Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS

Capitulo 1

* ZABDIEL *

- Se interessou por alguma? - perguntou Joel

- Não, e já estou arrependido de ter vindo. - bufo e desvio de algumas garotas que estava em meu caminho, seguindo até a mesa escolhida pelos meninos e me sentando na mesma.

- Sem arrependimento hoje, Jesús. - falou Richard, dando um sorrisinho malicioso.

- Observa as garotas e escolhe uma pra você. - falou Chris. - Por nossa conta.

- Isso. - confirmou Joel. - Vamos pegar algumas bebidas e quando voltarmos espero que você já tenha se decidido. - completou e saiu junto com os outros, me deixando sozinho ali.

Faço careta e olho ao redor, vendo algumas garotas dançando e outras sentadas nos colos de algum cara.
Ouço uma música lenta começar a tocar e umas luzes vermelhas se acenderem em um palco, chamando a minha atenção. Logo uma mulher, que vestia uma roupa transparente e com uma roupa curta e colada por baixo, ela subia lentamente no palco.
Ao som da música, ela andou por todo o palco, parando no meio do mesmo e começando a mover a cintura lentamente, sem parar de dançar, ela passava a sua mão pelo corpo tirando a roupa transparente.
Observo ela ate o fim da música, ficando apenas de lingerie, agradecendo no final e saindo do palco.

- Então é essa. - falou Erick e só assim percebi a presença dele do meu lado.

- O que?

- Tá quase babando pela mina - disse e eu revirei os olhos.

- Para de ser mané, eu não quero ninguém

- Me engana mais que eu gosto. - riu. - Vamos pagar ela pra você e eu acho bom você fazer um ótimo proveito de uma belezura daquelas. — completou e saiu novamente

* LAU *

- Lau, hoje você tem um programinha. — falou Maria.

Maria era quem comandava tudo por aqui. Era a dona de onde trabalhamos.

- Hoje é o meu dia de strip, apenas. - digo e ela assente, se aproximando de mim e ajeitando o meu cabelo.

- Sei disso, mas estão pagando tão bem. - falou e eu suspirei. - É um homem famoso, que está disposto a pagar bem caro pra te ter como acompanhante essa noite.

- Ok.

- Não demore. - disse, indo em direção a porta. - Ele te encontra na mesa... - parou e olhou para um papel em sua mão. - Mesa 6 - completou.

Me troco rapidamente, tirando a lingerie preta e colocando uma vermelha, por fim colocando uma saia, curta e colada. Ajeito meu cabelo e o meu decote, me olhando no espelho antes de sair da pequena sala.
Ando por meio das mesas, sentindo olhares sobre e alguns puxões no braço. Avisto a mesa 6 e vejo um homem na mesma. O analiso antes de chegar até ele.
Não aparentava está esperando alguém, já que brincava com o copo vazio em cima da mesa, olhando para um ponto qualquer do local.
Me aproximo da mesa, por trás dele e passo a mão por sua nuca, vendo ele se assustar e me olhar enquanto eu dava a volta por ele, parando em sua frente e o olhando.

- Olá, eu sou a Lau - digo o olhando de cima a baixo. - A mulher que o senhor queria

- Não, eu... — começou mas parou - Quer dizer, é, sou eu. - disse e eu levantei uma das sobrancelhas.

- O senhor prefere mais alguma bebida - pergunto apontando para o copo vazio em cima da mesa e ele nega. - Então podemos ir para o quarto. - completo e seguro em uma de suas mãos. - Me acompanhe.

Ele exigiu a melhor suíte. A mesma ficava longe do longo corredor principal, onde havia vários outros quartos, felizmente com paredes que não deixam o som passar.
No meio do caminho da suíte ele solta minha mão, começando a me seguir, apenas. Abro a porta para ele, que hesita um pouco em entrar.

- Algum problema, senhor? - pergunto e ele nega, entrando no quarto.

Entro em seguida e tranco a porta, vendo ele se sentar na cama. Vou até ele e coloco uma perna de cada lado do seu corpo, me sentando em seu colo.

- Eu não... - começou assim que comecei a passar a mao debaixo da camisa do mesmo.

- Desculpe. - digo e me levanto. - Como o senhor preferir. - falo e fico de frente para ele, esperando ele dar alguma ordem, mas ele só me encarou.

- Você é a moça do strip?

- Sim. - confirmo e ele murmura algo qualquer.

- Eu não quero transar com você. - disse e eu levantei as sobrancelhas.

Ah, que ótimo.

- Ok, mas então porque pagou uma grande quantia para isso? - pergunto e ele dá de ombros.

- Não fui eu que paguei. - falou e me olhou. - Desculpe atrapalhar você com seus outros clientes.

- Não tinha outros. - digo e me sento a uma certa distância dele, respeitando o espaço do mesmo. - Você foi o único que ofereceu uma quantia mais alta do que o normal.

- Foi um amigo meu. Eu nem queria está aqui.

- Interessante. - falo e solto meu corpo na grande cama de casal, me deitando e dobrando uma das pernas, fazendo minha saia subir, chamando a atenção dele.

- O meu nome é Zabdiel. - disse depois de um tempo, estendendo a mão como cumprimento, a aperto.

- O meu você já sabe.

- Lau? Certo? - ele diz e eu aceno com a cabeça

— Por que não queria está aqui? - pergunto deixando meu olhar fixo no teto.

- Não curto isso de ficar com... - hesitou em falar

- Prostitutas. - completo.

- Não curto vir a esses tipos de lugares, só vim porque meus amigos me obrigaram. - falou e eu o olhei. - Na verdade eu adoraria está em casa tentando resolver uns problemas.

- Problemas amorosos, tenho certeza.

- Como sabe?

- Quando o cara vem aqui com os amigos e não transa, já sabemos que tem mulher no meio. - explico.

- Ela meio que não retribui mais os meus sentimentos.

- E você continua indo atrás dela? - ele faz um movimento com o ombro depois da minha pergunta.

[...]

Ficamos um bom tempo dentro do quarto, apenas conversando. Ele era um cara legal.

- Já é bem tarde. - disse e eu olhei para o relógio na parede do quarto

- Sim. - afirmo.

- Ainda temos tempo?

- Sim, seu amigo confiou muito em você. - rio e ele me acompanha.

- Madrugada é foda. - murmurou depois de um tempo.

- A madrugada pertence aos poetas, as putas e aos que morrem de amor. - murmuro e ele me olha sem entender a pequena frase.