Zoofilia

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Roberto esconde este segredo de quase todos, poucos sabem de suas aventuras sexuais com seres não humanos. Ele já teve muitos problemas por causa do seu desejo por animais, dentre eles estão: acidentes, doenças, mortes e etc... a esposa dele já se separou dele várias vezes depois de ver marcas estranhas no corpo dele, ela acreditava estar sendo traída pelo marido com outra mulher, mas ela não fazia ideia da real situação. Outra coisa que causava estranheza para ela era o fato de todos os seus cachorros morrerem precocemente, ela não entendia o que acontecia. Ela chegou a chamar um padre em outra ocasião e depois um pai de santo para benzer a casa e livrar o ambiente dos "maus espíritos." Roberto enfrentou também problemas de saúde por causa de suas práticas sexuais um tanto quanto exóticas. Ele temia ir ao hospital e ser descoberto, então eu contatava Patrícia para auxiliá-lo sem que a notícia de um policial que transa com animais se espalhasse por aí. Ele foi aconselhado várias vezes a sempre usar preservativo quando fosse praticar sexo com seus bichinhos, mas o cara era teimoso feito uma mula. Por falar em mula, uma vez ele levou um coice de uma mula que resultou em uma perna quebrada. Sempre que possível, eu levava Roberto ao sítio dos meus avós. Quando chegávamos lá ele ficava deslumbrado com a quantidade de animais. — Roberto, acabei de saber pelo meu avô que semana passada nasceu um bezerro. — Contei —— Serio? — Perguntou ele —— Claro! Vá até o curral e divirta-se, mas cuidado, vê se pega leve, da outra vez você matou o potro recém-nascido da minha vó! — Adverti —— Aquilo foi um acidente, eu não fiz por mau! — Defendeu-se ele —Eu estava relaxando na varanda e ouvindo o canto dos pássaros quando, de repente, escuto um grito de socorro seguido de outros gritos de dor. "Aquele imbecil! Eu disse pra tomar cuidado com a vaca." Levantei, peguei a espingarda de dois canos do meu avô que estava pendurada atrás de uma prateleira na despensa e fui até o curral. Quando cheguei lá, vi a vaca prensando Roberto contra a cerca do curral, um dos chifres dela havia atravessado a lateral de sua barriga. Atirei primeiro no quadril da vaca, ela tombou, em seguida disparei na cabeça. — Me ajuda cara, eu estou perdendo muito sangue! — Implorou ele —— Claro, mas você me deve uma vaca. — Falei —— Pelo amor de Deus Caim! Não é hora pra brincadeiras! — Disse ele —"Se você não fosse uma peça útil... eu assistiria você sangrar até a morte." Levei o Roberto para o hospital mais próximo na cidade de Matina. Após esse episódio, Roberto retirou animais de grande porte de sua lista. Eu não vejo problema algum em zoofilia, apesar de não ser adepto, eu compreendo a necessidade de alguns de experimentar algo diferente, mas no caso do sexo com criaturas tão imprevisíveis e agressivas como animais, é preciso ter o máximo de cuidado. Uma vez, um primo meu teve um dos testículos arrancados por uma cadela, depois disso sua vida nunca mais foi a mesma, pois como a cidade era pequena, a história se espalhou e ele sofreu inúmeras zombarias, sendo obrigado a se mudar para ter paz novamente. Mas nem todos têm a mesma sorte, um caso famoso na região é o de Chico da Égua que morreu com um coice na cabeça depois de tentar ter relações sexuais com o animal. Chico era tido por muito como um doente mental que andava por aí falando coisas sem sentido, o seu irmão também teve uma morte trágica, ao tentar montar em um jegue, ele acabou caindo por causa do efeito da cachaça, ao cair, seu pé ficou preso no estribo, o jegue se assustou e disparou na corrida arrastando assim o infeliz até a morte. Quilômetros depois, seu corpo foi encontrado preso em um tronco na beira da estrada.

Diário de um PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora