saber o que aconteceu, mas eu não tenho certeza.

- Dori? Dori acorda, tá tudo bem?

Começo a abrir meus olhos aos poucos causa da claridade, e a primeira coisa que eu vejo é ele.

- minha cabeça doi, sinto muito.

Começo a levantar, nossa eu estou muito tonto, vou até meu quarto e coloco apenas uma calça e volto para da onde o mesmo estava.

- Me desculpe pelo o que aconteceu, eu ando tendo um sonhos estranhos, mas no que eu posso te ajudar?

- Ah tudo bem, não é todo dia que eu vou ter um vizinho bonitão desmaiando no meu colo.

Ele faz piada, enquanto anda pelo apartamento, não dou muita bola, e acabo de ver que o café estava pronto.

- você aceita um café?

Pergunto de costas para o mesmo,  enquanto pego as canecas.

- eu vim aqui para te pedir um pouco de café, mas já que você está me convidando eu aceito.

Coloco as canecas em cima do balcão vendo o mesmo se sentar à minha frente, e beber um pouco do café na caneca.

- gostoso? Eu normalmente Faço café só para mim...

- está muito bom, não se preocupe... então você falou que anda tendo sonhos estranhos.

Ele tenta puxar conversa, nunca falei com ninguém sobre isso além do porteiro é claro, mas nada muito detalhado, a pouco tempo eu comecei a escrever sobre isso, como um registro nada que eu vá mandar para a editora ou algo assim.

- sim, eu ando perdendo o sono por causa deles, é horrível envolve armas, sangue, morte e eu sempre acabo pegando fogo no final ou algo assim.

Ele então ele se afoga com a bebida, vou rápido até o  mesmo e coloco um guardanapo nos seus lábios.

- você está bem?

Pergunto quando o mesmo acalma seu ataque de tosse, então o mesmo me olha com os olhos lacrimejados.

- Me desculpe, mas você vê alguém ou é só esses flashes?

(Continua...)

I Got You On My Mind ( Niragi e Chishiya)Onde histórias criam vida. Descubra agora