You left me || Sebastian Stan

Are you mad with me?

Emma

Três meses depois...

Estamos entrando no verão, a estação do ano que eu mais amava, e eu já conseguia sentir o calor da estação dentro do apartamento de Sebastian. Embora ele chamasse de NOSSO de forma casual, eu tinha certo problema em aceitar isso.

Estava sozinha ali fazia quase um mês, ele estava gravando no Canadá e só voltaria dali cinco dias. Ainda que eu gostasse de ficar ali sem ninguém, eu sentia falta dele, muita, era estranho não o ter por perto, ainda que a gente se falasse todos os dias.

Já havia arrumado o terraço, a cozinha e estava no quarto arrumando o guarda roupa dele, tirando o que estava com cheiro de "guardado a muito tempo" para poder lavar quando encontrei, no fundo do armário uma sacola vermelha da Cartier. Eu sabia que não devia mexer no que não me pertencia, mas eu estava curiosa, então peguei e a abri.

Dentro havia uma embalagem com uma caixa dentro, um recibo de compra e também o cartão. Primeiro eu abri a embalagem e a caixa, dentro havia uma pulseira Love um tanto feminina para que ele usasse, fechei e peguei o cartão e, assim que comecei a ler, meu coração de encheu de amor.

"Tenho isso guardado faz um tempo e só agora tive coragem de te entregar. Não sabia exatamente como você ia aceitar isso, mas quero que saiba que essa pulseira representa tudo aquilo que eu sinto por você e, se não ficou claro, eu te amo."

Aquilo, definitivamente, era informação demais para mim, só que eu não me senti nenhum pouco esquisita, gostei de ler aquilo e, mais do que isso, eu queria ouvi-lo dizer aquelas palavras para mim.

Imediatamente eu peguei o telefone e liguei para a minha irmã que atendeu quase no último toque.

- O que foi Emma? – ela não parecia lá muito contente.

- Sebastian me ama. – eu soltei, nenhuma das duas parecia disse o tradicional "oi, tudo bem?"

- Nossa, me conta uma novidade, por favor.

- Você sabia?

- O mundo sabia, só você era tapada o suficiente para não enxergar isso.

- Hum... – eu estava tentando lembrar de algum sinal que me fizesse ter certeza disso, mas nada me vinha a mente, quer dizer, ele sempre foi fofo e extremamente romântico e cuidadoso comigo, mas para mim aquilo era ele sendo apenas ele. - ...eu achei uma pulseira Love da Cartier com um cartão dentro que ele dizia isso. Aparentemente... – eu peguei o recibo de dentro, que estava meio apagado. - ...já faz uns três meses isso.

- Deixa de ser tapada Emma, ele sempre amou você. E... – ela parou de falar e eu desconfiei.

- E o que?

- Se você não desconfiou nenhum momento de que isso podia ser para outra pessoa, só pode significar que, um, você sabe disso e, dois, você também ama ele.

- Eu acho que sim. – era uma ficha que tinha caído desde o segundo dia em que eu estava sozinha no apartamento e já sentia uma falta enorme dele. – Mas eu sempre o amei como amigo.

- Corta essa Emma, você o ama como o homem da sua vida. – ela deu risada. – Isso ficou esquisito, mas é verdade e você sabe disso. Só aceite, você não estará fazendo mal a ninguém, pelo contrário, eu tenho uma desconfiança que quando você disser isso, ele vai explodir. – ela fez uma voz de ânsia. – Vocês dois são ridículos.

- Você está é com inveja. – eu brinquei com ela.

- Com inveja de você transando com ele, e não de vocês se amando. Eu hein...