XVII

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“Todos os meus amigos me dizem para seguir em frente,
Estou deitado no oceano cantando sua música. (...)

Amar você para sempre
não pode ser errado, mesmo sem você aqui, não vou seguir em frente. (...)
E não há remédio para as lembranças, seu rosto é como uma melodia que não sai da minha cabeça,
Sua alma está me assombrando e me dizendo que tudo está bem...
Mas eu queria estar morto, morto como você.

— Dark Paradise (Lana Del Rey)
  


Terça-feira (12:16 pm)
 

Eddie se despediu de Stan ao sair do carro dele, e viu o mesmo voltar a dar a partida saindo de sua rua, suspirou fundo e seu olhar distraído foi até a casinha de correio que fica ao lado de fora da casa, vendo que a mesma estava aberta e com cartas dentro, correu até lá e abriu pegando todas as correspondências, olhou para dentro de casa não vendo ninguém, olhou de uma por uma as correspondências, até que viu uma carta em específico que na frente estava escrito: “Quest Diagnostics Derry” e seu coração acelerou, eram os resultados de Richie.

Totalmente sem pensar no momento, Eddie abriu a mochila e colocou aquela correspondência dentro, depois seguiu para dentro de casa.

— Chegueeeeei.

Gritou ao trancar a porta, não demorou para que o aroma da comida sendo cozida invadisse suas narinas e fizesse seu estômago roncar, não havia comido nada no intervalo porque estava cheio de trabalhos pra fazer que acumulou do final de semana.

— Oi filho.

— Chegaram correspondências!

Mostrou ao todo uns cinco envelopes, e deu à ela que olhou de um por um, longo deu um suspiro...

— Nada dos resultados do garoto, se não vier nessa semana, não vai ser nunca mais!

Eddie engoliu em seco.

— H-Hm, e onde está Richie?

— Saiu com seu pai.

— Pra onde?

— Eles foram falar com o senhor Hanlon, o dono da mercearia na outra rua, e ver se tinha como ele aceitar Richie trabalhando lá por pelo menos meio-período.

— Mas mãe, ele nem tem documentos! Trabalhar assim, é ilegal, sabia?

— Sabemos filho, mas isso foi o próprio Richie quem pediu, ele quer ajudar nas despesas.

— Mas ele-

— Ele está aqui pra ser ajudado, nós sabemos Edward! Só que isso não veio da gente, ele pediu, deve estar se sentindo incomodado de passar o dia sem fazer nada além de ajudar nas tarefas domésticas, e quer algo para se ocupar, deixe-o fazer o que acha melhor, huh?

— É... Você tem razão, ele precisa ser um pouco independente mesmo, meu Deus acho que nunca me preocupei tanto com alguém assim, nem comigo mesmo.

Eddie suspirou passando a mão nos cabelos, e jogando pra trás por mais que as mechas voltam pro lugar de sempre.

— Quando a gente ama é assim, querido.

— É tudo tão... Sei lá, diferente.

— Eu sei, e é tão fofo ver o quanto vocês se preocupam um com o outro.

Apertou sua bochecha e voltou pra cozinha, Eddie ainda estava um pouco aéreo, e resolveu subir para tomar um banho, e olhar aquele resultado com mais cautela. Assim que chegou no quarto, deixou sua mochila na cama, sua curiosidade e nervosismo estavam lhe matando, no entanto o calor e a agonia de estar suado era maior, por isso só fez tirar a roupa, jogando em qualquer lugar, e entrou direto no chuveiro deixando a temperatura bem geladinha se refrescando por inteiro.

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