VI

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“Quem não anseia por alguém para abraçar?
Que saiba como te amar
sem que você ensine? Alguém me diga por que eu estou sozinho*?
Se existe alma gêmea para todos...”

– Soulmate (Natasha Bedingfield)

  

(Manhã de terça-feira às 10:02 AM)

 

— Ah, porcaria!

Frank murmurou quando pela segunda fez tentou enroscar o parafuso e não deu certo, pega a parafusadeira pronto pra ligá-la, quando ouviu o grito da mulher dentro de casa. Olhou estranho pensando ter ouvido coisa ou Ângela deveria ter visto algum rato, e quando ia voltar seu serviço ela gritou de novo:

— FRAAAANK!

— Ângela?... ÂNGELA O QUE FOI? – Largou tudo na mesma hora correndo pra dentro de casa, passando pela sala e subindo quando escuta os passos desesperados dela, e colidem de frente um com o outro na metade escada. — Pelos deuses mulher! O que aconteceu?

— Tem alguém! Tem alguém no quarto do nosso filho! Ele está lá!

— O quê? Quem?

— Você acha que eu sei? Por isso tô desesperada, vai lá agora! Ele está lá! ANDA!

— Tá! Me espere aqui.

— Nem fodendo! Ele pode estar armado.

Os dois foram até lá, Frank na frente tentando ser o mais corajoso possível, mas estava tão amedrontado quanto ela, pagou um jarro de planta pra jogar no indivíduo se caso ele tentasse ir pra cima deles, e abriu a porta com um chute só (que já estava entreaberta) assustando Richie no qual estava encolhido no canto totalmente assustado abraçando os próprios joelhos.

— QUEM É VOCÊ? E O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? – Pergunta com o tom de voz severo, Richie ficou com mais medo ainda, e ofegava bastante — RESPONDE!

— A gente vai ligar pra polícia! O que você estava pretendendo? Como entrou aqui? – Disse Ângela atrás do marido.

— Você veio nos roubar, seu pivetezinho?

— N-Não – Responde se encolhendo mais ainda e seus olhos se encheram de lágrimas — Não! Por favor, não!

— Não o quê?!

— N-Não me machuque. Eu não fiz nada, não queria fazer nada, não me machuque... – Foi tudo que conseguiu dizer, pois estava ofegante demais, e com suspeita de que estava a beira de uma crise de pânico, como na noite passada.

— Frank espera, abaixe isso.

— De jeito algum! Vai chamar a polícia, eu cuido dele aqui!

— Calma, ele está assustado!

— Mas é para estar mesmo, diga logo moleque! O que você estava pretendendo fazer aqui? Hã?

— Abaixe isso – Disse Ângela tirando o vaso da não dele.

— Ângela ele pode ser perigoso!

Strange DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora