1. SUSTO

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Um mês havia se passado desde que Cristiano e Rafael pediram as mãos de Jhenny e Danielly em casamento. Danielly havia decidido que se casaria somente após o nascimento de seu filho, e enquanto ela e Rafael focavam no bebê que estava a caminho, Cristiano fazia planos para seu futuro não muito distante com Jhenny.

- Amor, eu tenho um dinheiro guardado, é um dinheiro que geralmente não mexo, eu mantenho para caso de emergência com os cavalos... - Ele explicava - Andei pensando bastante, talvez pudéssemos usar para comprar um lote e começar a construir a nossa casa. O que você acha?

Jhenny olhou para Cristiano surpresa e ao mesmo tempo curiosa.

- Seria ótimo, mas e se precisar? E se realmente houver alguma emergência?

- Acho que ter o nosso cantinho não deixa de ser uma emergência! - Ele sorriu.

Os dois estavam morando juntos nas casas dos pais de Cristiano desde que ele havia voltado do Sul, mas às vezes a falta de privacidade incomodava e apesar de se dar super bem com os sogros e ser muito bem tratada, Jhenny ficou satisfeita com a proposta.

- Se estiver com muita pressa, podemos dar entrada em algo já pronto... - Ele prosseguiu.

- Bom, o que for mais viável eu topo! - Jhenny sorriu. - Se for construir, contratamos a empresa do Felipe!

- Ficou doida? Ele vai projetar a casa pra cair na minha cabeça! - Cristiano brincou.

- Não vai por que eu também vou estar lá! - Ela provocou soltando uma risadinha.

Cristiano deu uma olhada de canto de olho para Jhenny e fez uma careta mostrando a língua.

- Engraçadinha! - Ele resmungou. - Vem, deixa eu te mostrar...

Ele pegou o celular e começou a mostrar inúmeras opções que ele já havia pesquisado, Jhenny se surpreendeu pois percebeu que ele realmente estava focado nessa ideia a um bom tempo.

Manuela estava se saindo bem no trabalho com Felipe, e apesar de ser cansativo, ele não deixava a desejar no salário. Ela era esforçada e conforme foi pegando o jeito, começou a surpreender com suas ideias. O único problema era JP, que não estava gostando nada de tanta proximidade, mesmo Felipe agindo sempre com absoluto profissionalismo, ele e Manuela passavam o dia todo em contato, e às vezes até mesmo após o expediente, isso quando ela não ia até ele levar documentos que ele teria que assinar, JP se sentia inseguro.

- Eu não consigo entender que necessidade é essa de estar com ele a todo tempo! - Ele resmungava.

- É o meu trabalho, João Paulo, já conversamos sobre isso! - Manuela rebateu.

- O seu trabalho é no escritório, por que você precisa ficar indo até ele? Passar dia e noite conversando com ele?

- Por que ele deixou claro desde o começo que seria assim, ele não tem como resolver as coisas e é exatamente essa a minha função, resolver por ele!

- Pois resolva durante seu horário de trabalho!

O histórico de Felipe o condenava, e como melhor amigo de Cristiano, JP aprendeu a não confiar nele. Além do ciúme e insegurança, JP sempre agia de forma autoritária com Manuela, era o típico namorado que controlava até as roupas.

- Ele me paga por cada hora extra e eu preciso disso, você sabe que eu vou me mudar em breve, não posso depender do Cris pro resto da vida!

Ambos namoravam a apenas um mês e às vezes Manuela já se sentia esgotada. JP era tempestuoso, controlador, ela não entendia se ele ficava assim somente pelo ciúme do Felipe ou se esse era realmente o jeito dele.

O destino dita as regras III - Além da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora