Capitulo 15

474 62 13
                                    

LAU

Tá. O que eu faço agora? Eu me declarei, ele se declarou, ficamos juntos a noite inteira com ele abraçado a mim dizendo que tudo ia melhorar, e agora eu não sei o que fazer.

— Não, ué. — falou Mãe, quando perguntei se eu devia trabalhar hoje a noite. — Seria traição com o coitado.

— Mas é que... não resolvemos nada. — murmuro.

— Antes prevenir do que remediar! — falou. — Não se preocupe, não precisa trabalhar hoje. As meninas dão conta do recado. — completou e deu um beijo em minha cabeça, saindo da sala em seguida, me deixando sozinha.

Relaxo meu corpo no sofá e fico pensando no que aconteceria. Se eu não vou trabalhar, como que vou continuar aqui? Respiro fundo e olho para o meu celular, que começa a tocar, mostrando o nome do Zabdiel na tela.

— Oi. — sussurro assim que atendo.

— Oi, você não tá aqui embaixo hoje? — perguntou e eu neguei. — Ah, posso subir aí? Ou você desce, não sei.

— Pode subir. — falo e me acomodo mais no sofá. — Assim eu evito de fazer esforço.

— Preguiçosa!

Desligou a ligação e eu esperei ele chegar, o que levou alguns minutos. Ouço bater na porta e grito um "pode entrar".

— Como que você manda entrar sem nem saber quem é? — perguntou, entrando e fechando a porta atrás de si.

— Eu sabia que era você.

— Como?

— Você acabou de me ligar, Zabdiel. E eu acabei de falar que você poderia subir.

— Mas...

— Para de ser besta. — digo e ele revira os olhos, vindo até mim e se sentando ao meu lado. — Veio fazer o que?

— Te ver, ué. — deu de ombros. — Não vai me dar nem um beijo? — perguntou fazendo bico e eu ri, segurando em seu rosto e dando um selinho nele. — Eu falei beijo, não isso. — resmungou.

— Recebe e ainda reclama? — pergunto e ele ri.

— Eu achei que estaria lá embaixo. — disse.

— É, eu... falei com a Mãe e ela me liberou hoje. — murmuro e deito a cabeça no ombro dele. — Segundo ela, seria meio que traição eu dormir com outros homens depois de ontem.

— Concordo.

— Mas não conversamos nada sobre isso.

— Ué, eu me declarei pra você e você queria deitar com outros hoje? — perguntou e eu revirei os olhos, levantando minha cabeça novamente.

— Não, Zabdiel. — bufo. — Eu só estou querendo saber como que... o que nós estamos tendo?

— Estamos namorando. — disse.

— Namorando?

— É. Você não quer namorar comigo? — perguntou.

— Quero, é que... eu hein, você fala essas coisas do nada. — digo e ele ri.

— Eu comprei até aliança pra gente. — disse e se levantou, pegando algo do bolso e se sentando novamente, me mostrando uma caixinha vermelha. — É que eu pensei, não temos por que adiar um namoro sendo que já nos conhecemos pra caralho, já transamos e tudo. — falou e eu ri. — Aliás, poderíamos repetir, né? — perguntou e colocou a aliança em meu dedo.

— Sério que você tá colocando a aliança em meu dedo enquanto pede pra transar comigo? — pergunto e ele ri, me beijando.

— Pra não faltar sexo. — murmurou, ainda com o rosto próximo do meu.

— Ridículo. — murmuro. — Mesmo sem ter perguntado, aceito namorar com você.

— Ah, desculpa, esqueci de perguntar. — falou rindo. — Mas enfim, agora somos namorados e o único cara com quem você vai ir para a cama será eu. — disse e roçou nossos lábios.

— Só com você. — sussurro e o puxo para um beijo. — Não me decepciona.

— Na cama? Agora me ofendeu! — falou e eu ri, revirando os olhos em seguida.

— Na cama tu não decepciona de jeito nenhum. — falo e ele sorri malicioso. — Eu tô falando na vida mesmo, no nosso relacionamento.

— Eu não vou decepcionar você nunca. — sussurrou, me dando um selinho. — Agora chega de melosidade? — perguntou e me puxou para o colo dele, colocando as mãos em minha bunda e apertando.

— Chega! — digo e seguro em sua nuca, o beijando.

****

Capitulo pequeno pois o próximo será quente, até amanhã

Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS  Onde histórias criam vida. Descubra agora