Strange Destiny

XIX

“Mãe tire-me este distintivo, eu não posso mais usá-lo, está ficando escuro aqui, escuro demais para ver...
Sinto como se estivesse batendo nas portas do céu.”

— Knowcking On Heaven's Door (Guns N' Roses)

 

Richie foi abrindo seus olhos lentamente, sua visão estava muito embaçada e como a lente de uma câmera, logo se focou em um teto branco. Assim que pôde olhar em sua volta, viu Ângela sentada mexendo em seu celular na cadeira de visita, e ao lhe ver ela levou um pequeno susto levantando em seguida.

— Graças a Deus! Você acordou.

Foi para mais perto, Richie olhou para o quarto que estava, e não era nada parecido com o da casa dos Kaspbrak, e também que havia um soro pela metade em seu braço esquerdo.

— O que aconteceu?

— Você desmaiou ontem, não sabemos o houve, e não acordava de jeito algum, demos entrada no hospital.

— Eu estou desacordado desde ontem?

— Sim querido, foi desesperador, principalmente para o Eddie.

— Onde ele está?

— Foi tomar café com o pai, tentou passar a noite com você, mas não permitem que menores de idade sejam acompanhantes, então Frank o levou pra casa, mas bem cedinho ele já estava aqui de novo esperando começar o horário de visita. Você está bem?

—Estou... É como se eu tivesse dormido e sonhado, porém um sonho que durou bastante, foi bizarro...

Passou a mão pela testa, colocando a franja para trás.

— Imagino, achamos que você tinha entrado em coma, os médicos previram isso, mas ainda vamos saber o que aconteceu. Está com fome?

— Um pouco.

— Vou pedir pra enfermeira vir trazer seu café aqui, me espere só um pouco, tá bom?

— Tá bom, e Sra. Kaspbrak?

— Sim filho?

— Obrigado por ter ficado, você poderia ter ido descansar, mas escolheu ficar...

— Eu jamais deixaria um dos "meus" sozinho. Você agora faz parte dessa família Richie, e é como um filho para mim também.

Segurou na mão dele, e sorriu, Richie sorriu também sentindo seu coração bater um pouco mais rápido pela emoção daquelas palavras, séria ótimo ter uma mãe como ela, tem sorte de ter como sogra.

Assim que ela levantou, colocou a bolsa na cadeira novamente e abriu a porta do quarto, escutou ela dizer "sim, ele já acordou, só tome cuidado, ele ainda está debilitado filho." E logo soube que Eddie já estava ali, não demorou para a porta ser aberta de novo, e ver o garoto entrando, quando seus olhares se encontraram, Eddie suspirou fundo, um suspiro de alívio e felicidade genuína, Richie sentiu exatamente a mesma coisa quando deu a ele seu melhor sorriso.

— Oi Eds.

— Que susto, que você nos deu chee! — Fechou a porta e deu uma rápida carreira até a cama sentando ao lado dele e o abraçando — Fiquei com tanto medo. Tanto!