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"Horas se passaram rapidamente, Aisaka já disfarçada e pronta para sair mais uma vez escondida de sua casa, ela tinha uma enorme facilidade em sair e entrar sem ninguém ao menos perceber, como ela adquiriu isso? Não sabemos, talvez seja um dom divino, ou as suas observações perante seu pai que lhe ensinou alguns truques quando ela ainda era uma menina de sete anos.
Mas hoje a sua empolgação para ir ajudar os mais necessitados, era diferente, pois iria acompanhada de quem estava tentando manter o coração longe. Porém, Hee Jun possuia um ar magnético, seja no ódio ou no amor, era simplesmente inevitável não nota-ló e ela sabia o que brotava ali.

- Graças a Deus, você chegou estava quase indo sozinha

_Disse ao ve-ló, o olhou de cima a baixo._

- Você pretende ir assim?

_Ele fez careta e se analisou._

_ Estou perfeito, qual o problema?

-Sim, o problema é que você é popular na cidade, ou seja, as pessoas sabem que sua família é aliada do meu pai e não vão te receber!

_ Mas você é filha dele!!

- ok, mas você acha que estou vestida assim por que??

_ Oook....

_Depois de alguns minutos, Hee Jun caracterizado como um verdadeiro camponês, se ele dissesse sua verdadeira origem, com certeza as pessoas não iriam acreditar._
Assim que chegaram Hee Jun ficou em estado de choque, suas crenças e seus achismos sobre a rebelião e insatisfação do povo serem inúteis ou até mesmo ingratas, foram jogados por terra, pode contemplar mulheres e crianças serem agredidos, homens de família sendo desrespeitos e sua honra ferida.
_Aisaka que ajudava a cada um, parou e o olhou, pois ele tinha travado no meio do caminho, era claro e evidente que não estava preparado para presenciar tal fato._

- Não é esse tipo de reação que eles precisam agora.

_Ele a olhou de volta e assentiu._

- Vem, me ajuda a colocar a comida.

_Disse ela, o puxando pela mão. A poucos metros dali onde estava sendo distribuída a refeição, Bae Ta Mi estava a postos com os seus homens, como sempre fazia, a organização se dividia entre derrotar o inimigo, ajudar as vítimas e acima de tudo, sobreviver._
Enquanto Bae e Hoseok conversavam, chegou um de seus informantes de maneira esbaforida.

_Senhorita, ela chegou! Mas está acompanhada.

Bae e Hoseok se entreolharam, pois desconfiavam de quem ela poderia ter trago.

- É mesmo? Estranho, sempre veio sozinha...

_ E eles parecem bem próximos, aliás!

-Você perdeu a aposta!

Disse num tom vitorioso para Hoseok e ele apenas sorriu de canto.

_ Eu vou falar com ele e você traz a menina.

Disse Hoseok para o moço.

- Ei, tá maluco? Se disfarça pelo menos! E se ele nessa quiser te prender?

_ É um inimigo? Devo eliminar senhorita?

Perguntou o moço e instintivamente ela respondeu.

- NÃO! Quer dizer, não agora....

_ Enfim, vamos...

Disse Hoseok  colocando o seu blazer saindo com o jovem.

_Senhor são eles ali servindo a comida.

_Ele assentiu e foram até a moça._
Hoseok se aproximou da Lotte e sussurrou em seu ouvido sem que ela dera conta.

_ Sem escândalo, por favor!

Se afastou e fez um sinal para que o jovem a levasse.
Hee Jun tentou ir atrás dela, porém Jung o impediu usando o seu corpo como barreira.

_ Você fica aqui e continue fazendo o seu trabalho.

Se aproximou e disse quase num sussurro.

_ Está na nossa área, e tem homens armados espalhados doidos para pegarem aliado do imperador, então não faz gracinha se quiser a mocinha viva.

Se afastou e sorriu sínico. Hee Jun o olhava com fúria, mas não podia fazer nada, mas ele sabia da sua verdadeira identidade.
Assim que chegaram com ela, Bae foi até eles. Ela já estava disfarçada como costuma fazer quando tem alguma missão, assim não era reconhecida.

- Te machucaram ? Espero que não...

Disse fazendo uma voz mais rouca.
O olhar de medo da Lotte era nítido, além da confusão mental. Se tivessem descoberto quem ela era de verdade e seu coração temeu.
Bae apenas pegou o frasco que continha um veneno e entregou na sua mão.

- Você vai colocar isso na comida dos soldados japoneses que ficam de paisana por aqui, se quiser que a vida do seu pai seja poupada.

Lotte se manteve em silêncio, ela não iria fazer isso, ela não teria coragem de matar ninguém, ela não entendia como as coisas não poderiam ser resolvida de outra forma. E naquele cenário, ela odiava toda a situação.
Ela tomou o frasco com receio e cara de poucos amigos.

- Não ligo se quer matar meu pai, mas caso isso aconteça, não tardes em matar a família toda. Tenho o mesmo sangue que ele, então mereço morrer igualmente

Bae apenas sorriu mínimo, por mais que Lotte não pudesse ver e nem quisesse ver.

-Podem leva-lá!

Gritou e imediatamente dois capangas entraram e a levaram para o lugar onde estava.

Sozinha ali pensativa, Aisaka segurava firme o frasco, quando seu noivo se aproximou apreensivo ela forçou um sorriso gentil.
Voltou o olhar a direção que veio, e negou com a cabeça, tudo menos covarde aquela garota era.

- Toma, jogue no lixo para mim

Empurrou contra a mão do outro, e fechou seus punhos, ele arregalou os olhos quando viu do que o frasco se tratava e óbvio que tinha perguntas. Porém agora era o momento de ir embora, Aisaka deu uma última olhada em volta, sentindo muito por aquela situação uma lágrima indesejada rolou em deslize a sua bochecha.
Então ela se deu conta, que aos seus pés, estava uma linda menininha de sorriso doce e roupas mais degastas.
Ela agarrava a perna da moça como uma rãzinha, tinha um olhar repleto de doçura e sensibilidade.
Aisaka afagou a cabeça da garotinha, e sorriu para ela.

- A moça bonita estava chorando?

Ela perguntou ficando triste.

- Esse cara malvado! Foi ele?

Ela apontou para o moreno sem graça, enquanto Lotte se agachava pra ficar do tamanho dela.

- Não, não foi ele. Só, queria poder ajudar vocês

- Moça grande não precisa chorar

Lotte assentiu e tentou sorrir de novo.
Tirando um grampo da flor de lótus de seu cabelo, agora. Era seu item mais precioso, sua mãe havia lhe dado em sua adolescência.
Olhando para a criança de aparência de seis anos, ela decidiu por impulso lhe dar algo.

- Me dê sua mão

Pediu e a garotinha estendeu sem exitar, Aisaka abriu um sorriso tão largo pela a inocência que uma criança transmitia, que seus problemas pareciam haver sumido.
Encaixando o grampo, fino, na palma da mão pequena dela ela lhe falou;

- Guarde isso, meu presente para você.. Mas

Os olhos cintilantes da criança brilhavam, e com empolgação ela nem esperou Aisaka dizer mais nada, saiu correndo depois de a agradecer.
Aisaka se levantou e sussurrou para si; "Mas não conte a ninguém"
Ela olhou para o outro, e o chamou para deixarem aquele lugar.








Quem quer o casamento da Aisaka logo e o foco seja na Bae logo? Meu pai, que agonia. Avisando que quem escreve a vida passada é mais a Ana, eu já fiz minha parte no começo, e só ajudo um pouco quando me vejo na necessidade.

Minha Segunda Vida (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora