Strange Destiny

Prólogo

Dedico aqui, um pedacinho do universo que há dentro de mim. Boa leitura!

- R.

“E no fim das contas, não passamos de crianças levadas onde: aprontamos, caímos, nos machucamos, erramos e aprendemos.
O universo é quem cuida de nós do jeito dele e nos ensina da maneira mais difícil a valorizar as coisas simples da vida.”

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3 de setembro

'Eddie Kaspbrak'

O sinal tocou! Finalmente aquela semana acabou! E hoje, é um dia mais do que especial para mim, estou contando as horas para que anoiteça logo pois hoje... Hoje, eu finalmente conhecerei aquela ou aquele que anseio a pelo menos uns dez anos desde que comecei a tomar conhecimento do que acontece no dia em que completamos 16 anos.

— Tá, mas como você acha que é a pessoa?

Stanley (meu melhor amigo) me pergunta fechando seu armário após colocar seus livros lá dentro.

— Uh, eu não faço ideia! Mamãe diz que não é bom a gente ficar criando expectativa e nem imaginando como a pessoa deve ser.

— Por que?

— Isso é meio que uma desfeita ao que o universo escolheu pra você.

“Plaft!” Fecho o meu armário, puxo o ar dos pulmões e suspiro fundo. Estou com uma sensação gostosa de borboletas no estômago desde que acordei, disseram que isso é normal, porém estou começando a ficar paranóico e achar que são gazes.

— É, isso deve ser verdade mesmo, já que passei a vida toda imaginando que minha alma gêmea era a Gisele Bündchen, e na verdade é... Ah-

Alguém passa por ele esbarrando o ombro tão forte que Stanley quase caiu no chão se não fosse eu para segurá-lo, o judeu direcionou um olhar de fúria ao infeliz que fez isso, e só de ver quem era sua raiva aumentou mais ainda.

— Ah, foi mal aí quipázinho, prometo que da próxima vez tento enxergar você melhor, se for possível.

O rapaz dos cabelos impecáveis, e olhos fodidamente azuis deu uma risada debochada junto com as pessoas que andavam com ele, e logo voltou a caminhar achando que falou a coisa mais engraçada do mundo. Ele chama Stan desse jeito por ser o único judeu da escola, e claro... Por usar o Quipá em cima dos cabelos cacheadinhos e tão dourados quanto os raios de sol, e sempre era alvo de piadas idiotas como esta.

— Denbrough... – Stan termina de falar, com os olhos cheios de desprezo – Essa é a minha maior maldição.

— Ainda não contou pra ele sobre seu sonho. Não é?

— O quê? Claro que não! Deus me livre, é capaz dele espalhar pra todo mundo que o judeu invisível aqui tá sonhando com ele, e todos ficarem fazendo chacota, sinceramente...

— Mas... O aniversário dele é no próximo mês, ele também vai sonhar, vai lhe ver, e ver também o mesmo que você viu.

— É, e até lá eu já vou ter arrumado um jeito de me esconder no pior buraco dessa escola! Eu ainda acho que me enganei, acho que meu ódio por ele, me fez ter alucinações naquele dia, e que meu verdadeiro doppel-soul¹ está por aí, só esperando por mim...

— Bem no dia do seu aniversário? Qual é, pensa pelo lado bom, vocês vão viver um lindo amor – Meus olhos chegam a brilhar, ele me olhou com a cara mais feia que conseguiu fazer.