This conversation is getting weird

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Sebastian

Eu estava ao lado de Emma ouvindo a corretora discorrer sobre as coisas boas daquele apartamento, já era o terceiro que a gente visitava e eu sabia que Emma não estava gostando de nada que era mostrado. Eu coloquei o braço ao redor dos ombros dela e peguei o celular do bolso mostrando para ela a tela, não tinha nada e eu vi a confusão dela.

- Anna precisa da gente, melhor irmos. – ela me encarou e eu tive certeza que havia sido uma péssima ideia voltar cinco dias antes do previsto e estar com ela assim tão próximo.

- Tem razão, ela precisa da gente. – ela sorriu para mim e olhou para a corretora. – Eu sinto muito, mas minha irmã tem um bebê novo e precisa da gente. Se importa em me mandar as fotos por email? Eu vou analisar todos e te mando uma resposta.

- Não se preocupe, pode ir, eu sei como é cuidar de um recém-nascido, toda a ajuda é bem vinda. – ela abriu um sorriso simpático que eu não sabia se havia sido para mim ou porque ela realmente era simpática.

- Muito obrigado. – eu acenei e puxei Emma para fora do apartamento, eu ainda tinha meu braço sobre os ombros dela.

Sabia que deveria ter tirado, mas ficar perto dela assim e sentir o cheiro dela era tão bom que eu não queria nunca me afastar dela.

- Você me salvou. – ela sussurrou e nós entramos no elevador.

- Vi na sua cara que você não estava gostando, achei melhor virmos embora.

- Ai, obrigada! - ela me abraçou lateralmente e deu um beijo na minha clavícula. – E obrigada por ter me acompanhado e por ter vindo mais cedo.

- Eu consegui terminar as coisas mais cedo do que o esperado, então não tinha porque ficar na cidade. – o que era mentira, porque eu tinha o que fazer, ou melhor, tinha alguém com quem fazer muitas coisas em L.A., só que desde que eu beijei Emma pela primeira vez, eu não conseguia mais ficar com ninguém.

- Fico feliz com isso, gosto de ter você por perto. – ela me olhou e se soltou dos meus braços.

Olhei bem para Emma que estava agora mexendo no celular, ridiculamente eu torci para o elevador quebrar e parar para poder transar com ela ali mesmo. No que eu havia me tornado? Um adolescente com certeza.

- O que foi, Sebastian? – ela perguntou sem me olhar.

- Nada. – eu encostei na parede.

- Eu enchi seu saco, não foi? Tomei uma grande parte do seu tempo te fazendo me acompanhar. – ela guardou o celular e virou rapidamente para me olhar. – Te prometo que não vou mais te incomodar.

- Não é incomodo nenhum Emma. – eu fui até ela e segurei os dois ombros dela. – Gosto de ficar com você.

- Eu já falei para você parar de fingir Sebastian. – o elevador abriu.

- Não estou fingindo, em nenhum momento. – eu tirei as mãos dela, coloquei no bolso e sai na frente dela.

- Ei, ei, ei... – ela veio correndo até mim e passou a andar do meu lado. - ...o que você está querendo dizer com isso?

- Com isso o que? – eu me fiz de desentendido e sai do prédio.

- Com esse "em nenhum momento."

- Ai Emma, pensa um pouquinho, por favor. – eu abri a porta do passageiro para ela.

- Eu não quero pensar, ter determinadas expectativas e elas serem completamente erradas. – ela entrou no carro e eu fechei a porta, dei a voltar no veiculo e entrei.

You left me || Sebastian StanOnde histórias criam vida. Descubra agora