You won't be alone again

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A história se fez por causa desse capítulo, ele foi inspirado na música Taxi do The Maine...

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Sebastian

Talvez eu tivesse me arrumado demais e passado perfume demais, isso Anna fez questão de falar. Só que eu queria me aparecer para Emma, eu sabia disso e fiz com total intenção e eu não iria convidá-la para beber, só que as palavras "a faça rir" que estavam naquela carta me levaram a fazer isso.

E era por isso que eu estava em frente a ela naquele bar a meia luz, vamos dizer que ela ainda estava muito longe de ser a Emma que eu conheci, mas o vestido florido e a bota eram um bom começo.

- Para de encarar minhas botas, eu sei que eu estou ridícula, só não deixe isso tão óbvio. – ela disse ao me pegar encarando a coxa dela coberta pela meia, eu definitivamente não estava encarando a bota dela.

- Está escuro aqui, ninguém vai ver.

- Você transou com alguém antes de pegar a minha irmã e meu sobrinho no hospital? – ela franziu os olhos e tomou um gole do vinho que estava em seu copo.

- Lógico que não. O que você acha que eu sou?

- Você é você, eu te conheço. – ela fechou um pouco os olhos e deu uma checada no meu rosto.

- Não sou assim, você sabe.

- Dois anos... – ela fez os números com os dedos. - ...eu não sei o que dois anos fizeram com você.

- A verdade é que eu fiquei ainda mais reservado do que antes. – eu a encarei. – Não é fácil para mim sair por ai em encontros. Sempre vai ter uma câmera. A última vez em que eu fui a um casamento disseram que eu estava namorando uma das madrinhas por causa de uma foto.

- Oh...pobre garoto bonito. – ela fez um bico e passou dois dedos pelo meu maxilar, apertando-os, ela costumava fazer isso.

- Não minimize as minhas mágoas, por favor. – eu tomei um gole do vinho que estava em minha taça e Emma colocou o cotovelo na pequena mesa e apoiou a cabeça na mão.

- Quando foi que nos tornamos adultos que bebem vinho.

- "Adultos que bebem vinho"?

- A gente costumava se embriagar com cerveja e destilados bem baratos. – ela franziu o nariz. – Isso é muito chique e caro. – ela levantou a taça e bebeu todo o líquido que havia dentro.

- Você queria que eu te levasse para um lugar mais jovem?

- Ai, não, por favor. – ela começou a rir. – Eu lido com jovens demais durante a semana.

- Como assim?

- Eu sou professora. – ela se ajeitou e franziu o cenho para mim. – Você não sabia disso.

- Não fazia ideia. Não é como se combinasse com você, achei que continuava trabalhando no museu.

- Eu tive que me afastar quando John ficou doente e depois eu não via mais sentido em continuar lá, então decidi que dar aula de artes era muito mais recompensador. Por que não combinaria comigo?

- Sei lá, você é bonita demais, cheirosa demais e com certeza causa muita distração para ser professora.

- Pare de ser legal. – ela achou que eu estava brincando e não que eu havia sido sincero de uma maneira espontânea demais, então segui na brincadeira.

- Alguém tem que ser, não é? – eu pisquei com um olhou só para ela e peguei em sua mão, era a primeira vez que eu a tocava de forma consciente e ela não se afastava, mas também não fez nenhum gesto, apenas me deixou acariciar a mão dela bem levemente, eu não a soltei.

You left me || Sebastian StanOnde histórias criam vida. Descubra agora