Manual

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Por me sentir frio,
Busco esconder o que sinto,
Pra aquecer meu peito nesse vasto labirinto,
Pra mim, eu minto.

Minha sagacidade é sanada,
Quando me importo com a pessoa calada,
E detecto na alvorada,
O quanto o por do sol me  parece o rumo da estrada.

O complicado se torna quando preciso calar,
Essa vontade de te chamar,
Mas o destino que trace um jeito de guardar,
O que não quero me forçar a segurar.

Essa imagem fica a toa,
Quando a sensação que ecoa,
É que não é mais uma coisa boa,
Lidar mesmo que isso tudo doa.

Uma saudade,
Essa rua nessa cidade,
Via de mão única,
E sem saída.

Volta a me convidar,
Me deixe te acompanhar,
Não é mais bonito,
Aflito, contrito, frio e no fim vazio.

É só fruto da insônia,
Ansiedade pelo amanhã,
Onde o aceno do adeus é notável,
E por vezes irreparável.

Sobre o que amei e sua imensidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora