Capitulo 3

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ZABDIEL
Algumas semanas depois

- Gwen, qual foi. - falo. - Só um jantarzinho. - peço e ela nega novamente.

- Zabdiel, eu não quero mais nada com você. - disse, tentando não parecer grossa. - Você é um cara legal e bonito mas você segue a sua vida e eu sigo a minha, cada um em um canto. - pediu.

- Tudo bem. - murmuro. - Desculpa te incomodar. - completo e saio dali.

Obrigado, Lau, por me dar conselhos. Não segui nenhum e ainda me ferrei.

Lau

Havia semanas desde que a vi pela primeira vez. Não ousei pisar os pés lá novamente, nem com insistência dos meninos. Mas hoje, eu poderia ir vê-la, conversar ou até...Só conversar mesmo.

LAU

- Olha só quem está de volta. - falo e me sento de frente para Zabdiel, que bebia alguma coisa, olhando para o palco vazio. - Qual foi? Brigou com a madame?

- Não, quer dizer, também. - deu de ombros. - Vim te ver dançar. - falou.

- Veio em um dia errado, hoje não é meu dia de dançar - digo

- Podemos só ficar aqui conversando, então. - deu de ombros e eu olhei para trás dele, vendo a Maria se aproximar.

- Não posso conversar em horário de trabalho. - me levanto e passo por ele, passando a mão em seu queixo e erguendo seu rosto para que ele me olhasse. - Só se pagar. - completo

- Lau, querida, está com cliente? - Maria perguntou, chegando perto de nós.

- Não, Senhora. - digo.

- Ótimo, o cara da mesa 5 espera por você. - falou e eu assenti, pronta para sair, mas sinto meu braço ser puxado.

- Eu pago mais do que ele. - falou Zabdiel levantando da cadeira e Maria o olhou com uma sobrancelha erguida.

- Ele pagou uma bela quantia. - avisou ela.

- Pago o dobro. - insistiu Zabdiel e Maria apenas acenou com a cabeça positivamente.

- Lau é toda sua, então. - falou e saiu em seguida.

Olho para a mão de Zabdiel em meu braço e ele me solta rapidamente, se virando para a frente de novo, me fazendo revirar os olhos.

- Temos que ir para o quarto, senhor. - digo.

- Não precisa me chamar de senhor. - murmurou e eu o ignorei.

Seguimos até um quarto qualquer que tinha na casa. Entramos e ele se jogou na cama, olhando para o teto.

- Você não vai transar? - pergunto e ele me olha juntando as sobrancelhas, negando com a cabeça

- Não, eu só... gosto de conversar com você.

- Obrigado, mas eu não sou uma psicóloga e sim uma puta. - falo e ele arregala os olhos.

- Ok, mas eu paguei. - disse.

- Pagou mas não quer que eu faça o meu verdadeiro trabalho.

- Você considera isso um trabalho? - perguntou e eu ergui as sobrancelhas.

- Estou fazendo algo e recebendo dinheiro em troca, então sim, eu considero um trabalho. - falo colocando a mão na maçaneta.

- paguei para ficar um tempo com você. - disse e eu revirei os olhos. - Agora vem e fica aqui, deitadinha ao meu lado, conversando comigo como da última vez.

- Meu trabalho não é ficar deitadinha conversando com você. - bufo indo em direção a ele. - Meu trabalho é ficar deitadinha, fudendo com você. - completo e ele me olha

- Mas a minha ordem é que você deite aqui e apenas converse comigo. - ele se levanta da cara ficando cara a cara comigo - Você segue ordens, não segue? - perguntou e eu respirei fundo.

Pelo amor de Deus, Lau. Você faz o que te mandam fazer para receber dinheiro em troca. E é só isso! Ainda não aprendeu?

- Sim, senhor. - murmuro e me deito na cama que logo em seguida Zabdiel se senta ao me lado

- Desculpa, eu não... - começou.

- Sem problemas, senhor. O que deseja conversar? - pergunto e ele suspira.

- Não precisa fazer isso, eu fui u...

- O senhor pagou, o senhor decide o que fazer. - digo fria.

- Você não precisa me chamar de senhor. - avisou novamente.

- Sobre o que deseja conversar, senhor? - pergunto de novo.

Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS  Onde histórias criam vida. Descubra agora