Capitulo 7

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LAU

Sumiu. Isso que o Zabdiel fez.
Depois de quase irmos aonde eu mais queria chegar, ele simplesmente não veio mais aqui.
Os amigos dele voltaram algumas vezes, e eu até perguntei por ele, mas a resposta que eu recebi, todas as vezes, foi:

— Ele disse que não estava muito bem. — falava Chris, me olhando como um pedido de desculpas.

Eu só dava um meio sorriso e indicava algumas garotas para eles, saindo em seguida e continuando a fazer o que mais fazia de melhor.

ZABDIEL

Aperto os olhos com força mais uma vez, tentando tirar a imagem de Lau da minha cabeça. Isso estava acontecendo frequentemente e eu tentava impedir de todo modo, mesmo sendo completamente inútil.

— Olha aqui. — chegou Chris, me empurrando da cama, me fazendo resmungar. — Hoje você vai naquela porra de qualquer jeito porque eu não aguento mais ter que olhar pro rostinho de decepcionada da Lau toda vez que digo que você não quis ir.

— É só não olhar pro rosto dela. — bufo sentando na cama novamente.

— Muito engraçadinho você. — disse todo irônico. — Eu não estou brincando, vai se arrumar.

— Eu não q...

— Quer sim. — me interrompeu.

[...]

Me sentei em uma das mesas junto com os meninos e procurei por Lau, não obtendo sucesso.

— Boa noite, garotos! — chegou Mari. — O que desejam?

— Eles eu não sei, mas eu desejo você. — falou Erick, fazendo ela rir enquanto eu revirava os olhos.

— Eu quero a bebida da casa. — pediu Richard e ela anotou, olhando para Joel, que pediu o mesmo.

Em seguida notou a minha presença e fez uma cara de surpresa.

— Quem é vivo sempre aparece. — disse. — O que deseja, Zabdiel? — perguntou.

— Lau. — digo e os meninos me olham. — Onde está? — pergunto.

— A Lau não irá trabalhar hoje. — falou.

— Por quê?

— Motivos pessoais. Vai querer alguma bebida? — perguntou batendo com a caneta no pequeno bloco de notas.

— Não, eu... posso encontra-lá? - pergunto.

— Um momento. — pediu e saiu novamente, me deixando confuso.

— Ela foi procurar a Lau? — pergunto para os meninos que dão de ombros.

Depois de um bom tempo Mari voltou.

— Você pode subir aquela escada ali. — apontou para um canto. — Ela provavelmente vai estar no quarto. O quarto dela é o terceiro a esquerda. — completou e eu anotei tudo na minha cabeça.

— Ok. — digo. — Obrigado. — completo e me levanto, seguindo todas as instruções dela e chegando em uma casa no segundo andar.

Olho ao redor, vendo uma grande sala, um corredor à esquerda e uma cozinha à direita. Vou até o corredor, indo diretamente para a terceira porta à esquerda.
Bato na porta, que estava fechada, e escuto um resmungo qualquer. Espero um tempo mas nada de ela abrir a porta. Bufo e abro a mesma lentamente, olhando para o quarto e vendo que em uma das camas tinha alguém completamente enrolada nas cobertas.

— Ei. — sussurro e me aproximo dela.

— Quem é? — perguntou abafado.

— O Zabdiel. — respondo e ela tira a cabeça debaixo das cobertas, me olhando, enquanto eu me sentava ao lado dela. — Você tá bem?

Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS  Onde histórias criam vida. Descubra agora