XIV

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“Coloque seus lábios abertos nos meus e lentamente deixe-os fechar,
Pois eles foram feitos para estarem juntos,
Com seu corpo perto do meu, nossos corações vão bater como um só
E nós estamos iluminados, nós estamos em chamas de amor...”

— Afire Love (Ed Sheeran)

 

Domingo
às 3:02 PM

 

— Onde estão os meninos?

Frank perguntou parando de digitar em seu notebook, Ângela tirou a atenção do livro e olhou pra ele.

— Estão no quarto, fui lá ainda pouco e estavam jogando aqueles jogos de tabuleiro, eles estão bem.

— Mm... Sabe, eu ainda não tenho uma opinião formada sobre esses dois, mas acho que o rapaz está fazendo bem para o nosso filho.

—  É, desde que Eddie colocou na cabeça que quer fazer o Richie lembrar das coisas, tem feito muitas coisas produtivas, como esportes, joguinhos, até voltou a ler, é bom que não perde tantas horas do dia na internet.

— Pois é, Eddie sempre foi muito fechado e agora, tem estado bem mais presente em casa, percebeu? Não digo na questão de estar conosco, e sim de estar mais aberto, feliz...

— Sim, esse rapaz é como um anjo que veio até nós.

— É, mas ainda não o conhecemos como se deve, então não é bom abaixar a guarda.

— Não abaixo, estou de olho o tempo todo, porém, eles não vão fazer nenhuma besteira.

— Eu espero, nessa idade, os rapazes tendem a estarem com hormônios bem aflorados se bem me entende, só não quero que nosso filho faça as coisas muito precocemente, tudo tem seu tempo, e temo que ele se apegue demais e sofra quando... Você sabe, Richie for embora.

— Eu também temo por isso, e o pior, é que ele já está apegado, e quando esses exames chegarem-

Ouvem passos de cima e a voz dos dois também, então os dois se calam, fingindo que não estavam conversando nem nada.

— Oi mãe e pai!

— Oi filho, pra onde vão tão arrumados?

— E cheirosos. – Acrescenta o pai, Eddie riu.

— Então, eu na verdade queria mostrar pro Richie os fliperamas que ainda existem por aqui, ele me disse que gosta, vocês deixam? Não vamos voltar tarde, por favorzinho!

Pede olhando para os dois, o pai e a mãe se entrolham, Frank dá de ombros como sempre, deixando a decisão por conta da esposa.

— E com que dinheiro?

— Eu ainda tenho alguns trocados da mesada que sobrou, é sim mãezinha, por favor! É domingo, não temos mais nada pra fazer.

— Hunf, tá bom, vão. Mas voltem antes do jantar.

— Sim, senhora! — Mandou beijo para eles já prontos pra sair.

— Ah, e mais uma coisa! — Eles olham — Tomem cuidado...

— Sempre.

Respondeu Eddie, em seguida abrindo a porta e deixando o mais velho passar primeiro, Frank e Ângela trocaram olhares enquanto balançavam a cabeça, logo, eles foram até a garagem onde Eddie pegou sua bicicleta.

— Tá afim de ir pela ladeira?

— Não fica muito cansativo pra você me levar, Eds? Eu sou pesado.

Strange DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora