Capitulo 13

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LAU

— Quarto? — pergunto e Zabdiel assente, colocando a mão em minha cintura e me seguindo até o cômodo. — Que bom que veio mesmo. — falo e me jogo na cama, ficando com a bunda para cima. 

— Prometi que vinha, ué. — disse e se deitou ao meu lado, dando um pequeno tapa em minha bunda. — E não iria deixar você morrer de saudades de mim. — falou se achando e eu ri. 

— Até parece. — digo e o olho. — Do que vamos falar hoje? — pergunto. 

— De nada. — respondeu e me puxou para ele. — Vamos ficar quietinhos aqui um curtindo a presença do outro. 

— Só isso? 

— Posso te dar uns beijinhos também. — deu de ombros. 

— Você tá bem? — pergunto arqueando as sobrancelhas. 

— Sim, por que? 

— Sei lá, tá estranho. — murmurei. — Mas não recuso os beijos. — completo e ele ri, me dando um selinho. 

Me ajeito em seu peito e sinto ele começar a fazer carinho em minha cabeça. 

— Você não pensa em deixar de ser prostituta? — perguntou do nada. 

— Não sei. Por que tá perguntando? 

— Nada, só me veio na cabeça. — disse. — Você acha que vai encontrar algum outro cara? 

— Não sei. 

— Me dá respostas concretas. — resmungou. 

— Ué, eu não sei. Não prevejo o futuro pra te falar se sim ou se não. 

— Vamos supor, se eu fosse um cara qualquer assim, e me apaixonasse por você, você iria acreditar em mim e tentar algo? 

— Vamos supor que, se fosse você, eu não pensaria duas vezes. — murmuro. 

[...]
*
outro dia 

— É, sério. — falou mais uma vez. — Eu falei com a Mãe e ela te liberou, então vai se arrumar. 

— Não, mas eu... 

— Vai logo, Lau.— resmungou Zabdiel, me empurrando até o banheiro. 

[...] 

— Eu não acho que... 

— Cala a boca, você está linda. — me interrompeu, me puxando pela cintura. — Relaxa. — sussurrou e me deu um beijo rápido. 

Zabdiel e eu estávamos bem, tirando o fato de que não era nada sério ou sei lá. Eu continuava sendo uma prostituta, e ele era como o meu cliente fixo. 

Ele estava me arrastando para um jantar hoje a noite, dizendo que tudo tinha que sair perfeito por ser o nosso primeiro encontro. Perguntei sobre o dia na sorveteria e ele teimou que aquilo não foi um encontro. 

— Você não tá me levando pra um lugar muito chique não, né? — pergunto já dentro do carro, olhando para ele. 

— O melhor da cidade. — disse e eu revirei os olhos. — O que? O melhor da cidade para a melhor da cidade. — disse sorrindo e piscando para mim rapidamente, voltando a atenção para a estrada. 

Ainda estava me acostumando com o fato dele falar essas coisas para mim. Parecia que o mesmo havia sofrido uma perda de memória e esquecido completamente a Gwen, focando apenas em mim, o que eu achava estranho. 

Na verdade, tenho medo de ser algo passageiro e ele perceber que não tenho nada a oferecê-lo, voltando para a Gwen novamente. 

Nunca vi essa mulher e já sei tudo sobre ela. Muito obrigada, Zabdiel. 

Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS  Onde histórias criam vida. Descubra agora