Anna knows she is right

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Sebastian

- E você está aqui. – eu ouvi a mãe de Emma dizer assim que ela entrou no quarto.

- Eu devia ter trazido um presente, mas eu não sabia que participaria desse evento. E esqueci de parabenizar a Emma por ter virado tia.

- Sinto em te dizer, mas você é o presente aqui. – eu olhei para ela que estava emocionada, mas não era pelo neto.

- Seu neto nasceu, vamos lá, ele deve ser mais bonito que eu. – eu fiz a piada e a vi enxugar os olhos.

- Com certeza ele é, mas ele não fez a minha filha ficar mais iluminada.

- Eu não fiz nada disso Carol.

- Fez sim. Charlotte me disse que elas haviam encontrado você e no fundo me nasceu a esperança de que minha filha ia voltar.

- Eu tenho quase certeza que Charlotte é uma fofoqueira. – realmente, talvez ela fosse. – Talvez eu faça mais mal do que bem.

- Vocês dois tem algo muito forte. Eu sei que a morte de John não afetou só a ela e, embora eu tenha te odiado um pouco por ter sumido, eu também te entendo. Quando o pai delas morreu, era muito difícil encará-las, era quase que me lembrar todos os dias de que eu nunca mais teria ele de volta e nem o que a nossa família era. Deve ter sido a mesma coisa para você.

- Você sempre me entendeu muito bem, Carol. – eu coloquei os braços ao redor dela e a abracei fortemente. – Por isso que eu sempre amei você e senti tanto, tanto a sua falta.

- Pare com isso menino. – ela me empurrou levemente. – Eu sei muito bem que você só amava era a minha comida.

- Isso também. – eu dei risada.

- Você não vai mais embora, não é?

- Eu participei do nascimento do seu neto, talvez isso me torne um membro da família.

- Você sempre foi Sebastian.

- Obrigado. – eu fiquei um tanto sem jeito porque notei o quanto eu era amado por aquela família e que mesmo me afastando, elas continuavam a ter um carinho muito grande por mim.

- Eu posso te pedir um favor? – ele disse e se sentou na cadeira em que eu estava sentado antes e eu fui e me sentei ao lado dela.

- Claro que pode.

- Eu sei que você não tem nada a ver com isso, mas eu queria muito que a Emma saísse de onde ela está. A casa é grande, bonita, só que tem muitas lembranças nas quais ela vive se afundado e eu não ach...

-...você quer que eu a ajude a procurar outro lugar? – eu a interrompi.

- Sei que é pedir demais, não faz cinco minutos que eu te vi e já estou te pedindo isso. Só que ninguém consegue tirá-la de lá, sempre há uma desculpa. Se tem alguém que pode conseguir isso, esse alguém é você.

- Não acho que ela vai me ouvir também.

- Essa raiva que ela sente por você é completamente momentânea. – ela colocou a mão em mim. – Eu já vi o que você fez por ela, mas sei que você pode fazer muito mais. – ela me olhou meio chorosa e foi impossível não dizer não.

- Farei o possível, Carol.

Nós ficamos quase uma hora conversando do lado de fora, até que um médico e enfermeira saíram do quarto e Emma apareceu na porta, ela tinha um belo sorriso no rosto e fez sinal com a mão para que nós entrássemos.

- Vem, o médico liberou a entrada de vocês dois. – ela voltou para dentro do quarto e eu

Carol foi na minha frente e, em seguida, eu entrei. Era estranho estar em um local daqueles e naquele momento, ainda mais com uma Anna que agora era mãe e segurava um bebê todo empacotado nos braços, olhei para Carol e Emma, as duas pareciam encantadas.

You left me || Sebastian StanOnde histórias criam vida. Descubra agora