A porra da minha Família

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A família, o início de tudo, onde o indivíduo começa a tomar conhecimento de sua própria existência e do mundo em que vive. Normalmente ela é constituída de 3 a 6 indivíduos, sendo eles: pai, mãe, filhos e filhas, podendo ser bem maior dependendo da opção do casal ou da conveniência, no caso do Brasil. "Bolsa Família" É repugnante ver casais que mal podem sobreviver com 10 filhos malvestidos desnutridos e vivendo abaixo da linha da pobreza. E o que eu tenho a ver com isso? Nada! Por mim, eles que se fodam! Eu não sinto nenhum tipo de pena em ver aqueles moleques magrelos chorando e pedindo comida, é ridículo e estúpido. O casal de animais "racionais" que procriou e gerou mais filhos do que pode sustentar são idiotas e merecem sofrer. Imagine a cena, um barraco velho de madeira com um casal e 8 crianças amontoadas umas sobre as outras como uma pilha de excremento inútil e irreciclável, sobrevivendo com migalhas do lixo ou de esmolas ganhas nas ruas ou de planos assistenciais do governo. Os indivíduos permanecem ali, estagnados naquele recito fétido, apodrecendo sem perspectiva de evolução. Esta é a realidade de uma grande quantidade de grupos que são chamados pela sociedade de "famílias" hilário! Algumas "famílias" têm um contato entre os membros restringido aos moradores da casa, como pais e filhos, tendo contato com os demais parentes apenas uma vez ou outra, mas existem outras em que a interação com os demais membros é intensa, criando uma complexa rede de relacionamentos. Nesta rede, é muito comum haver conflitos entre os membros, formando grupos dentro da família, a minha família é uma dessas que possui uma grande interação entre seus membros, mas infelizmente os membros da minha "família" não são interessantes, na sua maioria, não tem nada de útil para me oferecer. São um bando de tolos ignorantes sem conteúdo! Não há como desenvolver uma boa conversa com eles, pois suas mentes são limitadas e atrasadas. Tão atrasadas que a distância da percepção deles e a minha estão a anos-luz de distância uma da outra. Dos membros desta droga de "família" eu me beneficiava apenas com alguns, como meus avós que me eram úteis, pois me davam quantias em dinheiro, principalmente após eu executar uma bela encenação teatral de drama. Infelizmente na minha "família" o gênero masculino predominava, o que resultava em uma falta de mulheres, principalmente as primas que servem justamente para satisfazer os desejos sexuais de rapazes como eu. Isso me deixava muito frustrado, pois complicava a minha vida sexual, me obrigando a frequentar prostíbulos e gastar o pouco dinheiro que eu tinha. Nos últimos tempos, um dos meus tios mais novos teve uma filha, fiquei excitado com a notícia, mas ao mesmo tempo chateado, já que quando ela tivesse idade suficiente para foder, eu já estaria bem mais velho. Não sei se terei tanta paciência. A minha bisavó materna está com 97 anos de idade, me admira muito que aquela velha tenha chegado nesta idade, já que era fumante desde jovem. Antes a velha inútil até conseguia fazer algumas coisas, como tomar banho, se vestir, comer sozinha, mas agora a velha se tornou um estorvo para os filhos que são obrigados a cuidar dela como se fosse uma criança, eles são uns imbecis! Se fosse a minha mãe, eu já teria jogado num asilo a muito tempo, pois para que serve uma velha inútil que só dá trabalho? O tempo dela já passou! Está na hora de desocupar o mundo para os jovens habitarem. Certo dia, minha mãe me obrigou a ir visitar a velha inútil e eu não tive escolha, quando chegamos lá, foi a mesma palhaçada de sempre... abraços, elogios, perguntas, conversas sobre o passado e outras baboseiras. Depois de muito papo furado, minha mãe e suas tias foram visitar outra tia da minha mãe e me deixaram sozinho com a velha. — Caim, fique aqui com sua bisavó enquanto vamos à casa da Ana Maria. — Pediu Alice —— Tá bom, eu fico, tia Alice. — Concordei —— Obrigado. Não vamos demorar, logo estaremos de volta. — Disse ela —A porta se fechou e aos poucos o som dos passos desapareceu e eu estava sozinho com a velha caduca... Era hora da diversão. — Alice ô Alice, Alice me traz um cigarrinho. Alice ô Alice, Alice ô Alice!!! — Disse a velha —— Cala boca porra! — Ordenei —— João, você já levou aquele porco para o compadre Zé? O compadre falou que tem pressa para assar o porco! — Delirou ela —— Pronto! Começou a delirar! — Falei —— Ô Alice, você viu a menina que Juliana pariu debaixo da cama ontem? — Continuou delirando —— Ela pariu e escondeu dentro do fogão, a criança deve estar lá ainda, vai lá ver antes que alguém ligue o fogão e a criança morra queimada. Sabe de uma coisa, aquela Juliana é uma rapariga que engravidou antes de casar, mas deixe estar, quando eu encontrar ela, vou lhe dar uns tapas para aprender a não se comportar igual uma rapariga. — Delirou ela —— Então Carlota, o que mais tem para me contar de interessante? — Perguntei —— Para fazer um Beiju, tem que misturar bem a tapioca com um pouco de água e sal, depois se deve peneirar a massa numa panela já aquecida, mas tem que ter cuidado para não queimar, portanto deixe o fogo baixo. — Disse ela —— O que mais? — Perguntei —— A filha do seu Alberto foi catar feijão na roça e acabou sendo picada por uma cobra, os pais tentaram levar a menina para o hospital, mas não deu tempo, ela acabou morrendo no caminho. — Contou Carlota —— Dessa eu gostei velha! Tem mais alguma história onde alguém morre? — Perguntei —— Alice, ô Alice, traz um cigarrinho pra mim, Alice, ô Alice. — Chamou ela —— Só pensa em fumar caralho! Não sei como viveu tanto tempo, seus pulmões devem estar podres de tanto fumar, aposto que não consegue ficar 2 minutos sem respirar. — Falei —Verifiquei se não estava vindo ninguém e em seguida olhei para aquela criatura decrépita e digna de "pena" sentada num sofá na minha frente. Que pena que o ser humano apodrece até chegar a este ponto... Deprimente! "Muito bem Carlota minha velha, vamos ver se estes pulmões velhos ainda funcionam." Caminhei por trás do sofá onde a velha estava sentada, peguei uma almofada e pressionei contra o rosto da múmia, imediatamente ela começou a se debater e tentar retirar a almofada, mas seus pobres braços com músculos atrofiados e ossos com carência de cálcio não tinham força suficiente para retirar a almofada. "Calma Carlota, porque que está tão inquieta? Relaxe, eu estou apenas testando seus pulmões para averiguar se eles ainda funcionam bem." A velha já estava ficando sem forças quando escutei vozes e passos. A maçaneta da porta começou a girar, então imediatamente tirei a almofada da cara da minha bisavó e a deitei no sofá. — Carlota, respira, por favor, respira! — Falei —— Ai meu Deus! O que aconteceu? — Quis saber Alice —— Ainda bem que vocês chegaram! Ela começou a passar mal do nada e eu fiquei sem saber o que fazer! — Falei —— Com licença Caim, deixe-me vê-la! — Pediu Alice —— MÃE, MÃE A SENHORA ESTÁ BEM? — Perguntou Alice —— Aaa-ali-ali Alice, me traz um-um ciga-cigarrinho. — Pediu Carlota —— Que cigarro que nada! A senhora precisa é ir para o hospital! — Disse Alice — — Luciana, liga para Joaquim e peça para ele vir aqui de carro o mais rápido possível! Precisamos levar mãe ao hospital! — Disse Alice —— Claro Alice, vou ligar agora. — Disse Luciana —

Diário de um PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora